sábado, julho 16, 2011

Não é como se tudo que ele falasse deveria ser dado como um universal. Aliás, constatar que algo que ele fala deve ser levado em consideração é até um pouco triste. Realmente o nivel da Flapress está na lona, quando o melhorzinho é o vesgo do Lédio Carmona. Mas lá pelas tantas o simpático vesguinho com TOC diz com ênfase "o Fluminense sofre com a armação do meio de campo DESDE a saída do Conca". Isso foi a dois jogos, amigão! Aliás, enquanto você falava isso era um jogo e 25 minutos!
Futebol é muito ingrato, porque é muito momento MESMO. 
Então nem me parece mais ingênuo quando eu via o Vincente, por exemplo, vibrar com qualquer jogadinha do "Showilson" (ou qualquer outro apelidinho típico dos botafoguenses) e também nego falando "o time tal joga o melhor futebol do Brasil". Isso é um titulo em si, porque até o próprio título já não vale nada. Ele prescreve no próximo jogo, então aproveita ali mesmo, porque no jogo seguinte tudo é coisa de museu. E assim: pra bem ou pra mal. Um exemplo que sempre falo, pois me foi muito marcante: no primeiro jogo que fui esse ano (Fluminense x Olaria) fiquei alguns minutos me deliciando com a mongolice que era o cara que após um cruzamento errado do Carlinhos berrou cheio de si, profundo conhecedor do futebol, atividade trivial: "Esse merda não sabe cruzar UMA bola!!". Um mês antes ele comemorava, espero eu, um cruzamento deste "merda que não sabe cruzar UMA bola", pois tal cruzamento resultou no gol de um título que não acontecia há 26 anos.
Não deixa de ser poético, porque a tristeza e a feiura aparentemente são entorpecentes e inspiradores; os românticos curtem. Eu, regido por outra lógica, só me desanimo; porque isso tudo até tira um pouco a vontade de vencer, sabe? Pra quê ir atrás de algo que não vai te satisfazer por muito tempo? Aí não faz um pouco de sentido jogar pra não perder ao invés de jogar pra ganhar? Anos atrás eu escrevi aqui que existia a glória de perder; que sem o derrotado não havia o vencedor e essa própria relação te fazia dar mais valor às vitórias. Penso se não passei ao largo nessa discussão.
Acho que o mínimo - que já é coisa pra caramba - que posso querer (e buscar) é ser verdadeiro.
E o mais poético é que isso provavelmente me fará um vencedor.