Confesso que curti e realmente tá bem argentino, só faltava mesmo aquelas trancinhas "padawans" que vários deles usam. Eu quando via o Pallacios do Boca usando achava ele excentrico e tal, mas quando estive lá em 2008 reparei que era mó moda, geral tinha. Os argentinos são mesmo diferentes e únicos. Gosto muito daquele país. Acho-os verdadeiros, com menos mascaras do que aqui. Não no sentido de ser "mascarado" as in metido. Mas é que eles são eles mesmo em tudo que fazem. Você consegue ver o DNA do argentino muito fácil até nas ações. O futebol deles, por exemplo. Fiquei tentando entender porque tem o lance de ser raçudo, disposto e um jogo coletivo bem melhor do que o nosso.
Uma das minhas teorias é bem social, mas não "os argentinos dividem o alimento como os indios blablabla". É que lá tem muito campo bom pra jogar pelas ruas. Tipo, tem muito campo de grama, society: público. Ali perto de Puerto Madero tem bem uns 5 campos grandes de grama sintetica de grátis e todos estavam ocupados por mini-timeszinhos mesmo, com uniformezinho. No centro, embaixo de varios viadutos, outros campos grandes. Muito mais bem conservados do que os do Aterro do Flamengo e em muita maior quantidade. Fora isso, Buenos Aires é quase a Argentina toda, então a amostragem é o que importa. Qual a conclusão disso? Bom, o campo em boas condições estimula o trabalho coletivo e aí estimula-se a competitividade. Com isso, a repetição dos times (pra acabar com aqueles fdps que venceram a gente da ultima vez!). E tá feita mais ou menos a conta.
Aqui no Brasil é diferente. A gente desenvolve a ginga, a habilidade e magia do jogo individual, porque se joga futebol apenas em buracos: campo de terra, bola de meia etc.
Mas aí o Kinhu, também observador como eu, contou uma história interessante. Ele conversou com um lojista lá na Calle Florida e o cara disse que nao podia atende-lo porque já tinha atingido a cota dele pelo dia e por isso tava desviando clientes para o outro vendedor que não tinha ainda atingido. Ou seja, os caras tem isso mesmo de companheirismo. Estamos falando do mesmo caso de "teamwork" em algo que não tem nada a ver com a construção do ambiente que favoreça a parada. Realmente, aqui é farinha pouca, meu pirão primeiro mesmo. Lá os caras tem uma maior noção do "público". Protestam com panelada. E aí ficamos naquela questão do ovo e da galinha: o homem que faz o meio ou o meio que faz o homem?
Seria a História? Duvido, não temos passados tão diferentes assim. Sei lá, só me é claro isso; os caras são mega 'honestos' quanto a o que são, pois são 100 por cento o que são em tudo que fazem. Nós somos mais multi-dimensionais, pra botar de uma maneira que pegue bem pra gente.
E é assim que você mistura um assunto novo com um antigo que você até tinha esquecido e faz um post gigante como esse!
Da próxima vez bole uma frase em negrito genial pra fechar com chave de ouro!