quinta-feira, janeiro 13, 2022

Lá vou eu buscar a Luisa no aeroporto.
Lá vou eu aproveitar a boa vontade do tempo longe pra focar nas partes boas, até que a parte ruim volte a se fazer presente. E cada vez ela se faz presente mais rápido. Um eterno groundhog day que cada vez é mais curto.

Há duas maneiras de ver isso.

sábado, janeiro 08, 2022

Ontem antes de dormir, assisti mais um episódio do genial "How to with John Wilson". O episódio da vez era o adequadíssimo "How to remember your dreams". Eu vim pensando uma vez ou outra o quão pouco eu sonhava e como ultimamente meus sonhos estavam ainda mais escassos. Ou então, como ele bem diz no episódio, eu só não tava lembrando, afinal, a média humana é, supostamente, de 4 sonhos por sono de 8 horas. Lo and behold, eu acordo hoje e não só sonhei, como me lembro e venho aqui relatar - apesar de que, sim, lembro de 3 sonhos e o quarto eu não lembro.

Na real, talvez tenha sido um sonho só, daqueles que você entra num buraco da parede de casa e sai numa porta de um avião, mas enfim, deixa eu focar num sonho/parte, porque eu achei muito doido - como pode um sonho fazer isso?

Eu estava em algum lugar com o Neil Drake, aquele americano que microdose LSD, tem uma kombi chamada "fofinha" em Foz do Iguaçu, namora a Bella, uma brasileira gatíssima, tem um dog Hurley velhinho, pesca peixes gigantes e viaja pra Antártica onde tira fotos iradas de natureza. Sim, ele em si é material de sonhos, pois os signos que o representam são todos malucos e misturados. Enfim... acho que porque eu comentei ontem que achava curiosa essa linha de conteúdo de instagram/tiktok de "gringos comentando como é ser gringo no Brasil/ensinando inglês", acabei juntando as coisas e sonhei que ele chegava e falava "Como é to speak with the torchlight em português?"

Pra quem não sabe, to speak with a torchlight é uma expressão que significa algo como "falar privadamente, falar algo confidencial, que requer atenção". Torchlight = aquela tocha de fogo que as pessoas carregavam antes de ter eletricidade, afim de iluminar os lugares. Então, permaneceu a expressão até hoje de, quando necessitar falar algo "aqui entre nós", um assunto que requer atenção e até sigilo, falar "we should talk; but not here. We should speak with a torchlight"

Exceto que... não. Não existe essa expressão. Eu procurei no google por algum motivo. Mas no sonho, aquilo fazia todo sentido. Ele perguntou isso e eu tive dificuldade de achar um equivalente em português, mas não de entender o que essa expressão que não existe significava. Era tipo óbvio, domínio público.

Quão doido é isso?

Muito podia falar sobre isso, mas acabei de acordar. Não tenho a força nem a destreza cerebral pra tal. Porém, dentre essas muitas coisas, a que vou escolher focar é aquela história de que "build and it will come" do filme "Field of DREAMS"(!), que acabou sendo, inclusive, o final do episódio do "How to with John Wilson". Então está lançada a campanha para tornar essa expressão, que me parece fazer muito sentido, algo popular. Algo que não é só uma loucura de sonhos, até porque não é loucura at all.

Convido-vos através deste post a chamar os amigos para uma reunião importante pós expediente, onde você vai expor para eles uma coisa importante (a divulgação dessa expressão rumo à massificação). Mas, pra dar certo, não banalize. O ser humano gosta de um mistério; valorize a missão. Não fala de cara o motivo da reunião. Fala pro convidado pra ele não convidar mais ninguém e nem postar na internet. Pede pra desligar o celular antes de você começar a falar. Afinal, você precisa de toda a atenção deles. Você não pode disputar com outros assuntos.

Você precisa speak with a torchlight. 

sábado, janeiro 01, 2022

Sneaky... 2022!

Porque o relógio do artur ainda tá no Brasil, apesar de ser 10:38 em Miami, ele deu esse ultimo post como primeiro de 2022, meia noite e 38. 

Ha! Gostei. Chupa, 2021!

Que seja um bom presságio. 2022 é um ano importante: VINTE anos de artur!

Vou me empenhar pra fazer um livro com os melhores posts daqui. Merece. Tomara que valha a pena.

Sneaky 2021 acabando com um dia lindo de praia, solzinho, produtividade, pra gente achar que vai ter saudade. Mas não vai. E nem sei se isso significa que 2022 vai ser rmelhor. Precisamos mesmo de um ano novo? Todo ano parece que piora, ultimamente. Não lembro de um ano novo recente que foi melhor que o anterior. Eu taria de boa com algum ano usado. 2007, 2011, 2012, 2014... hell, 2010 parece bom em comparação com os atuais.

Sneaky 2021 também sinalizou uma solução aos meus problemas pra falar "ha! to de brinks; volta 3 casas, otario".

Esse foi o ano mais sozinho da minha vida. Nunca me senti tão sozinho. Eu podia ser sozinho. Mas era por opção. Tinha gente querendo, eu que ficava/gostava de ficar sozinho. Agora pago o preço. Vou passar não só o reveillon sozinho, como os quatro próximos dias. Tomara que eu aprenda. Que essa raiva misturada com tristeza, angústia e overall sentimento de quem está completamente perdido me consuma de tal forma que eu finalmente trace uma linha e dê um basta a essa merda que tem sido minha existência. Que eu ganhe coragem e certeza, pois estou perdido e covarde perante a tudo. Medo de perder o que já não tá valendo mais nada. Mas aí eu volto pro lance do ano usado: quem me garante que isso, mesmo sendo essa merda, não é as good as it gets?

Whatever. Sei nem o que dizer. Escrevi e apaguei milhões de coisas. Não consigo nem concordar comigo mesmo. Esse é o efeito desse ano em mim. O ano que fui tão abandonado que me abandonei também. Ai tadinho, pobre coitado esquizofrenico filho da puta. Fica sozinho pra se fortalecer na pena dos outros. E ainda põe a culpa num "ano". 

Enfim...

Vaza 2021! 2022 favor não me faça ter saudades de 2021.