segunda-feira, novembro 21, 2011

Essa bermuda que você me deu é uma perfeita analogia da nossa relação. Tão bonita, supostamente tão bem acabada (não se fazem trabalhadores infantis como antigamente), mas, com o tempo, tão frágil. Eu posso até remendar - como já fiz algumas vezes - mas não dá outra; eu uso e abre um pouquinho mais e se estraga um pouquinho mais. O que fazer? Não usar? Mas aí qual é o propósito de uma bermuda? Bom, eu uso, sem abuso, sabendo que dificilmente encontrarei uma bermuda maneira como essa. Se surgir, eu pego; estou semi de olho. Meu guarda-roupa necessita. Ou então até o dia que essas descosturas, rasgos e encardidos se tornem insustentáveis. E não vai demorar muito.
A bermuda está "hangin' by a thread".

terça-feira, outubro 25, 2011

Tem uma mulher de SP ligando incensantemente para o meu celular, querendo falar com o Alex. Em uma das tentativas eu falei: "esquece, esse número não é o do Alex, você deve ter pego errado". E ela falou com muita certeza "impossível; eu já liguei um milhão de vezes pra esse número e ele atendeu; tá gravado na minha agenda". Ainda expliquei que era 21. Mas ela insiste; eu já atendo falando "não é o Alex". Mas sei lá, ela fala com tanta certeza que já desconfio. Esquizofrenia, sujeito pós-moderno...
Serei eu Alex?

sábado, outubro 22, 2011

Eu sei que o mundo tem muita coisa pra dar asco e fica até difícil catalogar, mas pqp como a imprensa esportiva carioca (Brasileira?) me dá nojo! Olha essa parada do Fluminense! O conselheiro estava certíssimo de vocalizar seu descontentamento com o jornal que documentou o treino, mesmo o clube pedindo para não ser filmado, inclusive movendo o treino para outro local. Está errado sim. É uma cara de pau danada da ACERJ (só tem merda também) e do Dapieve (que decepção) querer justificar que há o direito de querer fazer em silêncio, mas é a função da imprensa burlar e trazer ao público o máximo de informação possível! Beleza, quer usar esse argumento pobre? Use. Mas não fique machucadinho quando colocarem vocês na mesma prateleira de um paparazi da Contigo, ok? Bom, na verdade deveria ser uma honra pra vocês. Pelo menos os paparazis trabalham no Leblon... Na minha cabeça o corporativismo é algo positivo, mas apenas na defesa, nunca no ataque. No ataque é linxamento; especialmente quando vocês operam a máquina midiática. É direcionamento perigosíssimo de informação/opinião (com barrinha mesmo porque vocês não sabem diferenciar uma da outra)
Nego acha que jornalismo é tipo imunidade diplomática. “Sou jornalista, as regras não se aplicam a mim, vou documentar tudo e falar o que quiser.” Tivesse só sido o primeiro episódio, ok. Conheço de vista o conselheiro lá e é um FluPinel. Um FluPinel com razão no caso e na sua reclamação, mas um FluPinel. Mas a gota d'água foi hoje outro sócio falando que não liberava o direito de imagem dele, não queria ser filmado E NEGO FILMANDO MESMO ASSIM E PUBLICANDO NA PÁGINA!!! Isso é o cúmulo! Sério. Depois ele mostrou a carteira da OAB... espero que processe e tire uma grana. Por ele, porque sei que o dinheiro arrancado não vai mudar em nada a relação da imprensa - ainda mais quando o Presidente do clube, talvez com medo do “troco” dos corporativistas, dá razão à matéria. Os jornalistas esportivos continuarão se achando em uma posição superior, voando em um aquaplanador, feliz da vida que tão acima do nível do mar. “Falta pouco pra virar um helicopetero-- sei lá como se escreve isso...”! É... não tem nada pior que a ignorância apoiada pela auto-confiança.
Enfim, o que esperar de uma profissão que não precisa de diploma?

sexta-feira, outubro 21, 2011

Já reparou como o "Pai nosso" é petulante pra caramba?
"Venha a nós o vosso reino", quer uma batata frita pra acompanhar isso? Tu que vai até lá, amigo! Tá indo pro paraíso e ainda quer molezinha?
"Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu". Broder, tu tá desejando que a vontade de Deus seja realizada? Ele é DEUS, maluco! Não precisa torcer não que vai rolar. É um fato, vai ser feito.
E a parte que mais me bola...
"Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido". NIGGA! Is you JOKING?!?! Você tá de fato se dando como exemplo pra pautar Javé? Dude. He's fucking G-O-D! Ele vai se pautar, no máximo, pelo Wolverine; não você.
But then again, a oração foi inventada por Jesus, né? Considerando que ele era freak no lance de ser um filho de Deus, pecador etc. e tal... yeah, ok, I see your point, I see your point, man. Good one. Touché.
Gotta love JC. Got to.

sexta-feira, outubro 14, 2011

Quiosque Moral
João se formou na faculdade de direito. Nenhuma novidade, já que ele sempre foi um menino estudioso. Desde cedo perdia as travessuras comuns entre crianças devido ao estudo. E foi no momento de jogar o chapéu de formando, após ler o diploma, que ele sentiu algo esquisito. Uma espécie de raio ou choque, que o fez contorcer o corpo.
Ele continuou sentindo este esquisito "raio". Achou que era nervosísmo ou "tique". Os meses passavam e ele, já empregado em uma firma, continuava sentindo aquilo.
Foi-se crianco uma insônia devido ao fato e para resolver o que tanto o incomodava, João perguntava aos seus amigos "engravatados" e a médicos constantemente sobre os esquisitos raios.
Numa das inúmeras noites sem dormir, João foi atraído por uma enorme força. O seu travesseiro brilhava como um trabisseiro mágico e inexplicavelmente o trabesseiro começou a andar como se soubesse pra onde ir com João atrás seguindo-o.
Andou alguns quilômetros e avistou um quiosque adentrando-o. Ficava numa queda de terra e estava fechado, porém João ouviu um barulho; ele ficou espantado porque o quiosque estava lotado, era como uma danceteria, os frequentadores eram todos engravatados, seguravam travasseiros e calçavam sandálias. O quiosque estava tomado de felicidade, todos dançavam com os braços rodopiando, ele não sabia por quê, mas dançava com eles e se sentia bem.
Dois dias depois João acordou. Acordou sentado na mesa de reuniões, com todos da empresa comprimentando-o e congratulando-o. João não entendia nada; estava com a mesma roupa e completamente descansado, olhou seus colegas e os reconheceu.
Ele havia finalmene entendido o motivo dos "choques" e entendeu a mensagem: tudo era mais atraente dentro do quiosque moral.
Três meses depois, ainda frequentando o quiosque, João voltou a sentir os choques.

I'm pretty sure that text is about boners and raves/swing houses.

quinta-feira, setembro 29, 2011

Tem sido interessante acompanhar o Rock in Rio pelas mídias sociais. Várias coisas. Uma é o quanto tava todo mundo esculhambando (com razão, eu acho) mas logo soava qualquer acorde semi carregado, qualquer mise en scene mais teatral, e nego já tava todo animado, comentando play by play. Sim, greatest hit é bacana, toca o coração e relembra outras épocas. Mas um festival todo disso? De bandas e atos que são irrelevantes? Isso diz bastante sobre o gênero rock em si. Até existem artistas mais interessantes, mas eles são relevantes apenas dentro da irrelevância do gênero. Não se enganem e "po, mas tem tanta gente nos shows, como é irrelevante?". É fácil de entender e aí me uso de duas coisas muito sábias que li por ai (i) "a marca Rock in Rio ficou maior que os artistas que a compõe" Tanto faz, é mais o evento. (ii) "é bem a cara do Brasil curtir um show do "Sublime" sem o cantor (óbvio) e até sem o baterista! O cachorro vem?". É micareta aliada a carência. Não quero falar síndrome de vira-lata, mas vai lá.
Um bom exemplo da desconexão público-artista é a quantidade de pessoas que herculeamente tenta fazer escambo com os ingressos no Facebook e afins. Acabaram muito rápido os ingressos não porque nego comprou rápido e sim porque a maioria foi vendida para patrocinadores. A quantidade de promoções é SINISTRA. Até o perfil da "BrahmaFlu"está sorteando! Tinha promoção de mil ingressos da Trident e minha mãe trabalhou num comercial da Coca que dava ingresso pra qualquer um que aparecesse (quer dizer, quase todo mundo, só podia pra quem tinha até 25 anos - lamentável e engraçado ao mesmo tempo).
Mas beleza, vamos fingir que nego comprou antes aquele passe e agora está com ingresso pra dias que não quer; o "cambista do bem". Realmente é meio chato que todo mundo parece vender os ingressos e você tem que ficar desviando estes posts. Mas já vi também nego reclamando, dizendo que compra os ingressos se pararem de ficar falando nisso. Mas que coisa também, gente. As midias sociais parecem mesmo ser lugar para ser engraçadinho ou para reclamar. É só para isso que a usam. Acho engraçado, como se a timeline fosse possessão mesmo da pessoa e aquilo tudo atravancasse a vida dela. Como se todo o resto falado ali, especialmente por quem reclama, fosse de suma importância. Niggaz need to chill.
É só mídia social, galera.

quarta-feira, setembro 21, 2011

Foram mentions, messages e até emails me perguntando como eu estava e o que eu achava do anúncio de que o R.E.M. tinha acabado. Fora os que devem ter pensado em mim nessa ocasião, mas não entraram em contato. Acho engraçado e até um pouco comovente e gratificante o quanto as pessoas me associam à banda. Talvez isso diga algo muito bom sobre mim.
O que acho/sinto sobre isso tudo? Acho que é o fim do mundo como conhecemos e me sinto ótimo sobre isso. Não estou devastado. A verdade é que quem conhece a banda como se fosse ela um amigo, meu caso (sem modéstia ou vaidade alguma, contestação óbvia, senão ninguém nem lembrava de mim), já tinha um pouco sacado que isso estava pra acontecer e meio se preparou. Não por falta de gás; isso é falta de informação/bom gosto de quem chega a essa conclusão. Aliás, o mais frustrante/triste de todo o caso foi ver os twitzinhos ignorantes vomentando (comentando com vômito) a notícia. Que mania idiota essa do brasileiro de achar que o propósito do Twitter é ser engraçadinho/irônico. Ignoreland. Muito por conta do Twitter ter sido popularizado pelos perfis dos comediantes do novo humor, acredito. Falta seriedade ao brasileiro, especialmente o carioca. Mas isso é outro post.
Juro que não foi uma surpresa. Leia o post  que fiz sobre o excelente "Collapse Into Now", último disco deles (agora sem aspas). Eu falo sobre as pistas nas letras e na música em si - Blue com seu coda para Discoverer e a não publicação da letra no folheto é a prova cabal. No fim falo que pode ter sido uma última grande contribuição pro rock, este gênero tão irrelevante hoje em dia. E o R.E.M. sempre foi isso: a banda mais sincera do mundo. Por mais que envolta em imagerys esquisitíssimos, sempre retratava exatamente o feeling de seus membros à época da composição. Quando o careca estava assustado vendo seus amigos morrendo de AIDS e sua sexualidade era um mistério pra si próprio, lá estavam as letras falando sobre morte (que levaram aos boatos de que ele havia morrido - ele não aparecia nas coletivas). Quando a banda sofreu dois baques fortes - saída conturbadíssima do Jefferson Holt e saída tristíssima de Bill Berry - lá estava um disco sombrio, incerto e pessimista, irônicamente nomeado "Up". Quando foram pra Inglaterra ainda jovens gravar o Fables of the reconstruction o som folk americano, as letras sobre saudade de casa...tudo lá. Você literalmente ouve a banda ao colocar o disco na 'vitrola'. E o Collapse into now deixava isso claro; eles vieram, viveram e venceram. Pra caralho. Quem tem uma carreira mais bonita e admirada que o R.E.M.? Pra eles deu e agora: All the best!
Como o universo gira ao meu redor e em minha função, o timing é bem oportuno. Num momento de verdadeiro renascimento cria-se o Perfect Circle; até minhas referências me acompanham. House in order, I'm out of here.
O que muda pra mim? Nada, não vou ter saudades porque this is where they walked, swam, hunted, danced and sang. É muito sólido o imaginário e, por conseguinte, o legado do R.E.M. Eis uma flor que nunca precisou de sol pra viver; foram 10 anos antes de Losing my Religion e vai ser uma vida inteira antes de eu perder minha fé nesse amor. Gardening at night. 4ever.
O que acontece é que agora tem um projeto que antes ficava no fundo da minha cabeça (literalmente) passando a pedir atenção. E tenho uma viagem marcada. Sempre tive, mas parece que o mundo tá me dando um empurrão pra apressá-la também. Vou atrás disso!
Resumindo, de maneira análoga à minha vida: pra que se chatear com o que poderia ser? O que importa é celebrar e ser grato pelo que foi. Foi uma das contribuições mais importantes à arte no século XX - arte mesmo, porque a atuação da banda surpassa a música, atinge o cinema, o design etc.
Tendo dito isso tudo, claro, bate uma sensaçãozinha. Não conheço o mundo sem R.E.M. Será que vale a pena viver nele? Tá, a banda estará eternamente viva dentro de mim. Mas e dos outros? Bate um medo. Mas acho que é momentâneo. Natural colateral de uma despedida de algo tão marcante e importante pra alguém. Talvez eu que não tenha prestado atenção direito nos ensinamentos do meu careca. Ele já tinha dito...
It's easier to leave than to be left behind.

sexta-feira, setembro 16, 2011

Tem o lado cristão da coisa - vale lembrar que estudei em colégio de freira e faculdade jesuíta. O lance de dignidade através do lavor. Claro que tem. Mas é mais análogo à experiência da faculdade mesmo. No colégio eu era péssimo aluno porque quase nada daquilo me interessava muito. Quando fui pra faculdade, fazendo o que queria, a coisa toda mudou; eu prestava atenção, participava, em casa estudava mais... quem me conhecia dessa época não acreditava quando falava que eu era mau aluno no colégio. E agora, morando sozinho, todas as coisas "mundanas" relacionadas a casa, antes enfadonhas, me dão prazer. Nunca lavava prato. Agora eu lavo imediatamente, porque é o MEU prato. É o MEU chão que eu fico varrendo e passando pano molhado (essa porra parece sempre que pode ficar mais limpa...). Eu dobro as roupas, elas nunca mais ficam no chão. São MINHAS roupas, não podem ficar amassadas. É a MINHA casa arrumadinha que eu mostro pras pessoas... Não é curioso como a liberdade traz todo esse sentimento de possessão? Isso é certo ou contraditório?
Tendo dito isso, minha casa está uma bagunça.

quarta-feira, agosto 31, 2011

Sempre que eu lia por aí que o Eike Batista tinha tantos sucessos quanto fracassos, que parte do jogo que ele jogava era esse - meio "o importante é estar em movimento, que quando dá certo, DÁ CERTO e compensa os erros" - eu achava que era recalque da galera. Faria muito sentido, afinal brasileiro odeia sucesso. Mas depois que eu soube que o grande novo empreendimento dele é um time de volley no Rio de Janeiro... to começando a entender esse ponto de vista.
Porque: really, Eike? Really?
Enfim; tu que é o milionário...

terça-feira, agosto 09, 2011

Antes que ela acabe, preciso fazer uma pergunta para os que assistem: por que diabos a novela Insensato Coração tem a palheta de cor toda cinza? Sério, exageradamente cinza. Nunca vi uma novela trazer um conceito de palheta de cor at all.
No meio de uma aparente "evolução" do espectador (é o que dizem, mas quando paro e penso acho super questionável...) e de uma inegável democratização de opções televisivas de igual ou melhor qualidade, a Globo tem tido que sair de sua zona de conforto e 'arriscado' mais no seu antes intocável "padrão globo de qualidade", um termo muito bem cunhado que pode facilmente ser usado de maneira preguiçosa, o famoso em time que tá ganhando não se mexe. Na minha época, a coisa era tão fast food que os fotógrafos eram chamados de "Iluminadores". E vai por mim que não era um termo lisonjeador ligado ao iluminismo ou algo assim. Tudo que os caras deviam (e queriam) saber era se a cena era noite ou dia. A iluminação era toda flat. Hoje reparo conceitos básicos de sombreamento, de tentativa de dramatização da luz. Key lights etc. Os diretores também tem saído de sua fórmula de geral-close personagem A- close personagem B.
A palheta de cor de Insensato Coração parece ser também um exemplo disto tudo. O que até acho legal... mas quando traz uma palheta de cor monocromática - e ainda em cima de uma cor tão emblemática (o cinza e sua dinâmica de ser o cruzamento entre o preto e o branco carrega muito significado) - fica a pergunta do porquê da escolha, do que se quer dizer com aquilo. Porque não dá pra fazer esse tipo de escolha só porque é 'legal'. Tem que ter sustentação teórica. Mesmo que você crie depois de perceber esta necessidade e tenha sim feito só porque era 'legal' ou porque estava pressionado pelos superiores por 'novidades'. Não dá pra ser vazio e fazer por fazer, senão fica engana-trouxa. Tem que ter conceito. Usar recursos sempre para provocar resultados, usando-os como fim e não como meio.
Tem que ser mais PUC e menos Estácio.

segunda-feira, agosto 08, 2011

I fucking hate this "butterflies on my belly" feeling, because I only get the bad one. The "evil butterfly with razor sharp metal wings that cut all of your organs" feeling. A vida não sabe o que é equilíbrio. Não sabe dosar, só me joga bolas curva atrás de bola curva. Mas seguimos? É né, pois aparentemente somos covardes.
Life's a bitch... but god forbid the bitch divorce me.

sábado, julho 16, 2011

Não é como se tudo que ele falasse deveria ser dado como um universal. Aliás, constatar que algo que ele fala deve ser levado em consideração é até um pouco triste. Realmente o nivel da Flapress está na lona, quando o melhorzinho é o vesgo do Lédio Carmona. Mas lá pelas tantas o simpático vesguinho com TOC diz com ênfase "o Fluminense sofre com a armação do meio de campo DESDE a saída do Conca". Isso foi a dois jogos, amigão! Aliás, enquanto você falava isso era um jogo e 25 minutos!
Futebol é muito ingrato, porque é muito momento MESMO. 
Então nem me parece mais ingênuo quando eu via o Vincente, por exemplo, vibrar com qualquer jogadinha do "Showilson" (ou qualquer outro apelidinho típico dos botafoguenses) e também nego falando "o time tal joga o melhor futebol do Brasil". Isso é um titulo em si, porque até o próprio título já não vale nada. Ele prescreve no próximo jogo, então aproveita ali mesmo, porque no jogo seguinte tudo é coisa de museu. E assim: pra bem ou pra mal. Um exemplo que sempre falo, pois me foi muito marcante: no primeiro jogo que fui esse ano (Fluminense x Olaria) fiquei alguns minutos me deliciando com a mongolice que era o cara que após um cruzamento errado do Carlinhos berrou cheio de si, profundo conhecedor do futebol, atividade trivial: "Esse merda não sabe cruzar UMA bola!!". Um mês antes ele comemorava, espero eu, um cruzamento deste "merda que não sabe cruzar UMA bola", pois tal cruzamento resultou no gol de um título que não acontecia há 26 anos.
Não deixa de ser poético, porque a tristeza e a feiura aparentemente são entorpecentes e inspiradores; os românticos curtem. Eu, regido por outra lógica, só me desanimo; porque isso tudo até tira um pouco a vontade de vencer, sabe? Pra quê ir atrás de algo que não vai te satisfazer por muito tempo? Aí não faz um pouco de sentido jogar pra não perder ao invés de jogar pra ganhar? Anos atrás eu escrevi aqui que existia a glória de perder; que sem o derrotado não havia o vencedor e essa própria relação te fazia dar mais valor às vitórias. Penso se não passei ao largo nessa discussão.
Acho que o mínimo - que já é coisa pra caramba - que posso querer (e buscar) é ser verdadeiro.
E o mais poético é que isso provavelmente me fará um vencedor.

segunda-feira, junho 27, 2011

Acho fascinante o corpo humano. A mais incrível máquina de todas. Fácil. Outro dia você cai, se machuca todo. Sente na pele, carne viva. Arde. Tanto que você sente até dor muscular. É feio de olhar; as pessoas se afastam.
Aí o tempo passa e cria casquinha, de longe você nem percebe o estrago. Tocar na ferida já dói muito menos. Às vezes, só de sacanagem, ou pra provar sua teoria, você 'catuca' até que ela saia. Mas não é recomendável! Não que doa; rola até um prazerzinho, mas se você quer que sare de verdade é melhor deixar pra lá; esquecer que existe. O corpo humano se encarrega.
Outra coisa que acho fascinante é o duplo sentido.

segunda-feira, junho 13, 2011

Sonhei que estava indo pra guerra. Literalmente. Meu avô, que na "vida real" era Coronel, era o "superior", "treinador", sei lá, do nosso petolão. Eu parecia ser o único dos recrutas - todos meus amigos - que levava a coisa a sério; bem nerd, fazendo perguntas pro vovô sobre como se posicionar, o que fazer em provaveis situações, batendo continência, falando "senhor, sim senhor"...
O medo iminente da morte era aterrorizador e edificante ao mesmo tempo.

quarta-feira, maio 25, 2011

Como tenho feito ultimamente, risquei mais uma coisa da minha lista de coisas a fazer nessa vida. Não só vi Paul McCartney ao vivo, como vi duas vezes seguidas. Domingo e Segunda. O que tenho pra falar? Que hoje, sem Paul, o dia foi muito estranho. Me acostumei e a queda do cavalo é feia.
No primeiro dia eu fui de pista e milho foi de pista prime. Lá fui eu, o eremita, pro meio da multidão. Só. Primeiro o estranhamento de ver o Engenhão do ponto de vista dos jogadores - é longe demais da arquiba, mas imponente pacas. Depois a ironia fina da versão ora mela cueca, ora batidão - até lambada rolou! - de algumas canções de Beatles. Mas o "só" passou logo que começou, porque, apesar de toda aquela multidão, tinha só eu e Paul, Paul e Eu. Logo ali.
Aliás, ainda bem que não fui acompanhado, porque é muito queimação de filme esse show. É lágrima atrás de lágrima. E nem vem; se você não chorou em Something, você não tem coração. A banda é demais - até porque aquilo ali deve ser o ápice de um músico contratado; como fazer algo melhor do que aquilo ali? Você é PAGO pra viajar o mundo tocando as músicas mais maravilhosas do mundo e hang out with Macca! O setlist das duas noites foi generoso (acho que curti mais o de ontem) e o cara é um vigor bizarro pra quem tem 69 anos. Haja MT!
Mas o que mais me fascinava, confesso, era outra coisa. Sim, todo o resto é maravilhoso e todos já comentaram de maneira mais brilhante. O que eu mais curtia era o "entre-músicas" ou quando, durante, ele fazia algo "fora do script". Botei aspas porque o show é claramente todo programado e "igual". As aspas são porque quero dizer dos momentos que ele levanta o braço ou faz qualquer movimento que me prova que ele tá ali; logo ali. Não tão próximo dos braços, mas bem perto dos sentimentos. É sentir que de alguma maneira estou dividindo com 'o' cara alguma coisa. Ele está ali!
Meio neura daquele filme "Simone", né? O show com holograma e tal. E a má colocação do palco (achei baixo, muitos por ali comentavam que não viam nada - Obrigado, Deus, pelos meus 1,84m de altura e pela fraca nutrição da classe média brasileira!)
Mas, voltando...o Paul é tipo um totem mesmo, né? Eis um cara - não são muitos - que transcende a sua própria existência material. E ele está ali! Logo ali! Se eu peidar muito forte ele pode sentir. Ok, talvez não. Mas se eu puxar uma grande vaia ou um grande bravo, ele pode até ouvir. Ele está ali! I can make a difference! Ele levanta o braço, eu vejo ele levantar o braço. Olho pro telão e no telão ele levantou o braço! He must be real! Então, EU devo ser real. Isso tudo deve ser real. Eu estou vivo!

Minha ultima lembrança deste show se dá 2 horas depois do último concerto, já no vagão do metrô, após apertos e amasssos. Estou sozinho pensando na noite toda. No banco da frente, um casal jovem com a baqueta que pegaram do batera gordão. Um prêmio. O grupo de jovens, que junto está, parece ter feito amizade com um senhor mais velho. Ele tem óculos e chapeuzinho, meio estilinho Beatles. Não larga de uma 'bexiga' vermelha que pegou das centenas coloridas que voavam pela platéia durante o show (I could not make this up! Não sou Iraniano!) Felizes, trocam idéias. Mas a coisa fica muito mais especial que uma simples pintura de três gerações se confraternizando ao redor da música. Quando na Cardeal Arcoverde o vagão pára, todos os jovens se despedem do senhorzinho. Eis que o jovem da baqueta e sua namorada estendem a mão e a oferecem de presente. Logo ali! A porta fecha, os jovens genuinamente felizes acenam de maneira entusiasmada dando adeus ao velho, que bate com a baqueta no ar, feliz da vida. O metrô continua - eu chapado com a cena que acontece "Logo ali!" - e o senhor inspeciona com açúcar, com afeto cada farpa da baqueta. Cada risco na madeira. Cada luz que reflete nao latex vermelho. Ele alisa a bexiga; cheira-a ternamente. Ali dentro ele conservará até onde der aquele show, que, agora, pra mim, voyeur, transcendia o palco e acontecia na vida real. Não sei como ele não me cobrou couvert artísticio pelo momento.
O acaso, então, me despista daquela beleza. Develly, Pedalinos e outros estão do outro lado do vagão e me chamam; não tínhamos nos visto antes. Conversamos, trocamos nossas figurinhas. Mas na saída da General Osório, não posso deixar de falar com o velho. Sou populista. Falo qualquer coisa idiota sobre a baqueta e os jovens. O velho me diz que toca numa banda cover de Beatles em Salvador. Logo ali. Os jovens são seus fãs.
Antes provavelmente iria fazer algum comentário babaquinha sobre os otários que gastaram uma nota para ir pra SP e como eles se sentiriam agora que ele veio pro RJ. Mas nem vou.
Agora eu entendo.

segunda-feira, maio 02, 2011

O que para quase todo o mundo ficará marcado como o dia que Osama Bin Laden morreu, para mim será para sempre o dia que dei adeus para o Pelézinho Voador. Sim, sigo minha diretriz recente de me livrar de tudo que não me serve mais e meu carro, apesar de todos os serviços prestados, não tem mais razão de existir. Tornou-se uma fonte de gastos desnecessários. E altos. Se você não rodar mais de XKm por dia, onde X é uma quantidade muito grande (ou se você não usar pra pegar mulher ou se você não for uma pessoa pública) não há motivo plausível/razoável para ter carro no Rio de Janeiro; andar de Taxi sai mais barato que gasolina+ipva+manutenção. Sério, fiz um cálculo pra conferir e não rola. Fora isso, não ter carro está "in". E agora que eu não terei, então, pqp! Vai virar uma febre nacional não ter carro! Sou muito trend-setter.
Valeu, negão! Espero que seja feliz com seu próximo dono. Você me quebrou muitos galhos e deu poucos problemas de 2004 pra cá.
You took me places, man.

segunda-feira, abril 25, 2011

Parece que a grande aposta dos marketeiros da indústria do chocolate é fazer um ovo sinestésico (ou seria metonímico? Confesso que dei uma olhada na wikipedia). O que quero dizer é que eles replicam em seu formato o nome/espírito/formato original do "sabor" do ovo. Primeiro foram os ovos de time de futebol; até falei sobre eles aqui, não? Talvez tenha falado no Twitter. Não lembro. Enfim, eles, que eram fabricados pela marca Arcor, vinham em formato de bola redonda e não oval, como de costume. Tinham os gomos do "couro" e tudo. Irado.
Aí agora vi que o "Tartuguita" vem em formato de tartaruga e o "Bis" vem em formato de "Bis" gigante (achei meio ridículo)...
Pergunto: o "Batom" vem em formato de cilindro ou de cosmético?

sexta-feira, abril 22, 2011

Era uma cueca "du'Omo" (sim, acho péssimo) e ela tinha o poder de terminar coisas.
Sim, ela destruia situações. Término com a namorada? Estava usando-a. Desclassificação da Copa do Brasil? There it was. Dia "d", seu projeto não foi aprovado; por que usei logo essa cueca?
Mas tinha um lance: essa cueca me deixava gostosão. Casou direitinho com meu corpo e na baixa-auto-estima ficar se olhando no espelho com aquela cueca me fazia sentir o Walter Casagrande! Walter Casagrande é o jogador de futebol, né? Porque era ele a quem me referia.
Então eu tentei me usar daquela maldição, saca?
Tinha uma situação que tinha que acabar naquele dia? Encontro decisivo? Lá fui eu com a cueca... mas nem. Não rolou. Então chegou um momento que eu parei total de usá-la. Mas deu uma raiva da bicha e um dia (até tirei foto, mas apaguei) quando estava numa onda de me livrar de tudo que não servia mais, fui lá e tirei ela da minha gaveta, peguei a tesoura e CRINCH! (onomatopéia pra tesoura trincando o metal): cortei ela em vários pedaços. Joguei no lixo. Nunca mais a verei na vida. Nem ninguém mais.
True story.

terça-feira, abril 19, 2011

No diretório onde ficam as coisas do meu trabalho criei algumas pastas. Dentre elas, "Legal", onde ficam os assuntos de contabilidade, contratos etc. e "Criativo" onde ficam fotos, textos, vídeos e afins aos quais consulto/uso para fazer o trabalho em si. É sintomático como sempre que estou procurando a pasta Criativo, clico na Legal. Tipo aquele lance de internet old-school, onde você tinha que ler o que estava escrito e não a cor com a qual estava escrita (ou era o contrário?).
Conclusão: acho que tem alguma lição para ser apreendida nisso tudo aí.

sábado, abril 09, 2011

Amigos roqueiros,
este é um post meio fabitosway (em seu início) mas sem igual brilhantismo e genialidade.

Outro dia começou a cair uma ficha bizarra em mim de algo que já aconteceu, mas só percebi agora. O Rock não é mais o gênero número um. O Hip Hop tomou o lugar do Rock do mainstream. Não foi do dia pra noite, na verdade vem desde os anos 80, mas de 5 anos pra cá isto virou uma realidade insofismável. Qual música pop chupa estilisticamente o rock? Não rola. É tudo batidão, lirismo de rap(!) e coisas do tipo. Não tem cordas de aço, não tem solo, não tem tum-tum-pa, muito menos cha-cum-dum.

Os grandes artistas, os grandes produtores, as grandes atenções, enfim, o que importa: está no Hip Hop.

Engraçado que sabe como caiu essa ficha? Lendo uma entrevista do Jay-Z, que foi num show do Grizzly Bear e causou o maior furor. Ele se explicava "Nego meteu o pau no Kanye, porque ele disse que não ouve Hip-Hop em casa. Eu entendo ele. Eu adoro Grizzly Bear e me sinto muito inspirado pelo movimento Indie Rock. Espero que eles façam o que o Hip Hop fez pelo Rock". E eu: "nigga, is you crazy?! O que diabos o Hip Hop fez pro Rock?".

Continuando a ler a explicação, não tive como não concordar; com o Hair Metal e tal, o rock perdeu a ligação com as pessoas, que não viviam aquela idéia de roupa de couro, cabelos loucos. Aquilo não correspondia à realidade e assim surgia o hip hop, que falava sobre a vida real das ruas etc. Diz o "Jigga" que o Hip Hop obrigou o surgimento de um rock melhor e mais verdadeiro, citando o movimento Grunge etc. E depois ele seguiu dizendo como o Hip Hop está fazendo a mesma coisa, focando nos "bling blings", "carros", "mulheres" e se desconectando do seu 'core'. Mas não é sobre isso que quero falar, embora seja um tópico interesante. Eu acho, pelo menos.

Lá em cima, falei desta sedimentação definitiva do Hip Hop (ou decadência do Rock?) de 5 anos pra cá, porque ainda tinha uns 'bravos' no mainstream com algum pé no rock: Fall out boy, Nickelback, Hoobastank, All American Rejects... rolou uma febre The Killers, Bravery etc. Lembram? Sendo que a maioria tinha outras influencias também, puxando para outras fusões. Rock, rock mesmo, escrito com r-o-q-u-e, pouca coisa. A escala tinha sido invertida. Não era o RunDMC que colava no Aerosmith pra alcançar notoriedade. É o Rock que foi atrás do Rap pra fazer o NuMetal (Korn, Limp Bizkit, Linkin Park...). Mas ali o jogo ainda era equilibrado, ninguém percebia... E hoje em dia? Quem do rock tá aí relevante no mundo? Que lança disco e ganha airplay mainstream? Só quem já era relevante antes, as armas pesadas.

E é disso (ufa!) que vim falar, porque acho que o roque está striking back. Ou assim espero.

Chamaram as armas pesadas. Eu ia abranger e falar sobre o novo disco do Foo Fighters, que trouxe de volta o Pat Smear (que tá parecendo o Cheech, do Cheech and Chong), mas a verdade é que - apesar do novo single/video total colaborarem com a teoria -  não ouvi o disco todo. Mas deixemos aqui só a dica, ouçam/vejam "Rope". Mais tarde contextualizo.

Então vou falar só do que sei (e muito): o novo disco do R.E.M., "Collapse into now".

Amigos, só para ter noção, os que já papearam sobre R.E.M. comigo sabem do meu ranking e Collapse into Now, que estreou em 3 na Billboard e 1 no Itunes gerando muita positive review da crítica e dos fãs,  está no pelotão de cima deste meu ranking pessoal, o pelotão das obras primas junto com Fables of the Reconstruction, Lifes Rich Pageant, Automatic for the People, New Adventures in Hi-Fi e Up. E o disco é especialmente surpreendente considerando que os dois últimos discos são bem abaixo do resto da obra. O último, Accelerate, não é ruim, mas é meio triste. Tem umas músicas legais, mas é meio "caramba, vamos roquear! fazer uma mixagem altona pra mostrar que somos feras", não vem de dentro, sabe? É uma obra normalóide. E o "Around the sun", disco antes desse, então... Eu nem escuto, porque acho BEM fraco. Ok, ambos tem uma ou outra música bacaninha. Mas não é nem o caso de colocar pra ouvir.

Conectando ao tema, o "CiN" é um disco resumo do R.E.M. mas in a good way! Não é uma cópia de si mesmo. Mas é o R.E.M. fazendo os varios tipos de R.E.M. em excelentes momentos, com muita maturidade. Muito confortável em ser o que é, sem tentar ser algo, entende? Você gosta do Lifes? Ouve That Someone is You. Curte Document/Green era? Ouve Discoverer! E Automatic for the people? Uberlin (que acho que é top 10 músicas R.E.M. ever, que musica linda!). Curte a fase melancólica logo pós Bill Berry? Temos Every day is yours to win e Me Marlon Brando, Marlo Brando and I. New Adventures in HiFi? Walk it back! Temos jangly guitars (que o Peter Buck se proibiu de fazer) e arpeggios. Temos mandolin de volta, violão. Guitarra, bateria, baixo complicado e vocais mike mills. Progressões estranhas. Michael Stipe em ótima fase vocal, fugindo dos recentes gritos. Vozes melosas e bem gritadas. Músicas que terminam em Em.

Muito disso tem a ver com o momento da banda em si. É o último disco do famoso maior contrato da história da música: os 80 milhões por 8 discos com a Warner. Décimo sexto disco, quinto sem o Bill Berry, introduzidos no Hall of fame do Rock. 30 anos de banda. Onde tá a cabeça destes caras? Até assusta um pouco, porque você pode encarar como se fosse um olhar para a trajetória da banda, uma volta às raízes - não vai rolar turnê e ao invés de clipes, eles fizeram um "art film" pra cada faixa com diretores indies, só parada maluca - uma despedida para o fim da banda. E é assustador quando na última música, Blue, com mais uma participação de Patti Smith (tem Eddie Vedder, Peaches e Lenny Kaye no disco tbm), a música acaba e volta o riff da primeira música do disco. Meio full circle, conceito. Confesso que dá medo.

Mas é só impressão. Pra mim é um atestado de "estamos aí" e o único jeito de salvar o rock é usando a força centrífuga, correndo pro núcleo dele de maneira natural. Sem ter medo de ser o nosso cru. Não é "vou ser strokes". Mas estar despido de maiores intenções que não o estado de espírito que é o rock. Roqueiros são muito pretenciosos, se pararmos pra pensar. Lembro que a gente brincava que o Dave Grohl ia ser o novo Bono Vox. Paremos pra pensar que merda que é ser o Bono. O cúmulo do rockstar que se leva mais a sério do que devia. Não acho isso nem um pouco roque e acho que isso contribuiu muito pra isso tudo que falei lá no início deste longo papo de botequim.

Li o Peter Buck falar que eles aboliram metronomo desse disco, porque ele gosta, acha bonito no refrão, por exemplo, dar uma aceleradinha. Acha "dinâmica" e não "erro". E que a maioria ele tentou fazer em um take só. Ensaiar antes e mandar ver na hora. Pra não perder o frescor e a verdade. Vendo e ouvindo o "Rope" do Foo Fighters me parece isso também. O clipe é simples, os caras numa sala com luzes mexendo, estética VHS e uma música bem Foo Fighters. Guitarradas com bateria foda. Refrão grudento e bonito. Roque all the way.

Tomara que não seja impressão minha. Precisamos do roque! Nada contra o Hip Hop, eu dou razão: tem mais coisa legal de hip hop do que de roque hoje em dia... mas quem sabe, agora com ajuda de pesos pesados como esses, a gente não se coloca de pé de novo? Se esta foi a última contribuição (mais uma de inúmeras outras que o R.E.M. deu para a música em seus brilhantes 30 anos)... talvez tenha valido a pena!

sexta-feira, março 18, 2011

Tenho visto volta e meia com muita alegria Eduardo Caldas em Quatro por Quatro no Canal Viva! Tão branquinho e fofinho falando "Animaaaal" (meu segundo bordão que pegou, depois do "É ruim, hein?!". Demais. É engraçado porque esta novela é a única que não tenho em VHS (se bem que todas ja devem estar estragadas, então é quase seguro dizer que eu não tenho nenhuma) e além disso foi bem curtinho pra mim, fiz só os dois últimos meses da novela, que tinha que ser esticada (além de ser um sucesso, a seguinte não tava pronta) e aí tiveram que trazer gente famosa pra dar um up na novela, trazer novidade pro final. Então por causa disso eu não lembro muito bem das coisas, mas foi mó maneiro ver o Alexandre Salcedo, que era produtor e ganhou um papel. Ele mandava bem!
Mas não é disso que vim falar, embora de certa maneira se linke: eu vou ser príncipe de baile de debutante pela primeira (e provavelmente unica) vez! Sim, tem a ver porque todo mundo sabe que atores costumam ser pagos pra isso, mas eu parei com 14 anos, portanto não peguei as melhores partes de ser ator: encher o cu de grana através de bailes de debutante e fazer cenas de beijo e sexo com gostosonas. Só beijei, e selinho, a Luiza Curvo. Not complaining, tho. Quase beijei a Fernanda Rodrigues, mas ela saiu da novela. Vadia. Brincadeira. Vacilo falar palavrão pra terceira idade. Brincadeira de novo. Well, sorta.
Anyways, não vou ser pago, mas minha irmãzinha linda virou mulher e vai fazer 15 anos e pediu pra eu dançar valsa com ela. Ti fofs, não? Vou bonitão pra que todas as amiguinhas delas comentem que o irmão dela é um gato e povoar minhas fantasias de tiozão de meia idade.
Muito legal, minha irmã cresceu muito bem, uma menina inteligente, meiga, adolescente sem ter deixado de ser criança (ainda conserva ingenuidade e malicia na medida certa pra idade, sem se apressar em relação aos anos). Acho fofo como ela é apx pelo Neymar. Já teve sua época Jonas Brothers, curte Bob Marley, toca Beatles no violão... Enfim, muito louco pensar isso. Artur sabe, sempre falei isso pra ele; eu vejo o passar do tempo através dos meus irmãos. Lembro como se fosse ontem meu pai levando a mim, adri e roberta ao McDonalds para contar que a Claudia estava grávida. Por algum motivo doido quando o Carlinhos ia nascer ele também nos levou ao McDonalds. Sim: Dudu e McDonalds, uma história de vida. Era um acontecimento para mim, que sempre fui filho caçula, de repente, com 12 anos, eis que vinha uma garotinha para desbalancear o predomínio e igualar os sexos fraternos. Pensei logo "pqp, a Roberta vai ficar insuportavel". Aí, como eu e meu pai demoramos muito pra acertar os ponteiros nessa vida (isso é assunto pra outro post. Aliás, outros posts, ou sessões de psicanálise), tivemos uma briga por conta de besteiras de nome de bebê (a vida é demais, né? hahaha) e eu demorei quase UM ANO pra conhecer aquela bolinha gorda de cabelo cacheado, bracinho gordo e bochecha adorável. Olhos tão relaxadinhos, claramente filha de baiana. Não foi tempo perdido, pois agora, crescendo ano após ano diante dos meus olhos, só fico com mais vontade de compensar esse tempo e ser um irmão legal. Levei até em um Fluminense x Santos só porque ela é apaixonada pelo Neymar e bem deixei ela torcer pro Santos sem problemas (ela é Flamengo). Isso é o tanto que eu gosto dela. Porque ela tinha todo o direito de ser egoísta, recalcada e outras coisas menos flattering, devido a todo o fuzuê que foi a leucemia do Carlinhos, mas tanto na época quanto agora eu fico de cara com a maturidade com a qual ela encarou, nunca reclamando - mesmo quando tinha todo o direito - sempre estando ali pra família, compreensiva e no final até salvando ele! A vida as vezes tem dessas coisas; muito justas e perfeitamente coerentes. É um anjo da guarda. Enfim, não é a toa que o seu nome rima com "hermana", Hana. Porque você assim o é; de fato. Até o osso. Da medula.
Quase fomos estrangeiros um ao outro, mas você é muito especial pra que isso aconteça, minha querida sister. Um beijo do seu irmão que muito te admira e feliz 15 anos. Aproveite bem ele, como você tem aproveitado cada ano, sem pressa de chegar ao próximo, sem arrependimento e vontade de voltar ao anterior.

sexta-feira, março 11, 2011

Lembra quando terremotos não vinham acompanhados de tsunamis e erupção de vulcão e o escambau? Quando terremotos eram por si só catástofres e tal? Agora é tipo vírus. A gente criou anti-corpos suficiente pra se prevenir e aí a natureza malandrona dá um passo à frente e fala "agora segura esse hadouken especial!".
E isso tá acontecendo direto. Outro dia, era madrugada, estava no banheiro e de repente vi uma abelha grandona perto da luz. De repente outra. E outra! E outra! Pqp! Era um enxame de abelhas! Eu, com medo, sai devagar, apaguei a luz e fechei a porta. Na manhã seguinte, nenhum rastro delas. Por que estariam ali? O Ursinho Puff deixou mel no banheiro, wtf? E o que faziam na luz? Não são cupins; abelha não tem atração nenhuma por luz... que eu saiba.
Cheguei a pensar que era a alta hora da noite, que eu estava com a percpeção alterada, mas aí no dia seguinte, novamente no banheiro, vi uma formiga saúva, manja? Daquelas GIGA, com uma bunda tipo escorpião! De repente reparei e tinham mais umas 7! Eu nem matei nenhuma, com medo de motim. Terminei meu xixi e de novo vazei. (Estou em grande fase de rimas mentonímitcas e pleonásticas)
Enfim, hoje, à luz do primeiro parágrafo, vejo claramente que é um dos sinais/pragas do apocalipse. 2012 realmenhte vem aí e a "mãe natureza" ("mamãe é de morte", só se for) resolveu me dar um heads up, por nunca ter maltratado-a soltando fumaça, apenas gases gástricos não poluentes no meio ambiente.
CORRÃO!

segunda-feira, março 07, 2011

Comprar uma máquina de cortar cabelo foi uma ótima idéia.
No campo da barba vai me ajudar bastante, porque é um saco fazê-la. Agora dá pra deixar sempre num tamanho aceitável e, quando precisar, completo com a gilete. E no campo do cabelo, me trouxe uma diversão. Mas não é tão facil como parece; só ganhei ainda mais respeito pelo ofício cabeleirístico. Mesmo eu sendo muito observador/curioso, eu não sabia como começar (ou terminar o corte), então penseii: cara, o corpo sabe o que faz. O corpo é a máquina mais perfeita do mundo. Então simplesmente coloquei uma música e meio que deixei ela cortar meu cabelo. A música crescia no refrão? A máquina deslizava mais radicalmente. A ponte trazia uma progressão diferente? Trocava o pente da máquina.
O primeiro corte que saiu, de uma playlist de Gangsta Rap, curiosamente foi uma coisa meio asadelta/anos90. Cortei apenas ao redor da orelha pra baixo. Ficou muito legal e se eu tivesse deixado - trend setter como sou - voltaria a ser moda. Aí dois dias depois, resolvi cortar mais. Botei Kanye West e saiu algo meio moicano. Mas foi muito difícil essa, porque é foda segurar o espelho atrás e cortar ao mesmo tempo. Isso durou apenas metade do dia, de noite igualei tudo, porque atrás tava muito maior. Até ia deixar assim, mas resolvi tirar logo e foda-se. It was a slow night.
Da próxima vez vou colocar Andrew WK e ver o que acontece!

sexta-feira, março 04, 2011

Sim, eu mudei o template do blog depois de 9 anos. Por mim ficava daquele jeito pra sempre, mas como a vida tem me mostrado; ela não pára, tá sempre em transformação. Então não adiantava eu querer, porque o blogger obrigou a arquivar (eu guardava todos os 450 posts na página principal, lembra?). Com isso, ficou feião ali do lado aquela porrada de link de arquivo. Então melhor mudar logo, não adianta ficar insistindo no que não dá mais, né? E como somos adaptáveis, to até curtindo. Mas agora, porque foi meio chato.
Os templates novos do blogger eram feios; eu queria algo que simbolizasse que o artur cresceu, tem 9 anos, mas sem ser idoso como esse template aqui.. Pedi ajuda pro Tinoco, imprestável que queria minha senha, provavelmente pra escrever "eu sou gay e amo o tinoco" e a kiri até se dispôs a me ajudar, mas foi outra inútil =P
Aí pensei, sobre o que o artur fala nesse tempo? E resolvi fazer essa arte nessa estética desenho, que eu curto e é muito influenciada pelo fato de que o novo disco do R.E.M. vem aí e o último disco tem um look meio canetinha assim. Divirtam-se achando as coisas que eu falo aí, mas é bem óbvio: política, futebol, música, tv, espiritualidade e por aí vai... Não sei se tá muito easy on the eyes, mas...
Os pontos legais é que (1) dá pra quantificar agora o número de posts por ano; o que foi uma surpresa! ostei bem mais do que eu imaginava em 2009! 2007 que foi o mais devagar, o que diz muita coisa, pois foi possivelmente o melhor ano da minha vida. Em compensação, pqp, perdi a linha em 2003. (2) o campo de texto faz parecer que eu escrevo bem menos do que escrevo. No artur antigo ficava uns posts monstros. O meu post preferido de todos os tempos, por exemplo, era giga e aqui nem fica. Se bem que isso é ruim por outro lado, porque vai me fazer falar mais agora. (3) curti esse lance de caixinhas pra marcar sua reação. Vou mudar de vez em quando de acordo com o post, então, cuidado malandrão, que você pode marcar "pqp que idiota" e mais pra frente parecer que você marcou "gosto de pintar as unhas, isso me faz boiola?"!


E: não, não vai ter comentário.
Não aprendeu nada em 9 anos de blog, fera?
(negritos estão mantidos, contudo)

quinta-feira, março 03, 2011

De volta na revolta.
Amigo, se você fosse eu ia pedir escolta
só pra ter alguém do seu lado.
mas essse barco partiu
e pelo jeito pra puta que o pariu.

eu lutava, inconformado,
um romântico retardado.
"viva o outro, o grupo, o par"
fique bolado, me chame de amargo,
mas adianta lutar?
você tá sozinho nesse mundo;
vai dar mole pra vagabundo?

o quanto antes aprender
que pra viver é cada um por si, salve-se quem puder
venha o que vier, melhor.

tu vai morrer sozinho
pra que dividir com alguém o caminho?

é todo mundo contra você, todo mundo quer te fuder.
"O dudu é tão bonzinho", "jovem", "ninguém não gosta dele, ele é tão legal"
na moral?
É carnaval; enfia a rima no seu cu e chupa o meu pau!

the king is back. where my crown at? all you motherfuckers kneel down and kiss the motherfucking ring.