domingo, março 12, 2006

Tenho a impressão que a MTV adotou a tática de escolher os vjs mais mongóis possíveis. Por quê eu não sei. Dizem que a audiência é jovem e por isso os vjs também o são, mas po...nem todo jovem é mongo! Juro!
As vjs gêmeas do Disk MTV são as piores. Eu me recuso a acreditar que nego goste delas e de outros, como o Rafa, o mongo/corcunda mór, que dizem ser o vj mais popular da music television. E porque tirar a Carla? Era ela jovem, não-monga e ok, já tava habituada. Depois de uma sequencia de Vjs no comando do programa por no mínimo 3 anos, essa sai com quase 1 ano.
E po, além de super mongas, não dá, cara, não dá...elas são a CARA do Sergei.

segunda-feira, março 06, 2006

adendo ao último post: tendo dito tudo aquilo, ano que vem a tijuca vai fazer um carnaval meia boca e vai ganhar por compensação, tamanho o grito da discórdia.

O experiente diretor de videoclipes Hype Williams parece ter descuberto um joguinho visual interessante de utilizar as faixas de widescreen com colorações diferentes das tradicionais, fazendo-as ainda mais parte do quadro. Ele começou isso uns bons 3 anos atrás com "Big pimpin'" do Jay Z, onde as faixas eram brancas e combinava bem com o visual bahamas do clipe.
Aí passou um tempo e agora ele perpetua essa idéia, só que po...exagero, né Hype? Ok, você fez um lance que não faziam né? Mas agora tá fazendo de punheta! Sem propósito ao clipe e, aliás, extremamente confuso. Deserviço total.
Sobre o Golddigger do Kanye West eu não tenho nada pra falar: 1- porque é igual ao Big Pimpin e 2 - porque Kanye West é irado e tudo pode. O da Beyonce se salva um pouco, mas o do Jaime Foxx e o do Ne-Yo chegam a doer o olho e não fazem nenhum quadro, só te deixam confuso mesmo. Sendo bom ou ruim, também, pega mal você lançar simultaneamente tantos clipes com a mesma idéia. E ainda rola um "Hype presents" no início. Ego much? Preferia seus clipes do Busta Rhymes.

domingo, março 05, 2006

A Unidos da Tijuca foi mais uma vez garfada. Foi o terceiro ano seguido no qual se apresentou como a melhor e, apesar de levar o estandarte de ouro, não foi a campeã do "concurso".
Este ano o sinistro foi gritante, pois se nos outros anos apresentou inovações que poderiam ferir os tradicionalistas/espíritos de porco/impedidores do progresso/como-queira, neste ano dialogou eloquentemente com o popular e o erudito. A três anos (desde o início da parceria de Paulo Barros com a escola) a Tijuca é um sopro de frescor nesse mar de mesmice que é o carnaval.
Um dos jurados disse que o carro mamãe eu quero "poderia ter luzes na chupeta" e com isso justificou sua nota baixa (9.5 se não me engano) em uma categoria onde as outras notas foram todas 10. O trabalho de um jurado é julgar o que é apresentado no desfile e não o que poderia estar lá; tem que jogar com o que tem, senão vamos começar a julgar assim "ah, o mozart não estava em pessoa no desfile...se estivesse seria muito mais emocionante!"
Outro reclamou do cacófago formado no trecho da letra do samba que dizia "musica ganha" e deu 9,3. Com este eu concordo; no entanto era jurado de harmonia e embora seja desagradável ouvir "caga" numa letra, não compete a ele esta nota e sim ao jurado de samba-enredo. Harmonia no caso é "canto no ritmo certo". E só.
Hoje no desfile das campeães a Tijuca protestou e passou como a campeã que é. Com direito a - inédita até onde sei - parada total de bateria e puxadores. A platéia e a escola no gogó. Enquanto isso acontecia, os integrantes da bateria "pura cadência" se embolavam e brincavam carnaval. Isto que me impressiona nessa azul e amarela: em meio a figuras ricas e complexas, como djs mozarts regendo em 4/4 no abre alas, deboches típicos como a babá drag malvada e o bebê chorão malandro - quer coisa mais carnaval??
É a leveza e diversão que o carnaval esqueceu em meio a regulamentos que não fazem o menor sentido com a filosofia a qual se propõe esta "festa".
Foi impecável no melhor sentido da palavra; de quando as falhas existem e tornam o espetáculo belo e humano e cheio de vida. Desfilar robóticamente com as regras embaixo do braço não dá. Roberto da Matta, tão querendo transformar o carnaval em parada e procissão, este com o fervor da rivalidade e devoção da vida dos integrantes da escola e aquele com a rigidez das regras!
Passei 21 anos evitando escolher, mas temo que está pra chegar o dia que eu pintarei mais cores em meu coração e finalmente terei uma escola de samba para torcer a cada ano.
Enquanto isso, sigo ouvindo tudo que vejo e escrevendo aqui de vez em quando