sexta-feira, dezembro 28, 2012

Ter 16 posts é legal porque faz uma escadinha e teria um ano com 15, outro com 16, 17 e 18. Mas eu quero que tenha mais posts porque 2012 merece. Então, até celebrando minha falta de assunto, vou fazer aquele post mais manjado do top 10 músicas que curti em 2012:

1) Lil Ugly Mane - Bitch, Im Lugubrious
"Bitch, I'm morose and lugubrious, I'm a let this Uzi spit and turn his face into goey shit". Essa música deve ser a melhor explicação do que é o Lil Ugly Mane. Eu acho que ele é a minha maior aspiração como rapper. Sei lá. A proposta é muito a ver. No geral mesmo... música e letra. O pacote todo.
Menção honrosa: "Monalisa Overdrive". For the ladies, né? E aquela frase "She like Bitch say my name - bitch, that's MY line". Hahaha isso é Reverendo purinho. Sei lá, Mista Thug Isolation deve ser meu disco preferido de 2012.

2) Ariel Pink's Haunted Graffiti - Only in my dreams
Ouvir essa música é fingir que o R.E.M. não acabou. Ou pelo menos que o legado da minha banda preferida está aí. E o clipe é show.
Menção honrosa: Pra dizer a verdade não curti nada mais que ouvi deles. Sorry.

3) The Internet - Partners in crime
Tudo muito bem colocado. Bizarro. Que baixo. Sade moderno.
Menção honrosa: "Cocaine". Qualquer coisa com Left Brain rapeando costuma ser maneira.

4) Captain Murphy - Mighty Morphin Foreskin
Eu ainda não me convenço que é só o Flying Lotus isso aqui. Se for ele é muito muito gênio. Porra, essa música tem 6 flows diferentes. E todos muito foda.
Menção honrosa: "Shake Weight". Porque não queria botar Buggn' do TNGHT na lista, então entra junto hehehe Mas "Beetween Friends" é o bicho também.

5) OFWGKTA - Hcapd
Pedrada.
Menção honrosa: "Rella". Beat lindo. Adoro o clipe. A letra não é nada demais, mas compensa pelo flow do Domo e do Tyler. Aliás, ambos as músicas tem o mesmo time: Left Brain na produção, Hodgy e os supracitados no mic.

6) Nas - Bye Baby
O maior de todos os tempos. Sendo artista como quase ninguém faz. Arrepiante. Se um dia eu for metade do que ESSA música sozinha é... serei feliz.
Menção honrosa: A parte que entra o rhodes em "The Don". Tesão.

7) Mellowhype - Real bitch
Não bastasse ter Left Brain cuspindo, o Taco ainda mita nessa aqui. Wtf?! Taco?! Really?!
Menção honrosa: "Grill". Left Brain rapeando. Ainda não entendeu?

8) Sants - Cookies and Coke
Melhor produtor de hip hop no Brasil.
Menção honrosa: Concreto. Clams Casino would be proud. Eu só não curto quando entra os elementos dubsteps.

9) Frank Ocean - Pilot Jones
Como um todo eu acho que gosto mais do Nostalgia, Ultra que do Channel Orange. Mas essa música sozinha já é melhor que qualquer coisa que ele tenha lançado antes. Ou não. Mas é amor total essa.
Menção honrosa: Pyramid. A segunda parte da música é gozante. E irado ele trollar geral com um single de 10 minutos e ainda assim ser o disco número 3 e liderar as indicações do Grammy.

E pra completar 10 empate entre: "Nicki Minaj - Beez in da trap" pela Nicki e aquele som de guiro ou sei lá o que é aquilo percussivo e "2Chainz - Birthday Song" por... francamente por tudo. Que clipe lindo.

terça-feira, novembro 13, 2012

Era pra ser uma viagem com o time para filmar, se possível, os bastidores do, se viesse, tetracampeonato. E isso em si já é algo mega pica, muita responsabilidade. Imagina você ser o encarregado de captar imagens que traduzam visualmente um acontecimento desses... E sendo o grupo fechado/blindado do jeito que é - vai contestar? Maior campanha dos pontos corridos - uma missão cheia de desafios por si só.
Aí acordo na minha espaçosa cama de hotel no dia do jogo com uma mensagem dizendo que ambos os voos fretados haviam sido cancelados. Os outros dois colegas não mais viriam para Presidente Prudente. Um deles, o gerente do departamento, disse por whatsapp: "Dudu, você é o marketing do Fluminense".
Yeah.
Um título. Quer maior evento de marketing para um time do que esse? Agora além de me preocupar com ângulos e diafragmas, tinha que pensar na imagem e organização e mil outras coisas da possível festa. Sure. A galera tá no Rio, se rolar é lá que a parada vai ser tchan; they got my back. Mas de qualquer jeito... e aqui? A primeira missão foi desmobilizar o evento que esperava os torcedores do Rio no voo fretado, afinal ele não aconteceu. Tranqui. Depois pegar 160 camisas comemorativas da Adidas e guardar.
:: Em algum lugar desses 10 anos de blog eu me perguntei o que se fazia com a faixa de campeão feita para o time que acaba virando o vice-campeão, lembra? Agora eu sei. Um maluco tem o cu comida caso vase antes (seja campeão ou não) e também caso vase depois depois (caso não seja campeão). E pulando o erro de tempo, para podermos homenagear o Rei, no caso, nesse dia: "esse cara sou eu"::
Mas com tudo isso, como é sempre sofrido, o problema que encontrei foi de responsabilidade só minha. Um problema audiovisual elementar. O cartão de memória tava "full". Eu achava que dois cartões de 16gb iam ser suficiente e não levei nada pra descarregar. Dei mole. Com todas essas dificuldades, cheguei até a fraquejar e pensar "talvez é melhor não ser campeão hoje. Semana que vem teremos tudo mais programado. É no Rio, terá a equipe toda (e mil outras "vantagens")". Mal sabia eu da tolice do meu pensamento. Mas tudo bem, porque descartei rapidamente a idéia. Os "contras" seriam também muito ruins: me deram a oportunidade de filmar ali de perto, não poderia ser "pé frio" e fechar essa porta para o marketing do Flu (não o departamento e sim a "matéria" marketing). Acho importante. Fideliza.
Como é o time DE (e também DOS) guerreiros, descolei um laptop e na arquibancada, sol a pino, transferi os arquivos (detalhe que nunca tinha feito isso; aprendi na hora via google no celular) e apaguei o cartão pra filmar mais. E aí o jogo foi indo. Eu estava bem tranquilo mesmo no empate. Saiu o gol e fomos geral lá pro vestiário. A federação não deixava entrar, tudo certo, acabou o jogo, campeão, Belga liga e eu falo "Tetra! To aqui trabalhandodepoisagentesefalabeijo", entro no gramado pra filmar e entre o lanche pós jogo no ônibus e comunicações com o Rio sobre a festa e o trio elétrico me cai uma ficha. QUE FODA! Olha isso! Eu ali, primeiro barrado de entrar no gramado, com o Nem e o Bruno (absurdo.) e a comissão técnica, depois ali dentro filmando (e comemorando, sou filho de Deus)... EU ERA O FLUMINENSE! Sim, por que o que é o Fluminense? É imaterial. É representado por um escudo e tem uma bagagem. Mas ele não existe. Ele só existe em 90 minutos representado por jogadores que vestem aquela camisa de três cores. Eu tava lá. Vestindo a camisa e o crachá, trabalhando e fazendo parte de alguma maneira ativa e oficial daquela conquista, daquele trabalho. Pra quem olhava da arquibancada, eu era parte daquilo. Fuck it, eu ERA parte daquilo! EU ERA O FLUMINENSE!

cara. eu sou roteirista, mas desculpa, não consigo botar em palavras o que é isso. But its big. Quem me conhece minimamente sabe. Eu me envolvi fundo, política e o escambau, porque o Flu é importante para mim. Enfim... it was something.

Mas talvez fosse embriaguez de título. Aí, no voo de volta (sim, foi na verdade mais tensa do que foi vendido pela imprensa), a vida resolveu deixar claro os seus propósitos e me validar essa sensação. Os jogadores começam a cantar de cada um do elenco, tal qual a torcida faz antes dos jogos. Escalação, manja? E foram até a comissão técnica. Merecido, os caras são parte disso pra caralho. São os guerreiros que a torcida não ve. E a eles sou grato. Foi indo, indo. Até me diverti com o pensamento "imagina se falam meu nome". Óbvio que não. Minha primeira viagem. Contato prévio breve no comercial e outras ações. Personalidade fechada (por timidez, mas com eles por profissionalismo, pois "boleirar" não me leva a lugar nenhum). E aí ouço de canto de ouvido perguntarem pro assessor
"Qual o nome dele mesmo?"
"Dudu? Quer que ele filme alguma coisa aí?"
E de repente, surreal pra caralho!, os caras - humanos normais pra mim, mas que em 90 minutos se transformam em Fluminense - para os quais EU normalmente grito os nomes em reverência, cantavam: "DUDU! DUDU! DUDU".
Ficou provado. E eu estava realizado.
Eu era o Fluminense. Eu sou o Fluminense. Eu sou TetraCampeão.

terça-feira, novembro 06, 2012

To ligado que precificação não é uma parada simples; é ciência até. Mas por isso mesmo, tenho pensado há tempos no quão pouco empírica ela tem andado. Não, não vou falar sobre os aumentos de passagens, fetranspor, Eduardo Paes! Eu entendo que se não houve uma clara melhoria no serviço - de fato, por que todos os ônibus até hoje não possuem ar-condicionado? Oras... - pelo menos há de se ter correções monetárias naturais. É o preço da "valorização da moeda". Veja bem, todo mundo tá ganhando melhor - mais do que isso; todo mundo tá empregado! Não tenham memória curta...- então é natural que, para haver um equilíbrio, aumente-se o preço.
Mas eu reclamo dos produtos mesmo! Porque isso é uma tendência pré crescimento econômico. É provado com números que um componente imaterial tem agido com muita força e desnivelado as coisas: ganância. O dono de negócio está botando uma margem acima de 100% de lucro nas coisas. Questionado, ele diz que se trata de taxas, mas já foi provado que não. Ele usa o esquema de "se colar, colou". E cola por outro componente imaterial, desta vez por parte do consumidor: desejo. O brasileiro, especialmente a classe C, sempre teve sonhos de consumo para se inserir melhor na sociedade. Este tipo de gente nunca viu tanto dinheiro. Então, se ele "pode" pagar, ele paga. Mas isso é problemático, porque niguém é cauteloso de pensar na relação "posso vs. devo". Ele pode pagar 2.000 bonecos num celular? Sim. Mas ele deve? Não. Não quando 3,20 é "caro" para um metrô.
É chatíssimo, no entanto, regular com o que cada um gasta o seu dinheiro. Mas pra mim é claro que nessa toada de viver atrelado a pagamentos de 6 meses, pode haver algum bug e entrarmos numa crise de crédito igual a qual passou/passa os EUA.
Feita essa divagação, eu fico muito bolado com o valor de uso e o valor de troca das coisas. Eu não consigo conceber porque um tênis custa 200 reais. Ok, eu consigo conceber perfeitamente porque custa isso, mas não concordo. Só acho mesmo que o mundo deveria mudar e se guiar mais pelo valor de uso. Não to sendo "uhu Marx!". Mas acho que o valor de troca de marca e marketing tinha que pegar carona mais no banco de trás. Um tênis tem que custar R$35,00, cara. Esse é o preço justo. Um tênis mais sinistrão com x e y pode até chegar a 80/100. Mas 200/400?!
E pra mudar isso... basta a gente mudar. Não é depositando toda a fé num político e sua oratória. Você só derruba "sistema" se entrar no jogo e meter a cara na lama e cortar na sua própria carne. É assim que funciona o capitalismo. É bem tranqui, até. Se você consome você endorsa. O produto, o meio de produção, os interesses por trás. Tudo. Então, antes de reclamar (pra caralho), faça a sua parte, porque acho que nada é indispensável assim. Você sozinho pode ter um alternativa sim. Somos muito dependentes do primeiro poder. Mimadinhos, mesmo. O problema não é o Paes, Cabral, Freixo, Lula, Dilma, Serra, FHC, Malafaia, Guarani Kaiowa, Belo Monte, Pinheirinhos, Globo... O problema É VOCÊ! Mas, hey... você também é a solução, então, right on! Toda força ao terceiro poder! Em essência e não em contraposição.
Não consuma o que é abusivo. Não de jeitinho. Não falte trabalho dizendo que tá doente e indo fazer outra coisa. Não se atrase, cumpra seus horários. Não deixe de cumprir com seus impostos, também. Não peça pra não votar. Coma cereal no café da manhã.

quarta-feira, setembro 19, 2012

Qual o sentido dessa parada de humilhar a pessoa no dia do aniversário? Tá, ok, eu consigo entender aquele parabéns em restaurantes - no que fui ontem ainda enfiavam um chapéu ridículo em formato de bolo, com velas e tudo... - é meio que "broder, tu vai comer esse brownie de graça, então pelo menos paga um mico aí; já é?"
Mas e o lance da ovada? Porra, tu sofre todos os dias do ano. Aí no SEU dia, nego vem e TE TACA OVO! Tipo, você é a pária! Negro nos anos 40, Mulher na pré-história, Gay nos anos 80, Índio nos anos 90, Fã de roque no anos 00. Em alguns lugares ainda colocam farinha. Não basta o cheiro, o embaraço (de cabelo e de coração); adicionam textura. Acho isso doido. Quem inventou isso é mó recalcado. Deixa a pessoa curtir de boa, po.
A não ser que a pessoa tenha tudo aos seus pés sempre.
Ou se for Ruiva.

terça-feira, setembro 11, 2012

Ontem travei um intenso duelo com MILHARES de bichinhos da luz. Quando falo "travei", leia-se chorei e sai correndo de casa até que eles morressem ou fossem embora.
Fiquei pensando por quê os insetos como um todo não dominam o mundo. Tipo, só os bichos da luz sozinhos não sei; são muitos, mas tem muito mundo também, né? Mas assim... se eles se juntarem às baratas, às formigas (e por aí vai) eles dominavam fácil, terra e céu (mar é um pouco exagero...). Por que eles não fazem isso? Será que eles são uma classe desunida? Acho as formigas meio fechadas em si demais; aposto que elas tem preconceito com as baratas.
Ou então esse mundo é uma bosta mesmo e não interessa a eles o domínio.

domingo, setembro 09, 2012

quinta-feira, agosto 30, 2012

Continuando o tema do último post, agora que deu um ano já posso fazer uma espécie de levantamento estatístico da vida solteira morando sozinho. Sei lá, tipo um guia de longevidade dos supplies pro uso aqui de casa. Vamos à tabela:
Pasta de dente: dura 5 meses.
Shampoo e Condicionador: 6 meses quando sozinho. Com namorada tomando banho direto (especialmente se tiver cabelo grande) dura uns 4 meses.
Sabonete: 3 meses.
Rolo de papel toalha: 0.75 meses.
Rolo de papel higiênico: tá, esse eu não contei sério. Mas eu diria que é um a cada mês. (se tiver bidê ou chuveirinho talvez caia esse número)
Açúcar: dura 6 meses. Na geladeira.
Sal: Provavelmente 5 anos, porque ainda to no começo do pacote. Comprei nas primeiras compras pra casa.
Água sanitária: 3 meses.
Omo: Provavelmente 1 ano e 6 meses. Ainda to na primeira caixa. Mas eu só lavo cueca e meia. E duas camisas até hoje...
Esponja: Uma a cada 8 meses.
Detergente: Ih... exatamaente 1 ano... tenho que ir no supermercado. Abraço!

quarta-feira, agosto 29, 2012

Esse mês marca um ano da melhor decisão que eu tomei na vida: ir morar sozinho na PPXI. Melhor coisa que eu fiz não sei; eu fiz bastante coisa maneira na vida. Mas melhor decisão, coisa que coube a mim apenas? For sure.
Ser feliz com o que a vida te dá não é pouca coisa não. Mas "criar" felicidade é outra coisa. Eu criei todo um mundo meu ali dentro daquela redoma que começa em algum lugar entre a lagoa-barra e o rebouças e se acaba muito além da porta de madeira do 403. Curioso que um ano não é tanta coisa assim, né? Mas parece já ser uma vida toda. E uma vida toda só minha, um mundo todo só, que, egoistamente, não abri para ninguém. Só pra Luisa.
Em breve, com o lançamento do meu disco "Pio XI", talvez as pessoas até se sintam voyeurs desse mundo. Não sei. Não sei nem se vai parecer um mundo ou um bando de devaneios. E não me importo muito, pra dizer a verdade. Como falei, tenho sido egoísta, sem tempo pra convenções, sem tempo para explicar pros outros, então talvez a percepção deste mundo saia bem deturpado. Mas hoje, gravando, com todo o repertório já fechado, sinto-me presenteando a mim mesmo (sou um mimado, não?) em comemoração a esta data. O disco é um fim em si mesmo.
My mom will freak out. My dad probably will too. Mas eles fizeram isso quando eu disse que ia sair de casa, então, menino-conceito-que-gosta-de-interligar-tematicamente-as-coisas que sou, parece justo; uma continuação deste processo de identidade e tudo mais.
But hey, I'm a nice nigga. Don't sweat. I mean no harm. I just want what is mine. I wish you all success. De coração.

domingo, agosto 05, 2012

Acordei cedo, fiz minhas mídias sociais, arrumei e limpei um pouco a casa, preparei minha comida, mexi com o computador novo, vi o jogo do Flu... tudo sozinho. Me, myself and I. A companhia era só uma música que eu botei tocando throughout the day (onde se aplica). Isso tudo que fiz hoje - e não fazia há muito; era constante quando me mudei pra Pio XI - é o que eu chamo de um dia perfeito.
É preocupante essa auto-suficência ou extremamente salutar/evoluída? Idk, mas eu quero mais disso. Se possível só com um pouco mais de criação. Mas se for pra ficar sem; que seja tendo um dia desses. Sei lá. I love my life as it is. I love what/who I am. Whatever.

terça-feira, julho 24, 2012

What a scene here @ ppxi...
Um menino saltou do carro e socou, chutou e xingou "Você é um merda/safado/filhodaputa" etc etc e falou do irmão e do pai ou algo assim. Meio desconexo pra quem tá de voyeur na janela; não deu pra entender o específico, apenas o essencial. Ele foi levado por uma mulher aos berros depois.
Apesar de toda a raiva e angústia que ele passava, pra mim foi uma coisa bonita. Da vida, eu acho. É chato, mas o sentimento dele e a situação pela qual ele acabou de passar /se colocar (e os desdobramento destas) serão coisas construtivas pra vida dele, em minha opinião. É derrotista pensar assim? Que seja. Mas você tem que transformar destruição em construção, né? Ficar estagnado que não dá. Então que o estupro gere um filho como fruto. Não to fazendo graça da tristeza alheia ou sendo wiseass. Leia sempre meus triplos sentidos, que eu trabalho nesse registro. Do soco no estômago para que no pouco fôlego você fuja das funções ancilares e mergulhe fundo o seu corpo no mais importante, na reflexão. É o choque que desarma os seus sensos comuns e te faz buscar os sentidos e com isso te põe a formular seus próprios pensamentos.
Mas feliz com algo que a Fiad me falou, eu até dou aqui uma colher de chá e faço o contrário, resumo tati-bi-tati pra ser entendido 100%: Eu apenas me identifiquei, fiquei com o coração pequeno e simpático à uma humanidade que há um tempo não via.
Humanidade geralmente é esse feio bonito mesmo.

terça-feira, julho 03, 2012

A grande comemoração do mundo hoje é a abertura da nova sala de troféus do Fluminense. Mas pra mim é a segunda coisa mais importante do dia. A primeira é um orgulho muito grande pra mim: 10 anos de Artur! DEZ anos, nego!
Sinistro. Nem sei o que falar. Vou escrever mais depois...
(Dez dias depois)
Não. Não quis ser cabalístico. É o desleixo/vida corrida mesmo. Se eu for manter aquela brincadeira de falar que você é uma pessoa e a quantidade de posts é determinada pelo "andamento" da sua maturidade etc. e tal eu podia falar que com 10 anos uma criança não quer mais conversar com seu pai. Tem vergonha. Os assuntos não são compatíveis porque você já é muito velho etc. e tal. E como eu realmente não tenho tido muito o que falar (ou sei la, tenho diversificado o uso dos meus pensamentos) eu vou fazer apenas o pai orgulhoso e dizer que eu tenho muito orgulho desse blog. É o blog mais antigo que eu conheço. Amigos foram e vieram - só o Tinoco sozinho fez isso 2345678 vezes - e eu sempre continuei aqui fiel. 10 anos é MUITA coisa. Em Julho de 2002 eu era virgem, estava no colégio, tinha uma banda, votaria no PT (não tirei título de eleitor), morava com a minha mãe, tinha todos os meus avôs vivos... eu era outra pessoa. E acho lindo ter aqui um santuário, um espelho, que me mostra como eu estava em cada época. Ler as entrelinhas e entender (às vezes me surpreender) alguns significados póstumos. Eu entendo o que todo pai fala: eu sempre estarei aqui. Cada um tem sua vida; eu posso até passar um tempão distante - a distância paternal é importante e cria hombridade em ambos - mas sempre que for necessário aquele papo reto, aquele conselho ou somente a resenha da falta de cerimônia respeitosa, adquirida após anos de hierarquia familiar, eu estarei aqui.
Parabéns pelos 10 anos, Artur. Pra mim e pra você.

segunda-feira, julho 02, 2012

Apesar de várias restrições à fotografia como arte, eu gosto muito de fotografia. E aí foda-se Frankfurt - com quem eu concordo - e todo esse papo de "arte"; pois a fotografia faz uma coisa linda que a "arte" pura, antiga, bla bla bla é incapaz: ela isola um momento.
Um nano segundo, onde tudo é certeza; até as dúvidas. Você nunca tá 100% embarcado em algo, mas ali naquele momento retratado está a verdade, o amor incondicional puro belo verdadeiro doce e perene. E sabe o que é maneiro? Dos dois: fotógrafo e fotografado! É um (o?) olhar que se perde nas nossas inseguranças do dia-a-dia, nas idiosincrasias de nossas personalidades, nos medos de uma autofagia... mas que tá ali; capturado. A olho nu, passa o tempo e criamos dúvida se aquilo realmente existiu. Mas na foto não. Tá ali. E ali ficará eternizado.
And that's pretty awesome. And beautiful.

quinta-feira, maio 31, 2012

Geral reclamando do Tributo MTV ao Legião Urbana com o Wagner Moura cantando. Eu achei super condizente ao que foi a banda: um frenezi coletivo que abafava a má-execução e raza qualidade.

quinta-feira, maio 24, 2012

Posterguei os sonhos, desisti dos relacionamentos, cansei das superstições; até me esqueci de você, artur...
O pragmatismo me venceu.

terça-feira, março 20, 2012

Eu soltei um beat aqui pra finalizar a letra. Really mellow stuff. Trippy até. A faixa mais chill que "Pio XI" terá. Enquanto eu fechava bonito umas partes, comecei a reparar um som que nunca tinha 'visto' antes. Dafuq? É algum objeto tremendo com a vibração? Será que nunca tinha percebido essa frequência? Nem tava tão alto assim... Foi quando eu parei a música e entendi a mágica da parada.
It was a FUCKING BIRD! O passáro tava total jamming to my shit! E não era coincidência não! Eu parei a música pra ver e sempre que eu voltava ela, ele cantava na hora certinha! On cue! SO LEGIT! Ele tava fazendo amor com a minha música! Wow. Sei lá. Eu curto ver sinais nas coisas. Talvez seja isso aí. Sei lá. Ou não. Mas wow, que maneiro. I feel blessed. Nature's telling me stuff. God is telling me I'm awesome.
Grateful as fuck

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Eu tava super por fora. Desde que eu passei a morar sozinho, pobre, não tenho tv e me ausento mais do que me ausentava de certas coisas pagas, como cinema. E aí fiquei muito impressionado como o Oscar estava... sei lá, qualquer nota. Peraí: Jonah Hill indicado a Oscar? Really? Kirsten Wig e a gordinha do mesmo filme indicada a Oscar? Bridesmaids indicado a melhor roteiro? WHAT?
Você sabe que eu tenho zero problemas com comédias e Oscar, artur. Pelo contrário, sou grande defensor! É o "meu ramo", inclusive. Sou fã supremo do Jim Carrey, um injustiçado dentre muitos outros que, por serem ligados à edificante arte do riso, são esnobados etc. e tal Agora, nesse caso...wtf? Não vi o Jonah Hill, mas, pelo que conheço, e até conheço bem, difícil imaginar uma atuação assim incrível e "merecedora". E Bridesmaids, filme que vi (e revi) por conta do meu trabalho... cara, especialmente no que tange ao roteiro; o filme nem é bom assim. Tem um elenco bom e situações divertidas, mas a fraqueza dele, pra mim, é exatamente o roteiro. Longo, cheio de barriga. Quando você sente uma comédia mais longa do que deveria ser é um PÉSSIMO sinal. Drama às vezes tudo bem. Comédia não. Tem que sempre parecer que podia ter mais tempo.
Deve ser pra compensar o apelo "intelectual" de ter como grande premiado um filme mudo (mesmo ele tendo uma concepção altamente popular de certa forma), mas me pareceu, sei lá, muito desmoralizante. Billy Cristal muito mal também. O All Star Game parecia mais interessante em todos os sentidos.
Talvez seja dor de cotovelo por, numa edição tão chumbrega, terem deixado a Emma Stone de fora, tendo ela feito um filme que concorria a tantas coisas.
Ela é minha namorada, a Emma Stone.

quarta-feira, janeiro 11, 2012

Fiquei sabendo que ontem a BAND, mirando concorrência ao BBB, começou a passar a melhor série de todos os tempos -- diabos; a melhor COISA de todos os tempos: THE WIRE!
É chocante o que está acontecendo com a Bandeirantes. Queria saber quem é o gênio que está tocando a emissora hoje em dia, porque a coisa claramente mudou por lá. The Wire é a ratificação de que não é um golpe de sorte e há hoje sim um pensamento diferenciado na emissora paulistana, mas atrações menos recentes (geralmente produtos cuatrocabezas) como CQC, A Liga e Polícia 24h, já indicavam esta vontade de fazer conteúdo próprio, buscando sua própria linguagem, sua própria verdade, oferecendo uma alternativa única aos outros canais, ou seja: vontade de fazer... televisão.
É isso! Pensem por si próprios! A preocupação com "o que a Globo está passando?" tem que ir até a página 2. Até porque a Globo mesmo tá pensando isso sobre vocês hoje em dia e aí tá ficando um samba do criolo doido (mas eu falo isso em outro post já já, fiquem ligados!) Kudos para Band e Rede TV! que não fazem da sua grade e programação uma "Globo 2".
E ainda tem "Mulheres Ricas", o que me trouxe muita alegria ao saber que estava sendo feito da forma como estava sendo feito e com o impacto que causou com apenas duas exibições. Conteúdo com o pé no chão, (bem) feito pro público, com grande reflexão social e o mais importante: tudo dosado da maneira certa; cada coisa ocupando o seu lugar devido.
É, o Brasil (e o Rio! mas isso também é outro post) está de fato mudando. Já não era sem hora!