sexta-feira, dezembro 31, 2010

Eu deveria vir aqui agora e falar sobre tudo que aconteceu comigo em 2010, falar como o ano foi difícil, o que eu lamentei e o que aprendi, os erros e acertos, as felicidades... mas nem isso 2010 merece de mim. Que acabe logo, não deixará saudades.

quinta-feira, dezembro 30, 2010

Só pra constar: venci a superstição (ou ela se confirmou?) e o Fluminense foi o Campeão Brasileiro de 2010. Aliás, o Fluminense foi campeão pra caralho. Muito campeão.
Impressionante como o Fluminense de uns anos pra cá virou algo que eu nunca pensei que ele seria: time copeiro, time de guerreiros raçudo (sem perder a ternura) e mesmo assim ainda levou um campeonato de pontos corridos.
Botou o pau na mesa legal, porque o tempo todo estavam fazendo força para que o Corinthians ganhasse o campeonato e, na legalidade, na força de vontade e retidão, contra tudo e contra todos, CBF, mídia, minha tv quebrada: campeões! Um tapa de luva de pelica em todos os desinformados/oportunistas que insistem em perpetuar um rótulo de "Flu anti-ético", quando os episódios a ele atribuídos são todos relacionados a times comprovadamente sujos (Corinthians, Atlético-PR...), mas passam em branco, pois é mais legal chutar a Geni, que nunca chutava de volta.
Mas adivinha só! Anos dessa passividade nossa e da pro-atividade vossa criaram um monstro e 10 anos depois do nosso resultado esportivo mais baixo, o verdadeiro gigante do futebol brasileiro está renascendo mais forte em todos os seus quesitos. Torcida? A melhor. Política? Renovada, espírito de torcida, foco no profissionalismo e defesa institucional. O time? 2009-2010 está aí para, tomara, ditar a tendência desta próxima década.
Como diria Dr. Dre: I stay close to the heat, and even when I was close to defeat, I rose to my feet. Se tem um time capaz de ir tão baixo e mesmo assim voltar ao topo, esse time é o primeiro grande time do futebol brasileiro, o articulador do futebol do jeito que conhecemos, aquele que nunca passará: o Fluminense Football Club.
Campeão pra caralho.

sexta-feira, novembro 12, 2010

Oi, Artur. Hora de ser patético, porém sincero.
Estou num momento muito complicado da vida e, como num rio de problemas em dia de tromba d'água, eis que surge um super dilema. Minha TV aparentemente escangalhou. Vale consertá-la? Não seria a época de passar para o novo milênio e esquecer esta que tinha garantia "até a Copa de 1998"? Provavelmente. Todavia, não obstante o problema financeiro que isso acarreta (por mais que os preços declinem dia-a-dia face a lei da oferta e da procura), tenho um problemão que cobre a parte supracitada do patético-sincero.
Tal aquela garota na qual você não quer admitir que está gamado, eu sempre lutei internamente com a noção de superstição. Ora desdenhava, ora venerava. Exemplo, tenho uma cueca que finaliza coisas. Ela é o Minotauro das cuecas. Namoro, parceria, onda de sorte; quando a uso as coisas simplesmente acabam. Aí eu tentava usar isso ao meu favor, num dia que enfrentaria algo específico e queria que terminasse. Enfim, deu pra entender minha relação com superstição, né? A moral da história é que geralmente não acredito, mas pero que hay, hay.
E aí, chegamos a antes de ontem, quando minha televisão pifou. Faltam quatro rodadas para o término do Campeonato Brasileiro e o meu time, Fluminense, está liderando em uma disputa muito acirrada, onde o erro zero é necessário para ser campeão. Eu tenho 26 anos e nunca, repito, nunca, estive nessa posição. Faltam 2 jogos para serem televisionados e fico com cagaço de comprar uma nova e foder a parada. Eu poderia esperar o fim do champ, mas e aí? Onde assisto os dois jogos restantes? Se assistir em outra TV não vai dar merda também? se não assistir, também não vai sair da normalidade das coisas? Lembro que, desprezando a superstição, troquei a direção da minha cama na primeira final contra o Paulista na Copa do Brasil de 2005. Foi o primeiro jogo que perdemos e no jogo de volta não conseguimos reverter e perdemos o título. Tem uns que dizem que a culpa do resultado é minha, que se deixasse a cama em paz não aconteceria nada. Encaro como brincadeira, mas não quero correr nenhum risco agora, onde pela primeira vez na minha vida o meu time tem chance concreta de ser tri-campeão brasileiro a quatro rodadas do fim e, puta que pariu, eu e o Fluminense merecemos muito!
É isso. Morrerei?

quinta-feira, setembro 16, 2010

As microfonias/feedbacks mais sublimes do roque:

15- R.E.M. - Country Feedback (dur)
14- Beatles - I feel fine
13- R.E.M. - It's the end of the world as we know it (and I feel fine)
12- Nirvana - Radio Friendly Unit Shifter
11- Los Hermanos - Casa Pré-Fabricada
10- R.E.M. - New Test Lepper
9- Red Hot Chili Peppers - Emit Remmus
8- Smashing Pumpkins - Drown
7- R.E.M. - The Flowers of Guatemala
6- Rage Against the Machine - Sleep now in the fire
5- R.E.M. - Airportman (sim, os caras são bons de microfonia)
4- The Invisibles - Sugar High
3- Smashing Pumpkins - Mayonaise
2- R.E.M. - New Orleans Instrumental no1
1- Nirvana - The Man who sold the world (acustico)

domingo, setembro 12, 2010

This is my first ever all english post because I wanna speak stuff from the heart. For some reason in my life everytime I'm talking something serious I switch to english mode. Don't know why, guess I feel ridiculous being honest sometimes and the "not my language" feel makes it feel more of a joke, makes it more legit to be so serious.
I love The Wire just like the next guy, but it's really tiresome how life is nothing but a game. You act different from what you feel in order to get what you want. And why do you wanna be honest anyway? What do you get from that? Relief? How long will that last? How long will you hang to that? Pain is coming in a minute and this time ethic's is just bullshit: you're so busy always resenting the past and/or worried planning the future; you just can't enjoy the moment and live in the present!
To make things worse life just has a way to cock-tease you. From the simplest of the things to the more complex: you never win, but you're allowed and encouraged to take a whiff at the glory. Which is stupid 'cos there's no reward at the end, no trophy, no prize; in this game you play so you don't get played. Nothing besides that. So, why the fuck everything is just Oh so complicated?! Isn't it a game? Where's the timeout? There should be rules, breaks, referees, but it's just clutch time after clutch time, sudden death as a rule, "hail mary" as M.O. The gods will not save you. There's no crowd. You're on your own and that should be inspiring for some reason.
But then again, the queen of spades appeared to me again. Is it a glitch in the Matrix or am I being given another chance? Am I gonna freak over it or fuck over it? And then... nothing happens. See what I'm saying? What's the point? If it ain't no masterplan, why the cock-tease?
On Zazá my character, Jonas, spent the entire novela eavesdropping behind the counter/window/door/everywhere the villain's plans and schemes. At the end of every scene, there I was nodding my head scared, acknowledging his villainess. I used to think "Well, ok. At the end of the novela, I will probably figure everything out and reveal the villain's big plans, bring it to the police or something". But the novela ended as badly as it started (It was probably the worst one I've done) and that whole plot just got completely forgotten. The villain was unmasked and arrested, but it had nothing to do with it; the eavesdropping was just eavesdropping. It served nothing.
Guess my name is Jonas.

sábado, julho 17, 2010

Lembra quando eu e o Belga regulávamos o preço dos churros no Rio de Janeiro? (Ver algum momento de 2002)
Ontem, no Centro, enquanto eu brincava de ir e voltar em 3 prédios diferentes para retirar meu carro do depósito de reboque, resolvi fazer algo que sempre curto fazer quando vou ao centro: comprar amendoim doce. Tem um cara que os vende aqui na esquina da minha casa, mas sei lá, os do centro parecem ser mais gostosos.
Como há muito não comprava, me surpreendi, pois o preço que antigamente era 1-R$0,50 e 3-R$1,00, passou a ser 1-R$0,50, 3-R$1,00 e 7-R$2,00.
Poderia até falar que o preço não mudou e sim que foi criada uma categoria acima, mas po, achei muito maneiro, pois o humano geralmente valoriza as coisas de cima para baixo, então representou um crescimento de dobro+1 num aumento de apenas 1 real. Uma inteligente jogada, que vai estimular o consumo e provavelmente tomar fatia de mercado dos churros.
No aguardo da retaliação da Associação de Churros.

quinta-feira, julho 08, 2010

Outro dia na porta do vizinho tinha uma Época que dizia que agora era oficial: cientistas descobriram a célula não sei o que lá e todo mundo vai viver mais de 100 anos mole, mole. Aí contextualizei com as coisas que vejo e vivo e fiquei pensando o quão curioso é o fato: Nunca tivemos uma vida tão longa quanto a que temos hoje. Nunca tivemos tanta pressa em fazer tantas coisas como hoje em dia.
Não conseguimos parar quietos e aproveitar as coisas. Saborea-las. Talvez porque essa "liberdade" que a longevidade traz vira uma desculpa para a nossa dificuldade em se apegar à coisas e pessoas e também a nossa incapacidade de fazer compromissos. É um ótimo álibi: o mundo é grande, tenho que vê-lo. Turns out que o mundo é uma bosta, não tem muito pra se ver.
Quanto mais tempo temos, mais vontade de fazê-lo passar temos.
Como pode isso, Arnaldo?

quinta-feira, julho 01, 2010

Quem já lê isso aqui há um tempo sabe da minha relação com o McDonalds, um lugar que insiste em me maltratar com serviço e produtos ruins. Mesmo que por algum motivo bizarro onde todas as namoradas que arrumei na minha vida eram fãs do Donaldo, eu sempre evitei comer lá. Ir no McDonalds era sempre um intuito de agradar as patroas em primeira instância e ocasionalmente ganhar um presentinho maneiro do McLanche Feliz para o meu (então) futuro escritório. Isto é, exceto de 4 em 4 anos, quando há Copa do Mundo e a rede de fast food traz os famoso sanduíches da copa.

Desde 2002 eu faço a resenha detalhada de tais sandubas e, claro, não fugi à luta este ano. Os “favoritos”, como foram chamados esse ano – haha EUA favorito, yeah, right – eram: Espanha, Argentina, Brasil, França, Eua, Italia e Alemanha. Esse ano não vai ser detalhado um a um. Vou fazer mais en pasant, ok?

Talvez fazendo um paralelo à tendência do jogo de futebol hoje em dia – de novo: yeah, right – não havia uma estrela super destacada este ano; a força estava no conjunto. O conjunto foi bem honesto, um time entrosado, sem brilho, mas que pode ser campeão a La Dunga por não pecar pelo excesso de novidade nem de repetição. Pra ser mais específico, acho que podemos desenhar o “range” deste cardápio com Mc Espanha numa ponta, Mc Eua na outra e todos os outros no meio. O primeiro é o excesso de novidade. What were they thinking?! Filé de merluzo empanado com molho de alcaparra?!?! Não tem gosto de sanduíche e o gosto que tem é muito... ruim.

Complicaram demais, ou era home run ou era garbage. Foi garbage. E o McEua é o excesso de de repetição. Sério, o McDonalds tem uma visão estereotipada de sua pátria-mãe (ou então são bem humildes quanto à sua...”simplicidade”). Todo McEua até hoje foi mais ou menos a mesma coisa: uma variação de hamburger monstro ou rib com molho barbecue (sempre!) e de vez em quando uma folha pra dizer que não são muito bagaceiros. Sinceramente, nem me dei ao trabalho de comer este. Sempre tem um que deixo de fora, né?

Os do meio são notas complementares, sandubas seguros, nada muito invencionice, tampouco mais do mesmo, de maneira que aí fica do gosto de cada um. Li por exemplo o Gregorio Duvivier dizer que o Mc Italia era show d ebola. Tendo a acreditar que era só para fins da piada que vinha junto com o twit dele, porque achei o sanduba bem fraco. Preferia morrer comendo-o do que o McEspanha, sem dúvida!, mas é que não tem gosto de sanduíche também. É um polpetone entre dois pães. Isso não é o suficiente para chamar de sanduíche. O McItalia de 2002 continua sendo o melhor McItalia da história. No duelo Brasil x Argentina, deu Argentina. Mas hold on galera da modinha “viva Argentina, fuck Brasil-Dunga”! O Mc Brasil é o melhor da série até hoje. Tudo bem, a concorrência não era forte...lembremos que o primeiro McBrasil era de hamburger de calabresa!!! De qualquer forma o desta edição era um sanduíche de pernil... achei interessante o conceito, pois remete aos sandubas de pernil servidos em estádios brasileiros. Legal! Na primeira mordida pensei “uau, é bom”. Na quarta já estava meio enjoativo e nisso perdeu pro Argentino, que traz o gostinho de churrasco bom o tempo todo. O McBrasil, no entanto, parece mais de verdade. Acho que era só equalizar o molho (tem um toque meio rose) melhor afim de deixá-lo menos enjoativo.

O McFrança continua a ser o melhor. Eles podem alternar boas e más atuações no campo, mas no McDonalds são sempre campeões. Um que sempre tem crescido, com um conjunto sempre forte é o McAlemanha. Este ano eles repetiram o salsichão (bola dentro!) e só mudaram o queijo e a salada. Um sanduíche muito forte, elegante e merecedor de ficar fixo no cardápio. Só perdeu no desempate porque...você que leu os outros anos sabe porque... PÃO BOLA!!!

Vamos falar sobre isso: McDonalds, a grande graça disso tudo é o pão bola, bolas! Este ano, RIDICULO, só tinha UM sanduíche de pão bola!! Por algum motivo inexplicável a maioria era o pão do supreme. Por que? O que tem a ver com a copa?! Pare! Queremos pão bola! Futebol!
Em tempo, não vou falar de preço, o quanto valia etc. porque hoje em dia os preços do McDonalds são absurdos e não fazem o menor sentido. Então é isso.
Até daqui a 4 anos!

sexta-feira, junho 25, 2010

Ufa. Consegui, o arquivo tá aí.
Ainda não tá o ideal (will work on it), mas era o presente que eu tinha que dar pra você, né Artur?
Feliz 8 anos! (É só mes que vem, mas sabe como é, vou acabar me esquecendo, então cá estou)
Obrigado por ser meu melhor amigo. Foda-se que é muito loser dizer isso, mas sou mesmo muito egoísta e me amo muito seriamente, então você, como manifestação do meu pensar e sentir é, invariavelmente, a representação da pessoa com quem mais tenho afinidade; meu melhor amigo. Aquele que no final das contas - e provou-se time and again, enquanto mil blogs, modas e pessoas iam e viam - sempre estará aqui; nunca me abandonará. E isso diz bastante sobre tudo, não? Pro nosso benefício ou não. Valeu, Fera!

domingo, maio 09, 2010

Caralhooooooooo
Fui entrar de bobeira aqui e procurar se eu tinha escrito uma parada aqui há muito tempo atrás ou era viagem minha e aí fui procurar e só ia até 2006!!!
O blogger comeu meu arquivo!!!!! Filho da puta!
Estou desesperado, é como se tivesse cortado as pernas do meu arturzinho e tenho tanto orgulho de suas pernas. Sempre que se fala sobre blog e como eles tão acabados eu tiro mó onda indie e falo que mantenho um desde 2002. Tava ontem pensando que já já o Artur faz 10 anos e daqui a pouco ele sai de casa e vai morar sozinho! E po, fico sempre me dando tapinha nas costas por manter isso aqui sem comentario, sem chamar amigos pra lerem. Ele me é suficiente pelo que ele é. Não merece esse fim. Que sacanagem; meu post preferido (a história de quando Abraão subiu a montanha pra matar seu irmão e assim surgiu a pegadinha) sumiu.
Entrei no painel de gerenciamento e os 411 posts ainda estão lá. Só não aparecem na pagina principal. Aí ativei o arquivamento - algo que nunca o fiz e com certeza foi o que ocasionou isso; sempre colocava pra ter na pagina 1000 posts. Gosto de poder puxar até o primeiro post quando necessario, mas imagino que devia estar virando um hassle para o blogger manter uma pagina tao longa.
Enfim...foda-se eles. Vou dar um jeito de recuperar essas porras. Botei pra arquivar mensalmente e se entendi bem, quando der um mês vai aparecer a pagina de arquivamento do que ja rolou. Se isso não acontecer, vou republicar tudo...se bem que a data vai ficar errado.
Se nada disso der certo volto pro desembucha.com. É 2002, não é mesmo?

sábado, abril 24, 2010

Os pioneiros do mundo:
Maria - a "virgem". Depois que ela contou essa lorota de "foi o espírito santo", nunca mais puderam usar essa desculpa. E ainda deu um belo futuro pro filho dela. Espertona.
Platão - o primeiro Ghost Writer. Ou no mínimo o primeiro a escrever sob pseudônimo.
Torcida do Flamengo - fez o primeiro mosaico de uma cor só.
Michael Jackson - falando sobre cor... queria falar sobre a primeira pessoa que trocou de sexo. Que eu saiba foi a Roberta Close, mas como não consegui "fact check" isso, vamos ficar com a primeira pessoa que mudou de cor.
Champs - a fornecedora de material esportivo que, pra minimizar os custos e otimizar a linha de produção, patrocinou ao mesmo tempo Vasco e Ponte Preta. Só precisava fazer um negativo da camisa do outro!

E claro: Brahma - a cerveja.

segunda-feira, abril 19, 2010

Passado um tempo das chuvas sinistras, sinto-me mais a vontade pra comentar sobre o assunto sem melindrar ninguém.
Embora pareça sim que 2012 tá ali na esquina - po, em 3 meses teve Haiti, Chile e Islândia, cada um com uma atração diferente - a catástrofe carioca não entra nessa categoria porque não acho que foi um desastre "natural" e sim causado por nós mesmos. Vamos ser realistas, não choveu tanto. Tipo, choveu constante, sem parar, mas a chuva em si não era perigosa. Nego fica reclamando que os metereologistas tinham que ter avisado - eles até o fizeram, lembro de ter lido que a chuva seria intensa - mas iam avisar o quê? Que os pingos de água iam te molhar pra caramba danificando severamente sua saúde? Não é como se nego tivesse correndo o risco de, ao sair de casa, ser esmagado por uma vaca voadora tamanha a força dos ventos... Foi só muita água!
Também teve gente querendo eleger o Eduardo Paes e o Sergio Cabral como os grandes culpados pela história. Primeiro, dizem que era obrigação deles avisar a população sobre a chuva. Instaurar aviso de "calamidade pública" etc. Pra quê? Pra causar mais pânico? Pra além de tudo que a gente viu ainda ter saques, linchamento, estupros etc.? Não é melhor gerenciar as pessoas com mais calma?
É maneirão jogar pra galera com esse discurso de "avisar". Cá entre nós, ia adiantar o que? Ou será que ninguém nunca avisou que morar em encosta é uma roubada? Esse é o ponto da discussão, para mim. Foi uma catástrofe causada por um simples motivo: o Rio não tem infra-estrutura. Querem desopilar o fígado? Ok, mas é muito culpado aí: os governantes de 30 anos pra cá, mais, sem demagogia, os próprios cidadãos que, com o velho "jeitinho" brasileiro e carioca, contribuiram para esse crescimento errado da cidade. Basta uma chuva um pouco mais persistente para que lugares como o Jardim Botânico, parte da Lagoa, a Praça da Bandeira e outros pontos da cidade fiquem aptos à prática de caiaque. Por que? Porque foram construídos/aterrados/"planejados" abaixo do nível do mar. Coisa de portuga, né? Estes lugares citados existem há décadas, o problema de alagamento neles idem, no entanto os governantes nada fazem. Mas também vão fazer o quê? Acho que o Rio de Janeiro geograficamente não comporta uma metrópole. É um lugar mais balneário para férias e turismo e ocupação planejada. Não comporta esse crescimento desmedido.
O foda é que essa hora surgem os demagogos de plantão, reclamando que o Estado pede para desocuparem as favelas etc. Brother, tá errado morar no morro! Não foi feito pra isso! Vai ter que morar numa zona menos badalada? So be it! Prefere que uma pedra role e esmague seu barraco chique na zona sul? É vergonhoso ver o caso da cidade lá dos EUA que choveu o TRIPLO do Rio - as imagens são iradas - e não houve registro de sequer UMA morte.
Há quem sustente que mesmo assim deveria haver um aviso, pois mesmo que a cidade que ofereça risco e não a chuva em si, o cidadão não conseguia ir para determinados pontos da cidade. Cara, se você mora perto de uma estação de metrô e trabalha perto de uma estação de metrô, muito provavelmente só tomou conhecimento da situação ao saber que algum colega de trabalho não pode chegar devido a chuva. Quer maior indicativo de que o problema é estrutural? Transporte público que não atende toda a população e num evento como esse dá um nó na cidade inteira.
Nego tem que usar isso tudo como lição, it’s the Polyana’s way. Que a galera deixe o morro pra lá e a gente aproveite a desculpa da Copa e das Olimpíadas pra investir em infra. Mas fato que não vão fazer nada disso, então dica pra próxima chuva: fique em casa, curta um friozinho e evite os canais de notícia pra não se frustrar. Ignorance is bliss. Afinal, como diria o Planet Hemp:
No planeta em crise, a única coisa que presta na TV são os Trapalhões em reprise...

sexta-feira, março 19, 2010

Fiz escola http://bit.ly/jie3 Literalmente.
Mas, tipo... foi mal. Não me orgulho.

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Fui no Franco cortar o cabelo e na hora de escolher qual seria o corte ele falou "Vamos fazer um corte meio Hermanos?". Hermanos as in Argentinos. Dispenso o visual barbudo, até porque pré adolescentes cantoras de folk music em linguas inventadas com personalidade sesame street não me apetecem. Um corte "castanha", como gosto de falar, porque parece com aquela que o bichinho do Era do Gelo vive caçando. Tem um toquinho a la Nino do Castelo Ra Tim Bum em cima, franjinha curta com o lado grande e, claro, mullets.
Confesso que curti e realmente tá bem argentino, só faltava mesmo aquelas trancinhas "padawans" que vários deles usam. Eu quando via o Pallacios do Boca usando achava ele excentrico e tal, mas quando estive lá em 2008 reparei que era mó moda, geral tinha. Os argentinos são mesmo diferentes e únicos. Gosto muito daquele país. Acho-os verdadeiros, com menos mascaras do que aqui. Não no sentido de ser "mascarado" as in metido. Mas é que eles são eles mesmo em tudo que fazem. Você consegue ver o DNA do argentino muito fácil até nas ações. O futebol deles, por exemplo. Fiquei tentando entender porque tem o lance de ser raçudo, disposto e um jogo coletivo bem melhor do que o nosso. 
Uma das minhas teorias é bem social, mas não "os argentinos dividem o alimento como os indios blablabla". É que lá tem muito campo bom pra jogar pelas ruas. Tipo, tem muito campo de grama, society: público. Ali perto de Puerto Madero tem bem uns 5 campos grandes de grama sintetica de grátis e todos estavam ocupados por mini-timeszinhos mesmo, com uniformezinho. No centro, embaixo de varios viadutos, outros campos grandes. Muito mais bem conservados do que os do Aterro do Flamengo e em muita maior quantidade. Fora isso, Buenos Aires é quase a Argentina toda, então a amostragem é o que importa. Qual a conclusão disso? Bom, o campo em boas condições estimula o trabalho coletivo e aí estimula-se a competitividade. Com isso, a repetição dos times (pra acabar com aqueles fdps que venceram a gente da ultima vez!). E tá feita mais ou menos a conta. 
Aqui no Brasil é diferente. A gente desenvolve a ginga, a habilidade e magia do jogo individual, porque se joga futebol apenas em buracos: campo de terra, bola de meia etc. 
Mas aí o Kinhu, também observador como eu, contou uma história interessante. Ele conversou com um lojista lá na Calle Florida e o cara disse que nao podia atende-lo porque já tinha atingido a cota dele pelo dia e por isso tava desviando clientes para o outro vendedor que não tinha ainda atingido. Ou seja, os caras tem isso mesmo de companheirismo. Estamos falando do mesmo caso de "teamwork" em algo que não tem nada a ver com a construção do ambiente que favoreça a parada. Realmente, aqui é farinha pouca, meu pirão primeiro mesmo. Lá os caras tem uma maior noção do "público". Protestam com panelada. E aí ficamos naquela questão do ovo e da galinha: o homem que faz o meio ou o meio que faz o homem?
Seria a História? Duvido, não temos passados tão diferentes assim. Sei lá, só me é claro isso; os caras são mega 'honestos' quanto a o que são, pois são 100 por cento o que são em tudo que fazem. Nós somos mais multi-dimensionais, pra botar de uma maneira que pegue bem pra gente. 
E é assim que você mistura um assunto novo com um antigo que você até tinha esquecido e faz um post gigante como esse!
Da próxima vez bole uma frase em negrito genial pra fechar com chave de ouro!

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Ainda vou descobrir qual é a do trauma geográfico que o Chorão do Charlie Brown Jr. tem. Ele sempre faz música sobre "encontrar", "levar" etc. Meu palpite é que vem da infância; ele deve ter se perdido nas Lojas Americanas por culpa do responsável, que combinou de encontrá-lo em algum ponto, mas na hora h não apareceu e acabou levado por um funcionário para aquela sala onde fala-se no microfone e os clientes todos ouvem o anúncio. 
Po, se bobear foi assim que ele se encantou pelo poder do microfone e resolveu ter banda!

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Outro dia estava ali na Timóteo da Costa e de repente passaram uns 200 carros estilo Honda Civic ou Vectra, sei lá, com sirenes e carro do Bope e moto da guarda municipal. Conversando, me falaram que era o Lula, que estava indo para a casa do Chico Buarque, onde iria se comemorar o aniversário da mãe dele ou algo assim. Enquanto ouvia isso, a imensa comitiva ainda passava, até que de repente noto umas três AMBULÂNCIAS!
Tipo, faz todo o sentido. A saúde do presidente é coisa séria; tem que tá a postos pra cuidar do cara em algum evento de emergencia.
Até porque, rola um boato por ai, a comida da mãe do Chico Buarque é pesada pra caramba.

domingo, janeiro 24, 2010

É muito chata essa campanha da imprensa para o Ronaldinho Gaúcho ir pra Copa. É chata, porque é mal feita. Todo mundo sabe que a campanha só está ali para vender jornal e movimentar a indústria. Se não fosse o Ronaldinho Gaúcho seria outro.
Volta e meia acontece mesmo uma "injustiça", um vacilo ou uma diferença de visão do técnico da seleção, que acaba deixando de fora alguém que justifica um evento midiático, uma espécie de aclamação popular encomendada, para que o jogador preterido vista a amarelinha. Foi assim com Romário 3 vezes - 2 estavam certos - e agora é com o Ronaldinho.
Mas a verdade é que Ronaldinho Gaucho nunca jogou tão mal quanto falavam e não está jogando tanto quanto agora falam. Vejam o jogo desse final de semana, onde perdeu penalti. Fodão ele, né? Muito exagero.
A mídia destroi idolos para depois reconstrui-los, mas não pode esquecer que ainda não é Deus. Não é sempre que a mídia vai falar e martelar tanto uma coisa, que ela vai acabar virando realidade.
Não existem tantos Obinas no mundo