sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Fui no Franco cortar o cabelo e na hora de escolher qual seria o corte ele falou "Vamos fazer um corte meio Hermanos?". Hermanos as in Argentinos. Dispenso o visual barbudo, até porque pré adolescentes cantoras de folk music em linguas inventadas com personalidade sesame street não me apetecem. Um corte "castanha", como gosto de falar, porque parece com aquela que o bichinho do Era do Gelo vive caçando. Tem um toquinho a la Nino do Castelo Ra Tim Bum em cima, franjinha curta com o lado grande e, claro, mullets.
Confesso que curti e realmente tá bem argentino, só faltava mesmo aquelas trancinhas "padawans" que vários deles usam. Eu quando via o Pallacios do Boca usando achava ele excentrico e tal, mas quando estive lá em 2008 reparei que era mó moda, geral tinha. Os argentinos são mesmo diferentes e únicos. Gosto muito daquele país. Acho-os verdadeiros, com menos mascaras do que aqui. Não no sentido de ser "mascarado" as in metido. Mas é que eles são eles mesmo em tudo que fazem. Você consegue ver o DNA do argentino muito fácil até nas ações. O futebol deles, por exemplo. Fiquei tentando entender porque tem o lance de ser raçudo, disposto e um jogo coletivo bem melhor do que o nosso. 
Uma das minhas teorias é bem social, mas não "os argentinos dividem o alimento como os indios blablabla". É que lá tem muito campo bom pra jogar pelas ruas. Tipo, tem muito campo de grama, society: público. Ali perto de Puerto Madero tem bem uns 5 campos grandes de grama sintetica de grátis e todos estavam ocupados por mini-timeszinhos mesmo, com uniformezinho. No centro, embaixo de varios viadutos, outros campos grandes. Muito mais bem conservados do que os do Aterro do Flamengo e em muita maior quantidade. Fora isso, Buenos Aires é quase a Argentina toda, então a amostragem é o que importa. Qual a conclusão disso? Bom, o campo em boas condições estimula o trabalho coletivo e aí estimula-se a competitividade. Com isso, a repetição dos times (pra acabar com aqueles fdps que venceram a gente da ultima vez!). E tá feita mais ou menos a conta. 
Aqui no Brasil é diferente. A gente desenvolve a ginga, a habilidade e magia do jogo individual, porque se joga futebol apenas em buracos: campo de terra, bola de meia etc. 
Mas aí o Kinhu, também observador como eu, contou uma história interessante. Ele conversou com um lojista lá na Calle Florida e o cara disse que nao podia atende-lo porque já tinha atingido a cota dele pelo dia e por isso tava desviando clientes para o outro vendedor que não tinha ainda atingido. Ou seja, os caras tem isso mesmo de companheirismo. Estamos falando do mesmo caso de "teamwork" em algo que não tem nada a ver com a construção do ambiente que favoreça a parada. Realmente, aqui é farinha pouca, meu pirão primeiro mesmo. Lá os caras tem uma maior noção do "público". Protestam com panelada. E aí ficamos naquela questão do ovo e da galinha: o homem que faz o meio ou o meio que faz o homem?
Seria a História? Duvido, não temos passados tão diferentes assim. Sei lá, só me é claro isso; os caras são mega 'honestos' quanto a o que são, pois são 100 por cento o que são em tudo que fazem. Nós somos mais multi-dimensionais, pra botar de uma maneira que pegue bem pra gente. 
E é assim que você mistura um assunto novo com um antigo que você até tinha esquecido e faz um post gigante como esse!
Da próxima vez bole uma frase em negrito genial pra fechar com chave de ouro!

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Ainda vou descobrir qual é a do trauma geográfico que o Chorão do Charlie Brown Jr. tem. Ele sempre faz música sobre "encontrar", "levar" etc. Meu palpite é que vem da infância; ele deve ter se perdido nas Lojas Americanas por culpa do responsável, que combinou de encontrá-lo em algum ponto, mas na hora h não apareceu e acabou levado por um funcionário para aquela sala onde fala-se no microfone e os clientes todos ouvem o anúncio. 
Po, se bobear foi assim que ele se encantou pelo poder do microfone e resolveu ter banda!