Quiosque Moral
João se formou na faculdade de direito. Nenhuma novidade, já que ele sempre foi um menino estudioso. Desde cedo perdia as travessuras comuns entre crianças devido ao estudo. E foi no momento de jogar o chapéu de formando, após ler o diploma, que ele sentiu algo esquisito. Uma espécie de raio ou choque, que o fez contorcer o corpo.
Ele continuou sentindo este esquisito "raio". Achou que era nervosísmo ou "tique". Os meses passavam e ele, já empregado em uma firma, continuava sentindo aquilo.
Foi-se crianco uma insônia devido ao fato e para resolver o que tanto o incomodava, João perguntava aos seus amigos "engravatados" e a médicos constantemente sobre os esquisitos raios.
Numa das inúmeras noites sem dormir, João foi atraído por uma enorme força. O seu travesseiro brilhava como um trabisseiro mágico e inexplicavelmente o trabesseiro começou a andar como se soubesse pra onde ir com João atrás seguindo-o.
Andou alguns quilômetros e avistou um quiosque adentrando-o. Ficava numa queda de terra e estava fechado, porém João ouviu um barulho; ele ficou espantado porque o quiosque estava lotado, era como uma danceteria, os frequentadores eram todos engravatados, seguravam travasseiros e calçavam sandálias. O quiosque estava tomado de felicidade, todos dançavam com os braços rodopiando, ele não sabia por quê, mas dançava com eles e se sentia bem.
Dois dias depois João acordou. Acordou sentado na mesa de reuniões, com todos da empresa comprimentando-o e congratulando-o. João não entendia nada; estava com a mesma roupa e completamente descansado, olhou seus colegas e os reconheceu.
Ele havia finalmene entendido o motivo dos "choques" e entendeu a mensagem: tudo era mais atraente dentro do quiosque moral.
Três meses depois, ainda frequentando o quiosque, João voltou a sentir os choques.
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