quinta-feira, novembro 28, 2013

Era pra eu estar muito feliz com tudo, um tremendo ano. Mas com vitórias vem tanta angústia... Fora as derrotas e os medos que independem da vitória (pois sou bem pós-moderno, já disse mil vezes). Aí tudo isso se junta e uma hora vou vomitá-las e vai dar merda. Ou, no caso, arte. E quem ganha é você, que curte. E vomitar (ou cagar?) me aliviará, mas com isso criará uma nova angústia: pra onde vou? E aí começo a pregar um discurso contra pessoas e situações as quais e nas quais na verdade busco desesperadamente a aprovação. E aí vira um bonito ciclo feio de auto-destruição para construir.  Nos meus contrastes e contradições.
So... yeah.

domingo, outubro 13, 2013

Queria ver meus amigos. Queria ir pra Angra. Queria ter uma namorada. Queria que o Flu ganhasse. Queria que EU ganhasse (dinheiro). Queria não perder tanto quanto tenho perdido. Queria não estar com tanta dor nas costas e nos ombros. Queria fazer exercícios físicos. Queria andar de skate. Queria voltar a meditar. Queria fazer meus raps. Queria escrever mais aqui. Queria ver "This is the End" e "Gravidade". Queria não ter nenhum arrependimento uma vez que o meu filme tiver indo para as salas. Queria dormir pra descansar. Queria ter mais 30 horas por dia pra fazer tudo que tento fazer. Queria saber se um dia vou ser recompensado por todo o meu esforço.
Queria não querer tanto.

terça-feira, agosto 13, 2013

Esse papo todo de honestidade, consciência limpa... tenho pensado o quanto é um conceito pré-revolução industrial. Não to julgando não. Certo ou errado; é o que é. It is what it is.
E aí fiquei pensando sobre as pessoas que vivem assim e como é tranquilo. "Ah, mas será que eles dormem bem?". Claro que dormem. Um homem que pode entender o que é ter e depois não ter, sabe o que é humilhação. Querer, mas não poder. Quem nasce na miséria, eu acho que não. Aquele lance que falei que felicidade é um conceito de pobre. Mas um cara que teve o gosto e depois por algum motivo perdeu... esse vai fazer o que for pra voltar a ter poder financeiro, porque. O que for.  Porque esse registro de ética, valores... não existe. O que dignifica ou não um homem é a quantia no banco. Sua sexualidade, cútis, de onde você vem, o que e como você fez/faz... tudo é perdoado se você tiver dinheiro. Respeito se compra sim.
Dinheiro é o meu Deus. Eu venero dinheiro.

quinta-feira, junho 06, 2013

Po, ficou tão bom em termos de texto que tive que acabar ali... mas nesse último post ainda tem um resto de reflexão a ser feito. Só pra nego não me atacar depois, chatos pacas:
Não somos mais um país pobre.
Temos que aprender a ser feliz.
E valorizar isso. Lembrando: os políticos são um reflexo do seu povo. Se você cultivar farelo, vai acabar alimentando porcos. Se sua voz tem um poder, jogue o holofote pra coisas que merecem serem vistas. Dê ibope e lute por coisas positivas.
Não quero de jeito nenhum cercear a reflexão, como fazem sempre por aí. Se acha que vale lutar, lute. (Mas só se achar DE VERDADE. Não faça isso pra ter uma identidade. Tem que tá dentro e não fora de você). Mas a verdade é que não somos mais um país pobre. E o Paraguai me fez ver a triste face da pobreza (de espírito e material). Andar num shopping de 7 andares meio fantasma, com vendedores de semblante triste esperando clientes. Eu pensava "só tem a gente de comprador. Como esses caras se sustentam? O aluguel deve ser muito barato...". Aquela noção pobre (em todos os sentidos) de ver o turista como estrangeiro de fato, de achar que ele vem tirar e não contribuir. Sim, tem um pouco de admiração. Mas em geral é "volta pra casa". Ainda não entendem o conceito básico da troca mercantil/cultural. Pra eles não se troca; se perde.
Foi assim também no estádio Defensores del Chaco, onde os policiais locais (após a escolta mais tosca que já presenciei das várias das quais já fiz parte; pior até do que a do Equador, que nos fez andar uma quadra no meio da torcida adversária) cercaram o nosso setor e assistiram a torcida local - totalmente livre, sem qualquer coercimento (ou presença!) policial - tacar garrafas cheias e o que mais tivesse em nosso setor. De ambos os lados! Presos no estádio - quando o sensato (ha!) seria esvaziar mil visitantes em seus onibus que os aguardavam ali na porta do que mandar todos os locais (e vencedores do confronto - mais aptos a ficar mais tempo curtindo no estádio) embora pra só depois liberar. Imóveis, colados em uma grade, protegidos por ela e por seus capacetes e armaduras de kévlar, não deixavam nem entrar no túnel de acesso pra se proteger. Quando mulheres eram acertadas, crianças de colo (também acho loucura, mas...) choravam assustadas, eles nada faziam. Pelo contrário, brigavam pedindo calma COM OS OPRIMIDOS! Isso porque ganharam e se classificaram pra uma semi de Libertadores! Imagina se perdessem, o que não aconteceria...
É muito confortável pra mim falar sobre isso agora. Não só já tinha começado a falar sobre isso um dia antes do jogo (ver data do último post), como agora já está distante o suficiente (mais de uma semana) pra ver que não estou escrevendo de cabeça quente: é selvageria. É pobreza. É autoritarismo e falta de democracia. Ok, o Brasil não é o melhor lugar do mundo. Nada é perfeito. Mas de verdade, estamos reclamando de barriga cheia. Os referenciais europeus... lá é o berço da civilização. As sociedades tem séculos de acertos e erros e desenvolvimento pra chegar lá. Os EUA são jovens? Mas além de serem um povo que veio coeso desta situação que acabei de citar, tiveram seu desenvolvimento turbinado/acelerado pela necessidade de sua economia etc e tal. Faça um esforço histórico de pensar o Brasil e ver o quanto andamos em pouco tempo. Pare de isolar acontecimentos e julgar o todo. Olhe o big picture e diga se o Brasil não está evoluindo. Provavelmente morreremos sem estarmos "iguais" a estes referenciais positivos (ainda que muito mais perto do que hoje), mas é isso aí, não podemos ser egoístas de forçar a aceleração das coisas pra que aconteçam enquanto podemos curtí-las. Elas tem seu tempo de amadurecimento. O que temos que fazer é a nossa parte. E não é mostrando o que se deve fazer. É dando o exemplo. Políticos corruptos para um povo corrupto. Sem me eximir - pois já dei minhas voltas - essa é a história do nosso país. Então, viva da melhor maneira possível. Não deixe que TE sujem e opte sempre pelo limpo. Seja positivo. Ficar batendo no que você acha errado não é torná-lo certo. EXEMPLO. Dê o exemplo. A afronta em muitos casos é apenas combustível pra turbinar a paixão contrária.
Seja a mudança que você quer no mundo. 100%. Isso já é muito. O resto segue naturalmente.

quarta-feira, maio 29, 2013

Nessas viagens que tenho feito pela América do Sul tenho observado muito e refletido acerca do Brasil. Fico pensando se não seria interessante meus amigos de Facebook conhecerem a realidade da América Latina. Talvez o referencial deles seja mais europeu e norte-americano. Se isso é bom ou ruim? Pra eles? Não sei.
É até difícil; não obstante a culpa cristã (que carrego mesmo nunca tendo sido batizado), há também um constrangimento social (tampouco sou fã da esquerda) ao falar do assunto, mas a verdade é que o buraco aqui (nos hermanos) é muito mais embaixo. Aquele assunto clássico burguês do reclame das más condições de transporte público com preços abusivos: experimentem pegar um ônibus em Guayaquil; cidade mais populosa do Equador. O trabalho porco do Estado com o lixo nas ruas etc: experimentem andar nas ruas de Assunção, capital e cidade mais importante do Paraguai.
Em todos estes lugares que visitei, notei preços caros comparativamente. Notei um povo sem educação (cultural e comportamental; com direito a locais cuspindo no chão de um shopping, por exemplo). Notei a cultura local se esvaindo por uma clara influência negativa de políticos (reflexo do povo) que permitiram o capitalismo sufocar símbolos básicos de uma cultura moderna; a começar pela moeda. Para os fãs de Marx: a infraestrutura dita a superestrutura. Ain't nothing but the truth.
Trazendo isso que vi de volta pra discussão de referenciais... Sou eu o acomodado com pouco ou são os amigos do Facebook os injustos/terroristas com a nossa situação? As supracitadas culpa cristã e constrangimento socialista são faces da mesma moeda? De um coercimento político? De reflexão não são. Esta pressupõe liberdade sem embaraços.
Felicidade é um conceito de país pobre. O povo mais pobre ignora a dureza de sua vida por dificuldade de comparação, por desconhecimento do vazio da vida. Tá ocupado ganhando o pão de cada dia.
Não somos mais um país pobre.
Temos que aprender a ser feliz.

terça-feira, abril 16, 2013

É engraçado que, tirando a galera PPXI mesmo, que acompanhou inclusive a feitura do disco (namely rafs, kim, pilha), são as pessoas menos próximas que vem comentar de verdade o disco, as músicas e as letras comigo. Os que souberam do disco pela matéria do Extra, colegas de trabalho, amigos de amigos etc. Das duas, uma: ou geral baixou e ainda não ouviu, ou tão achando awkward ouvirem o que ouviram e não sabem bem como falar comigo. Difícil ser a opção "ouviu, achou uma merda e não tem coragem de vir falar isso" porque o povo que conheço não tem muito problema com isso. Eu não tenho o menor problema com isso. Curto/respeito. Eu não gosto é de indiferença.
Tenho certeza que é the awkwardness... Nego é citado e não veio falar nada! Nego gravou e não veio falar nada. Então relaxa, my guy, I'm a nice dude, pode vir falar. Talvez eles até estejam esperando estar ao vivo pra falar melhor, entender e tatear melhor. Precaução por uma ponta de medo de que eu tenha virado minha criação de fato.
O que é doido e também de certa maneira bem maneiro, I guess.

sábado, abril 06, 2013

Ônibus em viagem longa é foda pra algumas pessoas. Você fica horas consigo mesmo. Alguns preferem dormir, pois a intimidade de espelho é pica. Ninguém quer mergulhar em si mesmo. Tampouco expor o que sai deste mergulho. Eu adoro e conto com isso. Um dos bons motivos pra fazer a viagem era o fato de ter 6 horas nas quais não haveria desculpa, trabalharia no filme, faria análise e sentiria uma sensação incrível ouvindo o meu disco.
Eu já tinha ouvido o disco pronto, mas em outra esfera. Procurando erros, anotando melhoramentos ou apenas escutando. Ainda não tinha o consumido. E wow. Que sensação de potência. De consumir o que me consumiu por anos. É foda ser independente, pois a verdade é que isso te torna muito dependente. O microfone e placa de som emprestada vinham esporadicamente quando o Rafa podia emprestar. E isso se coincidisse com outras agendas da minha vida (que é bem pós moderna nesse sentido). Depois ainda mixar e masterizar; coisa que realmente não entendo. E la fui eu ver tutorial de youtube e ir na base do acerto e erro.
Ver e ouvir aquela época da minha vida materializada... que sentimento. Como eu digo em "Queixo"... high on life! Senti todos os pelos do meu corpo arrepiando (fag). Até a canela! E em momentos sérios mas em momentos mongos do disco. Lá estava eu, sorriso largo no rosto, lágrima caindo, curtindo o melhor disco que já ouvi (porque ele foi feito 100% PARA mim mesmo. por mim, para mim). E foda-se se alguém me reparava, concordava ou discordava. Afinal de contas, estão todos dormindo. O espelho é pica.
E eu?
Grateful.
Só isso.

terça-feira, janeiro 08, 2013

Depois de "ah, o verão", chegou o momento de inundar as mídias sociais com tópicos relacionados ao BBB.
Sinceramente, entre os que escrevem nas mídias sociais a favor e os que escrevem contra BBB, eu fico com os que escrevem a favor. E acho o programa um saco. Mas porra, se tu odeia tanto, não percebe que tá só dando publicidade pra parada? É óbvio que quem gosta vai falar sobre! Que bom pra eles, que falam sobre coisas das quais eles gostam, não? Você faz o mesmo, certo? Ou não?
Fora que é um tal de "minha timeline" isso e aquilo. Bitch, do it as you like. Não é na verdade yours to have, mas faça o que quiser; justo do it. Só abre o olho pro caso de você não ser um mala sem alça comentando os seus próprios assuntos, afinal cada um tem o seu gosto pra cada coisa, né? Enfim... (pro bem e pro mal) o careca mesmo já disse:
It's a free world, baby.