sábado, janeiro 18, 2003

Acabei de assistir um filme muito ruim.
Tava lá trocando os canais e parei em um, pois era o comecinho de um filme com o James Earl Jones; lendo os créditos iniciais ainda vi que quem dirigia era o Joe Dante, então pensei que o filme devia ser bom e merecia eu assití-lo. Depois ainda rolou o título do filme "A 2º Guerra de Secessão". Fiquei animado, é um dos meus tópicos preferidos de história americana.
Enfim, o filme é muito decepcionante. Tudo bem que existe muito disso em política principalmente americana, mas é retratado de um jeito muito caricato. Ao ponto de resolver adiantar uma guerra para não interferir no capítulo de "All my Children". Isso não existe. Havia um lance de preocupação de colégio eleitoral, de se conseguir apoio dos lugares certos, que foi um ponto positivo; porém exagerado. Ao chegar em uma situação tão extrema, à ponto de cercar o estado de tropas militares, à ponto de facções internas do exército fuzilarem membors do mesmo exército, de se conseguir apoio de Bizmarckianos, este tipo de coisa não importa.
Também ridículo do filme era a irrealidade, à fim de se criar um clima de intensa imigração, na qual em todo lugar os caras falavam "Fala minha língua?". Ok, existe imigração grande sim, mas porra, um cara que trabalha como motorista do Governador sabe falar o mínimo de inglês pra responder essa pergunta. Ainda mais nos Estados Unidos, conhecido por ser todo protecionista. Não iria deixar um cara desqualificado assim pra fazer isso. Essa pessoas são contratadas pra lavar prato. Não pra levar um governador por aí e em uma blitz não saber nem o que fazer! Como tirou a carteira de motorista aliás? No teste de visão ele falou o que?
"What number do you see?"
"Este és el trinta y dos"
"Cool, you're aprooved"
Enfim, o filme é quase que revoltante. É ridículo como no filme um trocadilho, uma falta de percepção, desencadeiam uma guerra civil, embora por pouco a guerra do filme não retrate exatamente isso. Lógico que existem gafes históricas, que desencadeiam merdas, no entanto dizer que o cara ouviu secessão ao invés de sucessão e por isso atacou é muito insultante.
O que aconteceu com a comunicação? É muito irreal isso. O governador do Idaho(que fecha as fronteiras do estado e por isso desencadeia uma guerra) está cheio dos problemas com a amante...isso é tranqui...mas porra...até parece que não se esquece isso um pouco, né? Ninguém tem uma pobreza de espírito assim tão grande à ponto de em uma imediatação de guerra em seu próprio país abaixar o volume da tv enquanto o presidente se adressa a você para se queixar com a amante ou pra mandar o seu assistente descobrir aonde a amante vai estar e ir lá fazer uma surpresa. Numa situação tão calamitosa o presidente não iria desesperadamente procurar dialogar? Manter contato?
A imprensa também é tratada como um bando de socialistas malditos. Enfim, to revoltado com o Joe Dante e quem escreveu o roteiro: tipicamente do modo americano que não gosto; falsamente ingênuo, etnocêntrico, cheio de si, tendencioso e indulgente

Lembrando que das cinco razões sei o significado de duas