Que conste em ata que no dia 7 de setembro de 2019, eu declarei independência do Brasil.
Dos EUA. Declarei independência de qualquer convenção geográfica. Eu sou do mundo e não quero ficar em qualquer lugar que seja escroto como esses vem sendo. Declaro independência do medo. Não mais vai me privar de usar minha voz, de me botar pra agir. Saí do Brasil vendo o que ia se tornar e vim pra cá para uma outra convenção de país. Se na próxima eleição não se confirmar ter sido apenas um longo porém finito desvio, nem quero ficar. Vou pra outro lugar que coadune com minha idéia de humanidade. E se for estragado também, vou pra outro e outro, não fugindo, mas descobrindo. E escolhendo. E levando comigo toda a força que já construi e vou construir agora que me libero de amarras que não mais me prendem a terra nenhuma. Casa? Moro em mim e nos que acreditam em mim. Declaro também independência de uma culpa e subserviência ao sistema todo que faz isso acontecer. Minha fidelidade é com a criação e a empatia e comigo e com os meus. "Nome sujo"? Dívida? Não é por aí que se mede. Dinheiro não é o meu Deus. Meu Deus é o criar. Arte, conexão, bons sentimentos e lembranças.
Ontem tive um clique, uma mudança de visão. De que nada disso tem importância. De que o que importa é o único sentimento que desejamos mais que o amor, pois é precípuo ao amor, prioritário e necessário para que chegue-se ao amor: a liberdade. Algo profundo mudou em mim e nada mais será o mesmo.