Esse mês marca um ano da melhor decisão que eu tomei na vida: ir morar sozinho na PPXI. Melhor coisa que eu fiz não sei; eu fiz bastante coisa maneira na vida. Mas melhor decisão, coisa que coube a mim apenas? For sure.
Ser feliz com o que a vida te dá não é pouca coisa não. Mas "criar" felicidade é outra coisa. Eu criei todo um mundo meu ali dentro daquela redoma que começa em algum lugar entre a lagoa-barra e o rebouças e se acaba muito além da porta de madeira do 403. Curioso que um ano não é tanta coisa assim, né? Mas parece já ser uma vida toda. E uma vida toda só minha, um mundo todo só, que, egoistamente, não abri para ninguém. Só pra Luisa.
Em breve, com o lançamento do meu disco "Pio XI", talvez as pessoas até se sintam voyeurs desse mundo. Não sei. Não sei nem se vai parecer um mundo ou um bando de devaneios. E não me importo muito, pra dizer a verdade. Como falei, tenho sido egoísta, sem tempo pra convenções, sem tempo para explicar pros outros, então talvez a percepção deste mundo saia bem deturpado. Mas hoje, gravando, com todo o repertório já fechado, sinto-me presenteando a mim mesmo (sou um mimado, não?) em comemoração a esta data. O disco é um fim em si mesmo.
My mom will freak out. My dad probably will too. Mas eles fizeram isso quando eu disse que ia sair de casa, então, menino-conceito-que-gosta-de-interligar-tematicamente-as-coisas que sou, parece justo; uma continuação deste processo de identidade e tudo mais.
But hey, I'm a nice nigga. Don't sweat. I mean no harm. I just want what is mine. I wish you all success. De coração.