domingo, dezembro 17, 2017

Um dia desses eu tenho que dar uma estudada/pesquisada/filosofada pra tentar entender como que o System of a Down conseguiu por um momento ser uma das maiores bandas de Rock (e até ter alguma relevância no big picture numa época onde o gênero já estava pouco popular).
They were such outliers. Like, how could they, at that time, have several hits filled with heavy drums and drop D guitars? E todos teatrais; é tipo Broadway Disney Heavy Metal. E, com umas letras doidas... acho uma banda tão curiosa. Na época não achava tão doido o sucesso; talvez esta seja a chave pra entender a coisa toda. Mas hoje em dia eu olho pra trás e
wtf? como que isso passou?

sexta-feira, dezembro 15, 2017

Embora mais do que ano passado, comparado com a média do Artur esse ano eu postei pouco.
Mas no pouco que postei foi extenso pacas, né? O costume aqui é post relativamente curto e esse ano tiveram uns longões.
É, bem condizente com o que o ano foi, de certa forma. Poucos, mas extensos e meaningful, fatos.  
I guess.

segunda-feira, dezembro 11, 2017

Me dei conta outro dia que 2017 foi o primeiro ano que não fui a um estádio ver um jogo do Fluminense desde 2003. Bizarro. 12 anos indo no mínimo a um jogo.
Vou me propor um desafio de lembrar de um jogo de cada um desses anos, descrevendo-o:

2004 - Flu x Madureira no Champ Carioca
Por que lembro que fui nesse específico? Porque eu guardava o ingresso desde que o Maraca foi renovado e esse era sempre o primeiro do montinho (por ser o mais velho); então sempre via. Lembro de ver o Edmundo fazer gol pelo Flu e achar muito doido aquilo.

2005 - Final do Carioca contra o Volta Redonda
Parece bobo, mas foi muito histórico esse dia para mim. Pra começar, foi a última vez que falei com meu avô. Ele já tava total debilitado, morreu poucos meses depois. Antes de eu partir pro estádio, passei na casa dele, onde rolava um almoço de família. Vestia um "chapéu do Papa" com o escudo e um "a benção João de Deus", porque pouco antes naquele ano João Paulo II tinha morrido. Tio Tovinho pegou o chapeu e perguntou "Sabe o que é isso?", apontando pro escudo tricolor. "Fluminense", ele disse num raro momento de lucidez e entusiasmo. Aproveitei a "presença" dele e puxei papo;"Pois é, Vô... to indo ao Maracanã pra final do Campeonato Carioca contra o Volta Redonda!". Ele então franziu as sobrancelhas e disse com espanto "Volta Redonda?!"
Todos riram. Eu dei de ombros e falei "Pois é, Vô... todo mundo ficou surpreso também". Foi também o primeiro título que vi in locco no estádio.
Fui eu, Humberto e Cesar e a Naty(!), o que foi muito legal, ver um título com uma namorada.  Lembro de o pós ser muito bom, ficar vendo mil mesas redondas e ainda transar... pro Dudu de 20 anos isso era tudo que ele podia querer.

2006 - Fluminense x Paraná, Brasileirão
O que me faz lembrar desse jogo foi porque paramos o carro naquela antiga ruazinha entre o canal e a Avenida Maracanã e ASSIM que desci do carro... encontrei uma nota de 50 reais! Porra, valia muito dinheiro aquilo! Fiquei mó feliz e gastei tudo no estádio, todo mundo bebendo coca-cola, comendo pipoca, picolé e o escambau. O Lenny(!) ainda fez o gol da vitória e nos colocou na liderança do campeonato! Mas o ano foi tão bosta, que essa foi a única rodada que ficamos lá. Depois foi caindo, caindo e quase caiu literalmente, salvo por um gol do Claudio Pitbull (pqp, o bom de lembrar essas porras é ver que nem tá tão mal hoje em dia). Esse ano também tinha meus amigos de 460 para o Maraca, o Nathanael e o filho (sobre os quais já falei aqui no blog). Como será que eles estão? Espero que bem. Esse ano teve um outor jogo que lembro também que foi contra o Botafogo na Sulamericana e nos penaltis o Marcelo (ou foi o Marcão?) fez o gol da classificação e na comemoração eu contraí tanto o músculo que deu cãimbra e fiquei comemorando no chão enquanto o Gui e o Cabeção e mais alguém corriam pela arquibancada meio-vazia.

2007 - Fluminense x Friburguense, Carioca
Ficou surpreso que eu não lembrei da Copa do Brasil, né? Eu fui a todos os jogos no Rio dela (exceto a derrota para o América-RN. Pé quente!) Mas lembro muito desse, a estréia do carioca em rodada dupla com o Botafogo, porque foi a primeira vez que transei com a Maju. Depois de termos acordado que ia rolar mais ou menos nessa época, - além de estarmos fazendo 1 mes de namoro, ou algo assim, eu tinha quebrado o pé na nossa terceira saída e só agora tinha tirado o gesso, então sabia que a qualquer momento podia rolar - o clima surgiu e aí de repente a coisa foi acontecendo e aí... eu brochei! E eu queria TANTO que fosse super especial pra ela, era tão apaixonado por ela... Como toda mulher, ela foi acolhedora, sem se aperriar com o acontecido. Fomos para o jogo, rodada dupla. Primeiro jogo ela assistiu comigo, na Verde. 1x0 pro Flu. Segundo jogo fui pra Amarela com ela. Comecinho da Loucos Pelo Botafogo, nem tinha Legião Tricolor direito ainda - só reparei eles no jogo contra o Bahia na Copa do Brasill; eu nas azuis, achando aquilo lindão. Aí cara, o Madureira tava botando mó jogo duro e no final, empatado, eu torcendo muito pro Botafogo ganhar, porque porra... além da minha brochada, o Botafogo ia fazer isso com ela?! Acabou 2x2 mesmo. Voltamos pra casa dela e lá finalmente deu tudo certo. Pudemos apagar pelo menos parte do que não dera ccrto no dia.

2008 - Sei lá, todos...fui a todos em casa + uns fora
Porra, difícil selecionar um jogo desse ano. Teve meu primeiro jogo de Libertadores da vida, um 6x0 contra o Arsenal de Sarandi com talvez o gol mais bonito que vi ao vivo... Fui com Belga, Keko e Lulu. Energia irada, maraca lindão. Tem o Fla-Flu do Créu, que foi divertido. Tem o Flu x São Paulo que quando o juiz apitou o fim do jogo eu não entendi nada, porque não tava ligado que o gol tinha sido aos 45 do segundo tempo, achava que ainda tinha jogo pra caramba. O Boca e a certeza de que meu time era gigante, a cresnça até o último penalti contra a LDU de que aquilo era só mais um script improvável do Fluminense (e era; só que contra) e eu ficando inerte só me dando conta que era hora de ir embora quando, logo após eles levantarem a taça, um cara com seu filho, alguns metros distante, falou: "epa... tu tem aula amanhã!"
E ainda tem o primeiro jogo que vi fora do Brasil! Flu x Arsenal, ainda na fase de grupo. Foi um ano marcante.

2009 - Fluminense x LDU, Final da Copa Sul-Americana
Aqui não tenho dúvidas. A semi contra o Cerro Porteño foi bem maneira também, a torcida tava cantando muito pesado e a porrada no final com o Muay Thai afiado do Fernando Henrique foi legal também. Mas esse foi o jogo mais foda da torcida do Flu que eu já fui. Visualmente, com aquelas luzes que subiam, conceitualmente, com a faixa que dava a volta e falava "A melhor torcida do mundo" e também no canto. Foi uma pressão muito foda e o time fez o que dava. Diguinho na performance de sua vida e se o Fred não tivesse perdido a cabeça acho que dava pra meter mais um golinho. Time de Guerreiros era foda! Que improvável aquilo tudo que aconteceu no segundo semestre do time.

2010 - Fluminense x Guarani, Campeonato Brasileiro
Meu primeiro título de Campeonato Brasileiro no estádio. Quase não fui! Não pude comprar ingresso porque fiquei a semana toda dedicado à campanha. E aí teve aquele rolo da Luciana inscrevendo os sócios na surdina e eu tava lá e filmei e ficamos vigilantes e minha vida pessoal tava uma loucura, tava no pior momento da briga da Barry Nice no pior ano da minha vida; me conteitei que não ia assistir o título, mas pelo menos tinha ganhado a eleição e seria campeão do mesmo jeito. Mas a vida resolveu me dar uma colher de chá e eu tava em casa quando alguém no Fluonline falou que tinha dado na rádio que um lote maluco de ingressos novos que tinha chegado no Flamengo. Tava de cueca, botei uma roupa e saí correndo. Cheguei da Almirante Guilhem até a Raul Machado em 2 minutos! Comprei! Quando saí de lá, já tinha uma fila giga atrás de mim. Quando cheguei em casa já tinham acabados os ingressos. Era pra ser! Fui com o Nelson. Fiquei de encontrar o Gui no Baixo Gavea ou no Clipper, mas acho que, com tudo que falei, foi uma escarga de adrenalina tão grande, que tive um blackout e não lembro o que aconteceu. "Despertei" as 3h da manhã comendo Haggen Dazs de Doce de Leite e assistindo "Pineapple Express", sem a menor idéia do que neste interim desde as 20h.

2011 - Fluminense x Bangu, primeiro jogo do Champ Carioca
Por que? Pelo simples fato de estar lá, eu, Milho, Nelson, Anna e Mila, primeiro jogo logo após o último que citei e aí, primeiros lances, o Carlinhos erra o cruzamento e um maluco atrás de mim grita a plenos pulmões: "Esse merda não acerta UM cruzamento!!!".
And I'm like: really?! Eu virei pra ele e falei "O último cruzamento que esse cara fez, deu um título que você nunca tinha visto na vida!"(porque o cara tinha menos de 24 anos, com certeza). E completei "Então cala a porra da sua boca que só tá saindo merda daí". Esse jogo fica na minha memória pois sempre lembro dele pra mostrar como nego é mal agradecido, imediatista e utilitarista quanto a sua suposta "paixão" por futebol.

2012 - Fluminense x Palmeiras em Presidente Prudente, jogo do título Brasileirão
Meu segundo título brasileiro in locco. E dessa vez trabalhando pelo Flu. Depois, sendo o Flu. E depois quase morrendo! Já escrevi sobre esse dia aqui também. Esse ano tiveram vários jogos memoráveis que vi no estádio. Fla-Flu do centenário, Flu x Palmeiras do primeiro turno por algum motivo doido, Flu x Gremio...

2013 - Fluminense x Goiás, no Serra Dourada
Esse também foi difícil de escolher. A libertadores em si já foi massa. Vi meu primeiro jogo em São Januário, que acho um puta estádio. Levei a Luisa ao estádio pela primeira vez e foi logo depois do Rio Content Market, o que foi uma pira, porque levei também o Mark Warshaw e uma galera de transmidia! E o Mark elogiou a açã do "Você na liderança" do Decida o Tetr4 e foi surreal o grande nome da transmidia elogiando meu projetinho de transmedia. Vi o Flu no Chile, no Equador, no Paraguai... vivi o tal "Clima Libertadores" em especial nesses últimos dois. Aliás, Quase botei Flu x Olimpia como o jogo a ser lembrado; foi uma experiência antropológica incrível (sobre a qual, adivinha!, também escrevi aqui em dois posts) e fiz altas imagens (que nunca foram vistas, porque perdemos...). Também pensei em colocar Flu e Goiás no Serra Dourada, porque foi uma viagem irada e o Serra Dourada é foda (e, pra variar um pouco nas memórias desse ano, ganhamos essa!), mas não tem como não botar o que foi o meu último jogo pelo Fluminense. Foram dias doidos... eu tinha acabado de ficar 13 dias na China(!) filmando o Conca pra FLU TV e voltei dividindo meu tempo entre o Flu e as filmagens do meu primeiro longa "A esperança é a última que morre" e eu já tava vendo que o Jackson Vasconcellos não ia sair do Flu, então significava que o clube ia para um caminho que eu não queria, que o Peter, que tinha nas mãos a chance de fazer o que era realmente importante, preferiu o ego e a "política" e a Flusócio era frouxa, cabaça e inútil no fim das contas e o Pedro Antônio já "hovering" em cima desse circo todo... o que me fazia saber que aqueles eram os meus últimos dias ali. Nunca esquecerei os segundos onde um filho da puta que merece tudo de mal no mundo falou "O São Paulo fez gol!", logo após o Samuel fazer o nosso gol. Aquilo significava que era o gol da permanência. Abraçados, nos olhamos, os olhos da Mari cheios de lágrimas... Mas o São Paulo nunca fez gol; por que esse babaca - que era tricolor! - inventa isso?! A troco do quê?!
À noite, fomos pra piscina. Eu, Lucas, Mari. Millozs tava também. Amizade boa. Saudades da rotina com uns dos melhores profissionais com os quais trabalhei. Eu falava "porra, tricolor em toda terra no maranhão contra o Sampaio Correia; agora é hora de ganhar o Brasil nas áreas onde não iamos!". Graças a Deus por André Santos e a burrice rubro-negra não caímos!

2014 - Fluminense x Coritiba, Brasileirão
Meu primeiro jogo como civil de novo? Foi o dia que conheci o André! Ele era todo mudo ainda, não era o muleque zoadeiro "carioca" que ele é hoje em dia. Tava competindo numa regata aqui no Brasa e aí eu, Luisa e Olga levamos ele e outros gringos pra conhecer o Maraca.

2015 - Fluminense x Gremio, Brasileirão
A estréia do Ronaldinho Gaucho. Tinha que ver, né? Quase o "quem não viu não vê mais".

2016 - Fluminense x Atletico-PR, final da Primeira Liga em Juiz de Fora
Um mês e pouco antes de eu vir pros Estados Unidos. Minha despedida. Fui de carro com Lucas e Thaissa. Eu tava mega economizando e o Lucas foi bondoso de me dar o ingresso e a carona e a Thaissa de deixar eu dormir no quarto dela no hotel. Chegamos em cima da hora! E o pior, os ingressos tavam lá dentro com a Mari ou com a Talita, não lembro. E aí o Lucas entrou e foi procurá-los, mó rolo. Mas aí conseguimos. Foi show. No final teve aquela palhaçada da polícia, como de costume. Levei muito gás de pimenta, uma bomba estourou do lado da gente e é foda não coçar o olho e tal... fiquei chorando e cheio de meleca, respirando devagarzinho (dica pra quem não sabe o que fazer nessa hora e desespera). O que importa é que foi meu quarto título nacional in locco e depois fomos pro centro, encontramos geral e foi mó divertido, muito bom como despedida. Voltou no carro também o Ufo e lembro bem de tudo isso. Tava pronto pra nova fase da minha vida, longe do Flu.

sábado, dezembro 09, 2017

Lembra do New Radicals?
Daquela música "You get what you give"?
Pois é, é isso que ficou de legado. Uma one hit wonder (embora tenha a outra musiquinha semi sucesso "Someday we'll know"). Lembro que o cara lá, o Billy Corgan cover Gregg Alexander, botou toda uma banca, pegou uma postura meio hip-hop e called out Marylin Manson, Courtney Love, Hanson, Beck... e era todo estrela, se achava o roqueirão com uma música que sonoramente tava muito mais pra Hall & Oates do que pra Motorhead e que tematicamente podia ser um hino para igrejas safadas ("você só consegue o que você dá") num clipe meio vergonhoso onde ele, todo awkward branquelão, tentava se portar como uma figura entre o Kurt Cobain e o DMX. E aí, petulantemente certo de que seu legado estava sedimentado com apenas isso, disse que ia acabar como New Radicals e passar a escrever e produzir outros artistas, porque ele já tinha zerado o jogo do artista.
Pois é, fera... exagerou. Hoje, quase 20 anos depois, o que é o New Radicals para a música? Desculpe-me se pareço grosseiro, mas é uma parada que mexe comigo o grupo de pessoas que não consegue botar o ego em cheque e jogam no lixo algo que, bem ou mal, funciona e agrada tantas pessoas. Não é o caso específico do New Radicals - como disse, 20 anos depois não faz tanta falta, né? - mas o tanto de banda que poderia ter feito tanta coisa incrível e não fez por picuinha boba (The Police, Blink 182,  toda uma geração de bandas no início dos anos 2000...). Não dava pra ser profissional, gravar, fazer a turnê cada um no seu ônibus, sem interagir muito?
Você quis dizer que os Novos Radicais são aqueles que chegam cheio de dedos para os outros, mas logo se recolhem porque não querem aguentar as consequências? No final das contas, parça, a melhor coisa da sua banda acabou sendo o nome mesmo.