quinta-feira, setembro 29, 2011

Tem sido interessante acompanhar o Rock in Rio pelas mídias sociais. Várias coisas. Uma é o quanto tava todo mundo esculhambando (com razão, eu acho) mas logo soava qualquer acorde semi carregado, qualquer mise en scene mais teatral, e nego já tava todo animado, comentando play by play. Sim, greatest hit é bacana, toca o coração e relembra outras épocas. Mas um festival todo disso? De bandas e atos que são irrelevantes? Isso diz bastante sobre o gênero rock em si. Até existem artistas mais interessantes, mas eles são relevantes apenas dentro da irrelevância do gênero. Não se enganem e "po, mas tem tanta gente nos shows, como é irrelevante?". É fácil de entender e aí me uso de duas coisas muito sábias que li por ai (i) "a marca Rock in Rio ficou maior que os artistas que a compõe" Tanto faz, é mais o evento. (ii) "é bem a cara do Brasil curtir um show do "Sublime" sem o cantor (óbvio) e até sem o baterista! O cachorro vem?". É micareta aliada a carência. Não quero falar síndrome de vira-lata, mas vai lá.
Um bom exemplo da desconexão público-artista é a quantidade de pessoas que herculeamente tenta fazer escambo com os ingressos no Facebook e afins. Acabaram muito rápido os ingressos não porque nego comprou rápido e sim porque a maioria foi vendida para patrocinadores. A quantidade de promoções é SINISTRA. Até o perfil da "BrahmaFlu"está sorteando! Tinha promoção de mil ingressos da Trident e minha mãe trabalhou num comercial da Coca que dava ingresso pra qualquer um que aparecesse (quer dizer, quase todo mundo, só podia pra quem tinha até 25 anos - lamentável e engraçado ao mesmo tempo).
Mas beleza, vamos fingir que nego comprou antes aquele passe e agora está com ingresso pra dias que não quer; o "cambista do bem". Realmente é meio chato que todo mundo parece vender os ingressos e você tem que ficar desviando estes posts. Mas já vi também nego reclamando, dizendo que compra os ingressos se pararem de ficar falando nisso. Mas que coisa também, gente. As midias sociais parecem mesmo ser lugar para ser engraçadinho ou para reclamar. É só para isso que a usam. Acho engraçado, como se a timeline fosse possessão mesmo da pessoa e aquilo tudo atravancasse a vida dela. Como se todo o resto falado ali, especialmente por quem reclama, fosse de suma importância. Niggaz need to chill.
É só mídia social, galera.