Lembra do New Radicals?
Daquela música "You get what you give"?
Pois é, é isso que ficou de legado. Uma one hit wonder (embora tenha a outra musiquinha semi sucesso "Someday we'll know"). Lembro que o cara lá, o Billy Corgan cover Gregg Alexander, botou toda uma banca, pegou uma postura meio hip-hop e called out Marylin Manson, Courtney Love, Hanson, Beck... e era todo estrela, se achava o roqueirão com uma música que sonoramente tava muito mais pra Hall & Oates do que pra Motorhead e que tematicamente podia ser um hino para igrejas safadas ("você só consegue o que você dá") num clipe meio vergonhoso onde ele, todo awkward branquelão, tentava se portar como uma figura entre o Kurt Cobain e o DMX. E aí, petulantemente certo de que seu legado estava sedimentado com apenas isso, disse que ia acabar como New Radicals e passar a escrever e produzir outros artistas, porque ele já tinha zerado o jogo do artista.
Pois é, fera... exagerou. Hoje, quase 20 anos depois, o que é o New Radicals para a música? Desculpe-me se pareço grosseiro, mas é uma parada que mexe comigo o grupo de pessoas que não consegue botar o ego em cheque e jogam no lixo algo que, bem ou mal, funciona e agrada tantas pessoas. Não é o caso específico do New Radicals - como disse, 20 anos depois não faz tanta falta, né? - mas o tanto de banda que poderia ter feito tanta coisa incrível e não fez por picuinha boba (The Police, Blink 182, toda uma geração de bandas no início dos anos 2000...). Não dava pra ser profissional, gravar, fazer a turnê cada um no seu ônibus, sem interagir muito?
Você quis dizer que os Novos Radicais são aqueles que chegam cheio de dedos para os outros, mas logo se recolhem porque não querem aguentar as consequências? No final das contas, parça, a melhor coisa da sua banda acabou sendo o nome mesmo.