sexta-feira, setembro 12, 2014

Oh Fortuna,
como a lua, és mutável.
Sempre crescendo e minguando.
Oh Vida odiosa,
primeiro oprime
depois cura.
Pra brincar com a mente,
a miséria e o poder,
como gelo, ela os funde.

Oh Destino,
monstruoso e vazio.
Você, roda volúvel, é maldoso.
A felicidade é vã
e sempre dissolve-se a nada,
nebulosa e velada,
a mim você empesteou também.
Agora, por prazer,
me entrego a ti, despido, para vossa perversidade.

Oh Sorte,
na saúde e na virtude,
estás contra mim.
Dá e tira, me escraviza.
Então, à essa hora, sem demora
tange a corda vibrante;
já que a sorte abate o forte,
todos lacrimejarão comigo.