quinta-feira, agosto 16, 2018

Apesar de ter muita coisa legal nesse podcast sobre R.E.M., eu me irrito varios momentos com o Scott Aukerman. A parada de resequenciar, então... isso me deixa possessos hahahah Coisa de fãzoca, I guess.

Mas nesse último ep sobre o Collapse into now ele falou uma coisa que destravou um pensamento na minha cabeça. Eu não gosto da produção do Jacknife Lee.

Não é nem o lance do loudness wars, tão falado na época. É porque eu acho que ele gravou muito mal os vocais do Stipe e nesse disco isso fica ainda mais claro. Me and Marlon Brando, Marlon Brando and I, por exemplo, ele ta cantando mega anasalado. E em vários momentos parece que ele não tá achando o pocket. A melodia fica QUASE fora do compasso, sabe? Não chega a atrapalhar, porque além da melodia ser muito boa (o cara é mestre), a voz também é sempre agradável. Mas parece que ele nao acha o pocket porque tambem ainda tá achando a melodia, saca? Nao sei, minha impressao é quase um misto de desdem do produtor de chegar e falar "peraí, vamos pensar isso e achar esse pocket?"ao invés de deixar daquele jeito, com um medo/vergonha de chegar prum cara da estatura do careca e falar "bro, not feeling it; treina mais umas vezes ai, vamos ter isso bonitinho". Mas fora isso, a gravação mesmo é ruim. Além desse exemplo do nasalado, ainda tem Oh my Heart que na parte "fechada" é até difícil de entender. Só que in a bad way... Não é o difícil de entender Mitch Easter e Don Dixon. É um enterrado ruim e feio. Quando abre no refrão é uma maravilha, mas mesmo assim... acho que ele não é bom na mixagem e gravação de vocal. 

E aí me veio um pensamento que achei muito interessante. E se eles tivessem chamado o Scott Litt pra produzir esse disco? Como eles, teoricamente, ja sabiam que seria o último... não ia fazer sentido? E era o cara certo pra botar tudo bonitinho no lugar, ele sabe trabalhar a voz do careca como ninguém. Acho que, se o fizessem, esse disco - que ponho no panteão dos melhores do R.E.M. (fuck you, Scott Aukerman!) - poderia vir a ser, undeniably, o melhor da carreira deles.

Bold statement, huh?

Outra idéia, essa a little too on the nose, mas que faz sentido pra noção do "greatest hits do R.E.M. de uma realidade paralela": pegar Scott Litt, Mitch Easter e Don Dixon, Pat McCarthy, Don Gehman, Joe Boyd,  e até o Jacknife Lee e cada um produzir algumas das músicas, brincando com a sonoridade e tralala.