Ter 16 posts é legal porque faz uma escadinha e teria um ano com 15, outro com 16, 17 e 18. Mas eu quero que tenha mais posts porque 2012 merece. Então, até celebrando minha falta de assunto, vou fazer aquele post mais manjado do top 10 músicas que curti em 2012:
1) Lil Ugly Mane - Bitch, Im Lugubrious
"Bitch, I'm morose and lugubrious, I'm a let this Uzi spit and turn his face into goey shit". Essa música deve ser a melhor explicação do que é o Lil Ugly Mane. Eu acho que ele é a minha maior aspiração como rapper. Sei lá. A proposta é muito a ver. No geral mesmo... música e letra. O pacote todo.
Menção honrosa: "Monalisa Overdrive". For the ladies, né? E aquela frase "She like Bitch say my name - bitch, that's MY line". Hahaha isso é Reverendo purinho. Sei lá, Mista Thug Isolation deve ser meu disco preferido de 2012.
2) Ariel Pink's Haunted Graffiti - Only in my dreams
Ouvir essa música é fingir que o R.E.M. não acabou. Ou pelo menos que o legado da minha banda preferida está aí. E o clipe é show.
Menção honrosa: Pra dizer a verdade não curti nada mais que ouvi deles. Sorry.
3) The Internet - Partners in crime
Tudo muito bem colocado. Bizarro. Que baixo. Sade moderno.
Menção honrosa: "Cocaine". Qualquer coisa com Left Brain rapeando costuma ser maneira.
4) Captain Murphy - Mighty Morphin Foreskin
Eu ainda não me convenço que é só o Flying Lotus isso aqui. Se for ele é muito muito gênio. Porra, essa música tem 6 flows diferentes. E todos muito foda.
Menção honrosa: "Shake Weight". Porque não queria botar Buggn' do TNGHT na lista, então entra junto hehehe Mas "Beetween Friends" é o bicho também.
5) OFWGKTA - Hcapd
Pedrada.
Menção honrosa: "Rella". Beat lindo. Adoro o clipe. A letra não é nada demais, mas compensa pelo flow do Domo e do Tyler. Aliás, ambos as músicas tem o mesmo time: Left Brain na produção, Hodgy e os supracitados no mic.
6) Nas - Bye Baby
O maior de todos os tempos. Sendo artista como quase ninguém faz. Arrepiante. Se um dia eu for metade do que ESSA música sozinha é... serei feliz.
Menção honrosa: A parte que entra o rhodes em "The Don". Tesão.
7) Mellowhype - Real bitch
Não bastasse ter Left Brain cuspindo, o Taco ainda mita nessa aqui. Wtf?! Taco?! Really?!
Menção honrosa: "Grill". Left Brain rapeando. Ainda não entendeu?
8) Sants - Cookies and Coke
Melhor produtor de hip hop no Brasil.
Menção honrosa: Concreto. Clams Casino would be proud. Eu só não curto quando entra os elementos dubsteps.
9) Frank Ocean - Pilot Jones
Como um todo eu acho que gosto mais do Nostalgia, Ultra que do Channel Orange. Mas essa música sozinha já é melhor que qualquer coisa que ele tenha lançado antes. Ou não. Mas é amor total essa.
Menção honrosa: Pyramid. A segunda parte da música é gozante. E irado ele trollar geral com um single de 10 minutos e ainda assim ser o disco número 3 e liderar as indicações do Grammy.
E pra completar 10 empate entre: "Nicki Minaj - Beez in da trap" pela Nicki e aquele som de guiro ou sei lá o que é aquilo percussivo e "2Chainz - Birthday Song" por... francamente por tudo. Que clipe lindo.
sexta-feira, dezembro 28, 2012
terça-feira, novembro 13, 2012
Era pra ser uma viagem com o time para filmar, se possível, os bastidores do, se viesse, tetracampeonato. E isso em si já é algo mega pica, muita responsabilidade. Imagina você ser o encarregado de captar imagens que traduzam visualmente um acontecimento desses... E sendo o grupo fechado/blindado do jeito que é - vai contestar? Maior campanha dos pontos corridos - uma missão cheia de desafios por si só.
Aí acordo na minha espaçosa cama de hotel no dia do jogo com uma mensagem dizendo que ambos os voos fretados haviam sido cancelados. Os outros dois colegas não mais viriam para Presidente Prudente. Um deles, o gerente do departamento, disse por whatsapp: "Dudu, você é o marketing do Fluminense".
Yeah.
Um título. Quer maior evento de marketing para um time do que esse? Agora além de me preocupar com ângulos e diafragmas, tinha que pensar na imagem e organização e mil outras coisas da possível festa. Sure. A galera tá no Rio, se rolar é lá que a parada vai ser tchan; they got my back. Mas de qualquer jeito... e aqui? A primeira missão foi desmobilizar o evento que esperava os torcedores do Rio no voo fretado, afinal ele não aconteceu. Tranqui. Depois pegar 160 camisas comemorativas da Adidas e guardar.
:: Em algum lugar desses 10 anos de blog eu me perguntei o que se fazia com a faixa de campeão feita para o time que acaba virando o vice-campeão, lembra? Agora eu sei. Um maluco tem o cu comida caso vase antes (seja campeão ou não) e também caso vase depois depois (caso não seja campeão). E pulando o erro de tempo, para podermos homenagear o Rei, no caso, nesse dia: "esse cara sou eu"::
Mas com tudo isso, como é sempre sofrido, o problema que encontrei foi de responsabilidade só minha. Um problema audiovisual elementar. O cartão de memória tava "full". Eu achava que dois cartões de 16gb iam ser suficiente e não levei nada pra descarregar. Dei mole. Com todas essas dificuldades, cheguei até a fraquejar e pensar "talvez é melhor não ser campeão hoje. Semana que vem teremos tudo mais programado. É no Rio, terá a equipe toda (e mil outras "vantagens")". Mal sabia eu da tolice do meu pensamento. Mas tudo bem, porque descartei rapidamente a idéia. Os "contras" seriam também muito ruins: me deram a oportunidade de filmar ali de perto, não poderia ser "pé frio" e fechar essa porta para o marketing do Flu (não o departamento e sim a "matéria" marketing). Acho importante. Fideliza.
Como é o time DE (e também DOS) guerreiros, descolei um laptop e na arquibancada, sol a pino, transferi os arquivos (detalhe que nunca tinha feito isso; aprendi na hora via google no celular) e apaguei o cartão pra filmar mais. E aí o jogo foi indo. Eu estava bem tranquilo mesmo no empate. Saiu o gol e fomos geral lá pro vestiário. A federação não deixava entrar, tudo certo, acabou o jogo, campeão, Belga liga e eu falo "Tetra! To aqui trabalhandodepoisagentesefalabeijo", entro no gramado pra filmar e entre o lanche pós jogo no ônibus e comunicações com o Rio sobre a festa e o trio elétrico me cai uma ficha. QUE FODA! Olha isso! Eu ali, primeiro barrado de entrar no gramado, com o Nem e o Bruno (absurdo.) e a comissão técnica, depois ali dentro filmando (e comemorando, sou filho de Deus)... EU ERA O FLUMINENSE! Sim, por que o que é o Fluminense? É imaterial. É representado por um escudo e tem uma bagagem. Mas ele não existe. Ele só existe em 90 minutos representado por jogadores que vestem aquela camisa de três cores. Eu tava lá. Vestindo a camisa e o crachá, trabalhando e fazendo parte de alguma maneira ativa e oficial daquela conquista, daquele trabalho. Pra quem olhava da arquibancada, eu era parte daquilo. Fuck it, eu ERA parte daquilo! EU ERA O FLUMINENSE!
cara. eu sou roteirista, mas desculpa, não consigo botar em palavras o que é isso. But its big. Quem me conhece minimamente sabe. Eu me envolvi fundo, política e o escambau, porque o Flu é importante para mim. Enfim... it was something.
Mas talvez fosse embriaguez de título. Aí, no voo de volta (sim, foi na verdade mais tensa do que foi vendido pela imprensa), a vida resolveu deixar claro os seus propósitos e me validar essa sensação. Os jogadores começam a cantar de cada um do elenco, tal qual a torcida faz antes dos jogos. Escalação, manja? E foram até a comissão técnica. Merecido, os caras são parte disso pra caralho. São os guerreiros que a torcida não ve. E a eles sou grato. Foi indo, indo. Até me diverti com o pensamento "imagina se falam meu nome". Óbvio que não. Minha primeira viagem. Contato prévio breve no comercial e outras ações. Personalidade fechada (por timidez, mas com eles por profissionalismo, pois "boleirar" não me leva a lugar nenhum). E aí ouço de canto de ouvido perguntarem pro assessor
"Qual o nome dele mesmo?"
"Dudu? Quer que ele filme alguma coisa aí?"
E de repente, surreal pra caralho!, os caras - humanos normais pra mim, mas que em 90 minutos se transformam em Fluminense - para os quais EU normalmente grito os nomes em reverência, cantavam: "DUDU! DUDU! DUDU".
Ficou provado. E eu estava realizado.
Eu era o Fluminense. Eu sou o Fluminense. Eu sou TetraCampeão.
Aí acordo na minha espaçosa cama de hotel no dia do jogo com uma mensagem dizendo que ambos os voos fretados haviam sido cancelados. Os outros dois colegas não mais viriam para Presidente Prudente. Um deles, o gerente do departamento, disse por whatsapp: "Dudu, você é o marketing do Fluminense".
Yeah.
Um título. Quer maior evento de marketing para um time do que esse? Agora além de me preocupar com ângulos e diafragmas, tinha que pensar na imagem e organização e mil outras coisas da possível festa. Sure. A galera tá no Rio, se rolar é lá que a parada vai ser tchan; they got my back. Mas de qualquer jeito... e aqui? A primeira missão foi desmobilizar o evento que esperava os torcedores do Rio no voo fretado, afinal ele não aconteceu. Tranqui. Depois pegar 160 camisas comemorativas da Adidas e guardar.
:: Em algum lugar desses 10 anos de blog eu me perguntei o que se fazia com a faixa de campeão feita para o time que acaba virando o vice-campeão, lembra? Agora eu sei. Um maluco tem o cu comida caso vase antes (seja campeão ou não) e também caso vase depois depois (caso não seja campeão). E pulando o erro de tempo, para podermos homenagear o Rei, no caso, nesse dia: "esse cara sou eu"::
Mas com tudo isso, como é sempre sofrido, o problema que encontrei foi de responsabilidade só minha. Um problema audiovisual elementar. O cartão de memória tava "full". Eu achava que dois cartões de 16gb iam ser suficiente e não levei nada pra descarregar. Dei mole. Com todas essas dificuldades, cheguei até a fraquejar e pensar "talvez é melhor não ser campeão hoje. Semana que vem teremos tudo mais programado. É no Rio, terá a equipe toda (e mil outras "vantagens")". Mal sabia eu da tolice do meu pensamento. Mas tudo bem, porque descartei rapidamente a idéia. Os "contras" seriam também muito ruins: me deram a oportunidade de filmar ali de perto, não poderia ser "pé frio" e fechar essa porta para o marketing do Flu (não o departamento e sim a "matéria" marketing). Acho importante. Fideliza.
Como é o time DE (e também DOS) guerreiros, descolei um laptop e na arquibancada, sol a pino, transferi os arquivos (detalhe que nunca tinha feito isso; aprendi na hora via google no celular) e apaguei o cartão pra filmar mais. E aí o jogo foi indo. Eu estava bem tranquilo mesmo no empate. Saiu o gol e fomos geral lá pro vestiário. A federação não deixava entrar, tudo certo, acabou o jogo, campeão, Belga liga e eu falo "Tetra! To aqui trabalhandodepoisagentesefalabeijo", entro no gramado pra filmar e entre o lanche pós jogo no ônibus e comunicações com o Rio sobre a festa e o trio elétrico me cai uma ficha. QUE FODA! Olha isso! Eu ali, primeiro barrado de entrar no gramado, com o Nem e o Bruno (absurdo.) e a comissão técnica, depois ali dentro filmando (e comemorando, sou filho de Deus)... EU ERA O FLUMINENSE! Sim, por que o que é o Fluminense? É imaterial. É representado por um escudo e tem uma bagagem. Mas ele não existe. Ele só existe em 90 minutos representado por jogadores que vestem aquela camisa de três cores. Eu tava lá. Vestindo a camisa e o crachá, trabalhando e fazendo parte de alguma maneira ativa e oficial daquela conquista, daquele trabalho. Pra quem olhava da arquibancada, eu era parte daquilo. Fuck it, eu ERA parte daquilo! EU ERA O FLUMINENSE!
cara. eu sou roteirista, mas desculpa, não consigo botar em palavras o que é isso. But its big. Quem me conhece minimamente sabe. Eu me envolvi fundo, política e o escambau, porque o Flu é importante para mim. Enfim... it was something.
Mas talvez fosse embriaguez de título. Aí, no voo de volta (sim, foi na verdade mais tensa do que foi vendido pela imprensa), a vida resolveu deixar claro os seus propósitos e me validar essa sensação. Os jogadores começam a cantar de cada um do elenco, tal qual a torcida faz antes dos jogos. Escalação, manja? E foram até a comissão técnica. Merecido, os caras são parte disso pra caralho. São os guerreiros que a torcida não ve. E a eles sou grato. Foi indo, indo. Até me diverti com o pensamento "imagina se falam meu nome". Óbvio que não. Minha primeira viagem. Contato prévio breve no comercial e outras ações. Personalidade fechada (por timidez, mas com eles por profissionalismo, pois "boleirar" não me leva a lugar nenhum). E aí ouço de canto de ouvido perguntarem pro assessor
"Qual o nome dele mesmo?"
"Dudu? Quer que ele filme alguma coisa aí?"
E de repente, surreal pra caralho!, os caras - humanos normais pra mim, mas que em 90 minutos se transformam em Fluminense - para os quais EU normalmente grito os nomes em reverência, cantavam: "DUDU! DUDU! DUDU".
Ficou provado. E eu estava realizado.
Eu era o Fluminense. Eu sou o Fluminense. Eu sou TetraCampeão.
terça-feira, novembro 06, 2012
To ligado que precificação não é uma parada simples; é ciência até. Mas por isso mesmo, tenho pensado há tempos no quão pouco empírica ela tem andado. Não, não vou falar sobre os aumentos de passagens, fetranspor, Eduardo Paes! Eu entendo que se não houve uma clara melhoria no serviço - de fato, por que todos os ônibus até hoje não possuem ar-condicionado? Oras... - pelo menos há de se ter correções monetárias naturais. É o preço da "valorização da moeda". Veja bem, todo mundo tá ganhando melhor - mais do que isso; todo mundo tá empregado! Não tenham memória curta...- então é natural que, para haver um equilíbrio, aumente-se o preço.
Mas eu reclamo dos produtos mesmo! Porque isso é uma tendência pré crescimento econômico. É provado com números que um componente imaterial tem agido com muita força e desnivelado as coisas: ganância. O dono de negócio está botando uma margem acima de 100% de lucro nas coisas. Questionado, ele diz que se trata de taxas, mas já foi provado que não. Ele usa o esquema de "se colar, colou". E cola por outro componente imaterial, desta vez por parte do consumidor: desejo. O brasileiro, especialmente a classe C, sempre teve sonhos de consumo para se inserir melhor na sociedade. Este tipo de gente nunca viu tanto dinheiro. Então, se ele "pode" pagar, ele paga. Mas isso é problemático, porque niguém é cauteloso de pensar na relação "posso vs. devo". Ele pode pagar 2.000 bonecos num celular? Sim. Mas ele deve? Não. Não quando 3,20 é "caro" para um metrô.
É chatíssimo, no entanto, regular com o que cada um gasta o seu dinheiro. Mas pra mim é claro que nessa toada de viver atrelado a pagamentos de 6 meses, pode haver algum bug e entrarmos numa crise de crédito igual a qual passou/passa os EUA.
Feita essa divagação, eu fico muito bolado com o valor de uso e o valor de troca das coisas. Eu não consigo conceber porque um tênis custa 200 reais. Ok, eu consigo conceber perfeitamente porque custa isso, mas não concordo. Só acho mesmo que o mundo deveria mudar e se guiar mais pelo valor de uso. Não to sendo "uhu Marx!". Mas acho que o valor de troca de marca e marketing tinha que pegar carona mais no banco de trás. Um tênis tem que custar R$35,00, cara. Esse é o preço justo. Um tênis mais sinistrão com x e y pode até chegar a 80/100. Mas 200/400?!
E pra mudar isso... basta a gente mudar. Não é depositando toda a fé num político e sua oratória. Você só derruba "sistema" se entrar no jogo e meter a cara na lama e cortar na sua própria carne. É assim que funciona o capitalismo. É bem tranqui, até. Se você consome você endorsa. O produto, o meio de produção, os interesses por trás. Tudo. Então, antes de reclamar (pra caralho), faça a sua parte, porque acho que nada é indispensável assim. Você sozinho pode ter um alternativa sim. Somos muito dependentes do primeiro poder. Mimadinhos, mesmo. O problema não é o Paes, Cabral, Freixo, Lula, Dilma, Serra, FHC, Malafaia, Guarani Kaiowa, Belo Monte, Pinheirinhos, Globo... O problema É VOCÊ! Mas, hey... você também é a solução, então, right on! Toda força ao terceiro poder! Em essência e não em contraposição.
Não consuma o que é abusivo. Não de jeitinho. Não falte trabalho dizendo que tá doente e indo fazer outra coisa. Não se atrase, cumpra seus horários. Não deixe de cumprir com seus impostos, também. Não peça pra não votar. Coma cereal no café da manhã.
Mas eu reclamo dos produtos mesmo! Porque isso é uma tendência pré crescimento econômico. É provado com números que um componente imaterial tem agido com muita força e desnivelado as coisas: ganância. O dono de negócio está botando uma margem acima de 100% de lucro nas coisas. Questionado, ele diz que se trata de taxas, mas já foi provado que não. Ele usa o esquema de "se colar, colou". E cola por outro componente imaterial, desta vez por parte do consumidor: desejo. O brasileiro, especialmente a classe C, sempre teve sonhos de consumo para se inserir melhor na sociedade. Este tipo de gente nunca viu tanto dinheiro. Então, se ele "pode" pagar, ele paga. Mas isso é problemático, porque niguém é cauteloso de pensar na relação "posso vs. devo". Ele pode pagar 2.000 bonecos num celular? Sim. Mas ele deve? Não. Não quando 3,20 é "caro" para um metrô.
É chatíssimo, no entanto, regular com o que cada um gasta o seu dinheiro. Mas pra mim é claro que nessa toada de viver atrelado a pagamentos de 6 meses, pode haver algum bug e entrarmos numa crise de crédito igual a qual passou/passa os EUA.
Feita essa divagação, eu fico muito bolado com o valor de uso e o valor de troca das coisas. Eu não consigo conceber porque um tênis custa 200 reais. Ok, eu consigo conceber perfeitamente porque custa isso, mas não concordo. Só acho mesmo que o mundo deveria mudar e se guiar mais pelo valor de uso. Não to sendo "uhu Marx!". Mas acho que o valor de troca de marca e marketing tinha que pegar carona mais no banco de trás. Um tênis tem que custar R$35,00, cara. Esse é o preço justo. Um tênis mais sinistrão com x e y pode até chegar a 80/100. Mas 200/400?!
E pra mudar isso... basta a gente mudar. Não é depositando toda a fé num político e sua oratória. Você só derruba "sistema" se entrar no jogo e meter a cara na lama e cortar na sua própria carne. É assim que funciona o capitalismo. É bem tranqui, até. Se você consome você endorsa. O produto, o meio de produção, os interesses por trás. Tudo. Então, antes de reclamar (pra caralho), faça a sua parte, porque acho que nada é indispensável assim. Você sozinho pode ter um alternativa sim. Somos muito dependentes do primeiro poder. Mimadinhos, mesmo. O problema não é o Paes, Cabral, Freixo, Lula, Dilma, Serra, FHC, Malafaia, Guarani Kaiowa, Belo Monte, Pinheirinhos, Globo... O problema É VOCÊ! Mas, hey... você também é a solução, então, right on! Toda força ao terceiro poder! Em essência e não em contraposição.
Não consuma o que é abusivo. Não de jeitinho. Não falte trabalho dizendo que tá doente e indo fazer outra coisa. Não se atrase, cumpra seus horários. Não deixe de cumprir com seus impostos, também. Não peça pra não votar. Coma cereal no café da manhã.
quarta-feira, setembro 19, 2012
Qual o sentido dessa parada de humilhar a pessoa no dia do aniversário? Tá, ok, eu consigo entender aquele parabéns em restaurantes - no que fui ontem ainda enfiavam um chapéu ridículo em formato de bolo, com velas e tudo... - é meio que "broder, tu vai comer esse brownie de graça, então pelo menos paga um mico aí; já é?"
Mas e o lance da ovada? Porra, tu sofre todos os dias do ano. Aí no SEU dia, nego vem e TE TACA OVO! Tipo, você é a pária! Negro nos anos 40, Mulher na pré-história, Gay nos anos 80, Índio nos anos 90, Fã de roque no anos 00. Em alguns lugares ainda colocam farinha. Não basta o cheiro, o embaraço (de cabelo e de coração); adicionam textura. Acho isso doido. Quem inventou isso é mó recalcado. Deixa a pessoa curtir de boa, po.
A não ser que a pessoa tenha tudo aos seus pés sempre.
Ou se for Ruiva.
Mas e o lance da ovada? Porra, tu sofre todos os dias do ano. Aí no SEU dia, nego vem e TE TACA OVO! Tipo, você é a pária! Negro nos anos 40, Mulher na pré-história, Gay nos anos 80, Índio nos anos 90, Fã de roque no anos 00. Em alguns lugares ainda colocam farinha. Não basta o cheiro, o embaraço (de cabelo e de coração); adicionam textura. Acho isso doido. Quem inventou isso é mó recalcado. Deixa a pessoa curtir de boa, po.
A não ser que a pessoa tenha tudo aos seus pés sempre.
Ou se for Ruiva.
terça-feira, setembro 11, 2012
Ontem travei um intenso duelo com MILHARES de bichinhos da luz. Quando falo "travei", leia-se chorei e sai correndo de casa até que eles morressem ou fossem embora.
Fiquei pensando por quê os insetos como um todo não dominam o mundo. Tipo, só os bichos da luz sozinhos não sei; são muitos, mas tem muito mundo também, né? Mas assim... se eles se juntarem às baratas, às formigas (e por aí vai) eles dominavam fácil, terra e céu (mar é um pouco exagero...). Por que eles não fazem isso? Será que eles são uma classe desunida? Acho as formigas meio fechadas em si demais; aposto que elas tem preconceito com as baratas.
Ou então esse mundo é uma bosta mesmo e não interessa a eles o domínio.
Fiquei pensando por quê os insetos como um todo não dominam o mundo. Tipo, só os bichos da luz sozinhos não sei; são muitos, mas tem muito mundo também, né? Mas assim... se eles se juntarem às baratas, às formigas (e por aí vai) eles dominavam fácil, terra e céu (mar é um pouco exagero...). Por que eles não fazem isso? Será que eles são uma classe desunida? Acho as formigas meio fechadas em si demais; aposto que elas tem preconceito com as baratas.
Ou então esse mundo é uma bosta mesmo e não interessa a eles o domínio.
domingo, setembro 09, 2012
quinta-feira, agosto 30, 2012
Continuando o tema do último post, agora que deu um ano já posso fazer uma espécie de levantamento estatístico da vida solteira morando sozinho. Sei lá, tipo um guia de longevidade dos supplies pro uso aqui de casa. Vamos à tabela:
Pasta de dente: dura 5 meses.
Shampoo e Condicionador: 6 meses quando sozinho. Com namorada tomando banho direto (especialmente se tiver cabelo grande) dura uns 4 meses.
Sabonete: 3 meses.
Rolo de papel toalha: 0.75 meses.
Rolo de papel higiênico: tá, esse eu não contei sério. Mas eu diria que é um a cada mês. (se tiver bidê ou chuveirinho talvez caia esse número)
Açúcar: dura 6 meses. Na geladeira.
Sal: Provavelmente 5 anos, porque ainda to no começo do pacote. Comprei nas primeiras compras pra casa.
Água sanitária: 3 meses.
Omo: Provavelmente 1 ano e 6 meses. Ainda to na primeira caixa. Mas eu só lavo cueca e meia. E duas camisas até hoje...
Esponja: Uma a cada 8 meses.
Detergente: Ih... exatamaente 1 ano... tenho que ir no supermercado. Abraço!
Pasta de dente: dura 5 meses.
Shampoo e Condicionador: 6 meses quando sozinho. Com namorada tomando banho direto (especialmente se tiver cabelo grande) dura uns 4 meses.
Sabonete: 3 meses.
Rolo de papel toalha: 0.75 meses.
Rolo de papel higiênico: tá, esse eu não contei sério. Mas eu diria que é um a cada mês. (se tiver bidê ou chuveirinho talvez caia esse número)
Açúcar: dura 6 meses. Na geladeira.
Sal: Provavelmente 5 anos, porque ainda to no começo do pacote. Comprei nas primeiras compras pra casa.
Água sanitária: 3 meses.
Omo: Provavelmente 1 ano e 6 meses. Ainda to na primeira caixa. Mas eu só lavo cueca e meia. E duas camisas até hoje...
Esponja: Uma a cada 8 meses.
Detergente: Ih... exatamaente 1 ano... tenho que ir no supermercado. Abraço!
quarta-feira, agosto 29, 2012
Esse mês marca um ano da melhor decisão que eu tomei na vida: ir morar sozinho na PPXI. Melhor coisa que eu fiz não sei; eu fiz bastante coisa maneira na vida. Mas melhor decisão, coisa que coube a mim apenas? For sure.
Ser feliz com o que a vida te dá não é pouca coisa não. Mas "criar" felicidade é outra coisa. Eu criei todo um mundo meu ali dentro daquela redoma que começa em algum lugar entre a lagoa-barra e o rebouças e se acaba muito além da porta de madeira do 403. Curioso que um ano não é tanta coisa assim, né? Mas parece já ser uma vida toda. E uma vida toda só minha, um mundo todo só, que, egoistamente, não abri para ninguém. Só pra Luisa.
Em breve, com o lançamento do meu disco "Pio XI", talvez as pessoas até se sintam voyeurs desse mundo. Não sei. Não sei nem se vai parecer um mundo ou um bando de devaneios. E não me importo muito, pra dizer a verdade. Como falei, tenho sido egoísta, sem tempo pra convenções, sem tempo para explicar pros outros, então talvez a percepção deste mundo saia bem deturpado. Mas hoje, gravando, com todo o repertório já fechado, sinto-me presenteando a mim mesmo (sou um mimado, não?) em comemoração a esta data. O disco é um fim em si mesmo.
My mom will freak out. My dad probably will too. Mas eles fizeram isso quando eu disse que ia sair de casa, então, menino-conceito-que-gosta-de-interligar-tematicamente-as-coisas que sou, parece justo; uma continuação deste processo de identidade e tudo mais.
But hey, I'm a nice nigga. Don't sweat. I mean no harm. I just want what is mine. I wish you all success. De coração.
Ser feliz com o que a vida te dá não é pouca coisa não. Mas "criar" felicidade é outra coisa. Eu criei todo um mundo meu ali dentro daquela redoma que começa em algum lugar entre a lagoa-barra e o rebouças e se acaba muito além da porta de madeira do 403. Curioso que um ano não é tanta coisa assim, né? Mas parece já ser uma vida toda. E uma vida toda só minha, um mundo todo só, que, egoistamente, não abri para ninguém. Só pra Luisa.
Em breve, com o lançamento do meu disco "Pio XI", talvez as pessoas até se sintam voyeurs desse mundo. Não sei. Não sei nem se vai parecer um mundo ou um bando de devaneios. E não me importo muito, pra dizer a verdade. Como falei, tenho sido egoísta, sem tempo pra convenções, sem tempo para explicar pros outros, então talvez a percepção deste mundo saia bem deturpado. Mas hoje, gravando, com todo o repertório já fechado, sinto-me presenteando a mim mesmo (sou um mimado, não?) em comemoração a esta data. O disco é um fim em si mesmo.
My mom will freak out. My dad probably will too. Mas eles fizeram isso quando eu disse que ia sair de casa, então, menino-conceito-que-gosta-de-interligar-tematicamente-as-coisas que sou, parece justo; uma continuação deste processo de identidade e tudo mais.
But hey, I'm a nice nigga. Don't sweat. I mean no harm. I just want what is mine. I wish you all success. De coração.
domingo, agosto 05, 2012
Acordei cedo, fiz minhas mídias sociais, arrumei e limpei um pouco a casa, preparei minha comida, mexi com o computador novo, vi o jogo do Flu... tudo sozinho. Me, myself and I. A companhia era só uma música que eu botei tocando throughout the day (onde se aplica). Isso tudo que fiz hoje - e não fazia há muito; era constante quando me mudei pra Pio XI - é o que eu chamo de um dia perfeito.
É preocupante essa auto-suficência ou extremamente salutar/evoluída? Idk, mas eu quero mais disso. Se possível só com um pouco mais de criação. Mas se for pra ficar sem; que seja tendo um dia desses. Sei lá. I love my life as it is. I love what/who I am. Whatever.
É preocupante essa auto-suficência ou extremamente salutar/evoluída? Idk, mas eu quero mais disso. Se possível só com um pouco mais de criação. Mas se for pra ficar sem; que seja tendo um dia desses. Sei lá. I love my life as it is. I love what/who I am. Whatever.
terça-feira, julho 24, 2012
What a scene here @ ppxi...
Um menino saltou do carro e socou, chutou e xingou "Você é um merda/safado/filhodaputa" etc etc e falou do irmão e do pai ou algo assim. Meio desconexo pra quem tá de voyeur na janela; não deu pra entender o específico, apenas o essencial. Ele foi levado por uma mulher aos berros depois.
Apesar de toda a raiva e angústia que ele passava, pra mim foi uma coisa bonita. Da vida, eu acho. É chato, mas o sentimento dele e a situação pela qual ele acabou de passar /se colocar (e os desdobramento destas) serão coisas construtivas pra vida dele, em minha opinião. É derrotista pensar assim? Que seja. Mas você tem que transformar destruição em construção, né? Ficar estagnado que não dá. Então que o estupro gere um filho como fruto. Não to fazendo graça da tristeza alheia ou sendo wiseass. Leia sempre meus triplos sentidos, que eu trabalho nesse registro. Do soco no estômago para que no pouco fôlego você fuja das funções ancilares e mergulhe fundo o seu corpo no mais importante, na reflexão. É o choque que desarma os seus sensos comuns e te faz buscar os sentidos e com isso te põe a formular seus próprios pensamentos.
Mas feliz com algo que a Fiad me falou, eu até dou aqui uma colher de chá e faço o contrário, resumo tati-bi-tati pra ser entendido 100%: Eu apenas me identifiquei, fiquei com o coração pequeno e simpático à uma humanidade que há um tempo não via.
Humanidade geralmente é esse feio bonito mesmo.
Um menino saltou do carro e socou, chutou e xingou "Você é um merda/safado/filhodaputa" etc etc e falou do irmão e do pai ou algo assim. Meio desconexo pra quem tá de voyeur na janela; não deu pra entender o específico, apenas o essencial. Ele foi levado por uma mulher aos berros depois.
Apesar de toda a raiva e angústia que ele passava, pra mim foi uma coisa bonita. Da vida, eu acho. É chato, mas o sentimento dele e a situação pela qual ele acabou de passar /se colocar (e os desdobramento destas) serão coisas construtivas pra vida dele, em minha opinião. É derrotista pensar assim? Que seja. Mas você tem que transformar destruição em construção, né? Ficar estagnado que não dá. Então que o estupro gere um filho como fruto. Não to fazendo graça da tristeza alheia ou sendo wiseass. Leia sempre meus triplos sentidos, que eu trabalho nesse registro. Do soco no estômago para que no pouco fôlego você fuja das funções ancilares e mergulhe fundo o seu corpo no mais importante, na reflexão. É o choque que desarma os seus sensos comuns e te faz buscar os sentidos e com isso te põe a formular seus próprios pensamentos.
Mas feliz com algo que a Fiad me falou, eu até dou aqui uma colher de chá e faço o contrário, resumo tati-bi-tati pra ser entendido 100%: Eu apenas me identifiquei, fiquei com o coração pequeno e simpático à uma humanidade que há um tempo não via.
Humanidade geralmente é esse feio bonito mesmo.
terça-feira, julho 03, 2012
A grande comemoração do mundo hoje é a abertura da nova sala de troféus do Fluminense. Mas pra mim é a segunda coisa mais importante do dia. A primeira é um orgulho muito grande pra mim: 10 anos de Artur! DEZ anos, nego!
Sinistro. Nem sei o que falar. Vou escrever mais depois...
(Dez dias depois)
Não. Não quis ser cabalístico. É o desleixo/vida corrida mesmo. Se eu for manter aquela brincadeira de falar que você é uma pessoa e a quantidade de posts é determinada pelo "andamento" da sua maturidade etc. e tal eu podia falar que com 10 anos uma criança não quer mais conversar com seu pai. Tem vergonha. Os assuntos não são compatíveis porque você já é muito velho etc. e tal. E como eu realmente não tenho tido muito o que falar (ou sei la, tenho diversificado o uso dos meus pensamentos) eu vou fazer apenas o pai orgulhoso e dizer que eu tenho muito orgulho desse blog. É o blog mais antigo que eu conheço. Amigos foram e vieram - só o Tinoco sozinho fez isso 2345678 vezes - e eu sempre continuei aqui fiel. 10 anos é MUITA coisa. Em Julho de 2002 eu era virgem, estava no colégio, tinha uma banda, votaria no PT (não tirei título de eleitor), morava com a minha mãe, tinha todos os meus avôs vivos... eu era outra pessoa. E acho lindo ter aqui um santuário, um espelho, que me mostra como eu estava em cada época. Ler as entrelinhas e entender (às vezes me surpreender) alguns significados póstumos. Eu entendo o que todo pai fala: eu sempre estarei aqui. Cada um tem sua vida; eu posso até passar um tempão distante - a distância paternal é importante e cria hombridade em ambos - mas sempre que for necessário aquele papo reto, aquele conselho ou somente a resenha da falta de cerimônia respeitosa, adquirida após anos de hierarquia familiar, eu estarei aqui.
Parabéns pelos 10 anos, Artur. Pra mim e pra você.
Sinistro. Nem sei o que falar. Vou escrever mais depois...
(Dez dias depois)
Não. Não quis ser cabalístico. É o desleixo/vida corrida mesmo. Se eu for manter aquela brincadeira de falar que você é uma pessoa e a quantidade de posts é determinada pelo "andamento" da sua maturidade etc. e tal eu podia falar que com 10 anos uma criança não quer mais conversar com seu pai. Tem vergonha. Os assuntos não são compatíveis porque você já é muito velho etc. e tal. E como eu realmente não tenho tido muito o que falar (ou sei la, tenho diversificado o uso dos meus pensamentos) eu vou fazer apenas o pai orgulhoso e dizer que eu tenho muito orgulho desse blog. É o blog mais antigo que eu conheço. Amigos foram e vieram - só o Tinoco sozinho fez isso 2345678 vezes - e eu sempre continuei aqui fiel. 10 anos é MUITA coisa. Em Julho de 2002 eu era virgem, estava no colégio, tinha uma banda, votaria no PT (não tirei título de eleitor), morava com a minha mãe, tinha todos os meus avôs vivos... eu era outra pessoa. E acho lindo ter aqui um santuário, um espelho, que me mostra como eu estava em cada época. Ler as entrelinhas e entender (às vezes me surpreender) alguns significados póstumos. Eu entendo o que todo pai fala: eu sempre estarei aqui. Cada um tem sua vida; eu posso até passar um tempão distante - a distância paternal é importante e cria hombridade em ambos - mas sempre que for necessário aquele papo reto, aquele conselho ou somente a resenha da falta de cerimônia respeitosa, adquirida após anos de hierarquia familiar, eu estarei aqui.
Parabéns pelos 10 anos, Artur. Pra mim e pra você.
segunda-feira, julho 02, 2012
Apesar de várias restrições à fotografia como arte, eu gosto muito de fotografia. E aí foda-se Frankfurt - com quem eu concordo - e todo esse papo de "arte"; pois a fotografia faz uma coisa linda que a "arte" pura, antiga, bla bla bla é incapaz: ela isola um momento.
Um nano segundo, onde tudo é certeza; até as dúvidas. Você nunca tá 100% embarcado em algo, mas ali naquele momento retratado está a verdade, o amor incondicional puro belo verdadeiro doce e perene. E sabe o que é maneiro? Dos dois: fotógrafo e fotografado! É um (o?) olhar que se perde nas nossas inseguranças do dia-a-dia, nas idiosincrasias de nossas personalidades, nos medos de uma autofagia... mas que tá ali; capturado. A olho nu, passa o tempo e criamos dúvida se aquilo realmente existiu. Mas na foto não. Tá ali. E ali ficará eternizado.
And that's pretty awesome. And beautiful.
Um nano segundo, onde tudo é certeza; até as dúvidas. Você nunca tá 100% embarcado em algo, mas ali naquele momento retratado está a verdade, o amor incondicional puro belo verdadeiro doce e perene. E sabe o que é maneiro? Dos dois: fotógrafo e fotografado! É um (o?) olhar que se perde nas nossas inseguranças do dia-a-dia, nas idiosincrasias de nossas personalidades, nos medos de uma autofagia... mas que tá ali; capturado. A olho nu, passa o tempo e criamos dúvida se aquilo realmente existiu. Mas na foto não. Tá ali. E ali ficará eternizado.
And that's pretty awesome. And beautiful.
quinta-feira, maio 31, 2012
Geral reclamando do Tributo MTV ao Legião Urbana com o Wagner Moura cantando. Eu achei super condizente ao que foi a banda: um frenezi coletivo que abafava a má-execução e raza qualidade.
quinta-feira, maio 24, 2012
Posterguei os sonhos, desisti dos relacionamentos, cansei das superstições; até me esqueci de você, artur...
O pragmatismo me venceu.
O pragmatismo me venceu.
terça-feira, março 20, 2012
Eu soltei um beat aqui pra finalizar a letra. Really mellow stuff. Trippy até. A faixa mais chill que "Pio XI" terá. Enquanto eu fechava bonito umas partes, comecei a reparar um som que nunca tinha 'visto' antes. Dafuq? É algum objeto tremendo com a vibração? Será que nunca tinha percebido essa frequência? Nem tava tão alto assim... Foi quando eu parei a música e entendi a mágica da parada.
It was a FUCKING BIRD! O passáro tava total jamming to my shit! E não era coincidência não! Eu parei a música pra ver e sempre que eu voltava ela, ele cantava na hora certinha! On cue! SO LEGIT! Ele tava fazendo amor com a minha música! Wow. Sei lá. Eu curto ver sinais nas coisas. Talvez seja isso aí. Sei lá. Ou não. Mas wow, que maneiro. I feel blessed. Nature's telling me stuff. God is telling me I'm awesome.
Grateful as fuck
It was a FUCKING BIRD! O passáro tava total jamming to my shit! E não era coincidência não! Eu parei a música pra ver e sempre que eu voltava ela, ele cantava na hora certinha! On cue! SO LEGIT! Ele tava fazendo amor com a minha música! Wow. Sei lá. Eu curto ver sinais nas coisas. Talvez seja isso aí. Sei lá. Ou não. Mas wow, que maneiro. I feel blessed. Nature's telling me stuff. God is telling me I'm awesome.
Grateful as fuck
segunda-feira, fevereiro 27, 2012
Eu tava super por fora. Desde que eu passei a morar sozinho, pobre, não tenho tv e me ausento mais do que me ausentava de certas coisas pagas, como cinema. E aí fiquei muito impressionado como o Oscar estava... sei lá, qualquer nota. Peraí: Jonah Hill indicado a Oscar? Really? Kirsten Wig e a gordinha do mesmo filme indicada a Oscar? Bridesmaids indicado a melhor roteiro? WHAT?
Você sabe que eu tenho zero problemas com comédias e Oscar, artur. Pelo contrário, sou grande defensor! É o "meu ramo", inclusive. Sou fã supremo do Jim Carrey, um injustiçado dentre muitos outros que, por serem ligados à edificante arte do riso, são esnobados etc. e tal Agora, nesse caso...wtf? Não vi o Jonah Hill, mas, pelo que conheço, e até conheço bem, difícil imaginar uma atuação assim incrível e "merecedora". E Bridesmaids, filme que vi (e revi) por conta do meu trabalho... cara, especialmente no que tange ao roteiro; o filme nem é bom assim. Tem um elenco bom e situações divertidas, mas a fraqueza dele, pra mim, é exatamente o roteiro. Longo, cheio de barriga. Quando você sente uma comédia mais longa do que deveria ser é um PÉSSIMO sinal. Drama às vezes tudo bem. Comédia não. Tem que sempre parecer que podia ter mais tempo.
Deve ser pra compensar o apelo "intelectual" de ter como grande premiado um filme mudo (mesmo ele tendo uma concepção altamente popular de certa forma), mas me pareceu, sei lá, muito desmoralizante. Billy Cristal muito mal também. O All Star Game parecia mais interessante em todos os sentidos.
Talvez seja dor de cotovelo por, numa edição tão chumbrega, terem deixado a Emma Stone de fora, tendo ela feito um filme que concorria a tantas coisas.
Ela é minha namorada, a Emma Stone.
Você sabe que eu tenho zero problemas com comédias e Oscar, artur. Pelo contrário, sou grande defensor! É o "meu ramo", inclusive. Sou fã supremo do Jim Carrey, um injustiçado dentre muitos outros que, por serem ligados à edificante arte do riso, são esnobados etc. e tal Agora, nesse caso...wtf? Não vi o Jonah Hill, mas, pelo que conheço, e até conheço bem, difícil imaginar uma atuação assim incrível e "merecedora". E Bridesmaids, filme que vi (e revi) por conta do meu trabalho... cara, especialmente no que tange ao roteiro; o filme nem é bom assim. Tem um elenco bom e situações divertidas, mas a fraqueza dele, pra mim, é exatamente o roteiro. Longo, cheio de barriga. Quando você sente uma comédia mais longa do que deveria ser é um PÉSSIMO sinal. Drama às vezes tudo bem. Comédia não. Tem que sempre parecer que podia ter mais tempo.
Deve ser pra compensar o apelo "intelectual" de ter como grande premiado um filme mudo (mesmo ele tendo uma concepção altamente popular de certa forma), mas me pareceu, sei lá, muito desmoralizante. Billy Cristal muito mal também. O All Star Game parecia mais interessante em todos os sentidos.
Talvez seja dor de cotovelo por, numa edição tão chumbrega, terem deixado a Emma Stone de fora, tendo ela feito um filme que concorria a tantas coisas.
Ela é minha namorada, a Emma Stone.
quarta-feira, janeiro 11, 2012
Fiquei sabendo que ontem a BAND, mirando concorrência ao BBB, começou a passar a melhor série de todos os tempos -- diabos; a melhor COISA de todos os tempos: THE WIRE!
É chocante o que está acontecendo com a Bandeirantes. Queria saber quem é o gênio que está tocando a emissora hoje em dia, porque a coisa claramente mudou por lá. The Wire é a ratificação de que não é um golpe de sorte e há hoje sim um pensamento diferenciado na emissora paulistana, mas atrações menos recentes (geralmente produtos cuatrocabezas) como CQC, A Liga e Polícia 24h, já indicavam esta vontade de fazer conteúdo próprio, buscando sua própria linguagem, sua própria verdade, oferecendo uma alternativa única aos outros canais, ou seja: vontade de fazer... televisão.
É isso! Pensem por si próprios! A preocupação com "o que a Globo está passando?" tem que ir até a página 2. Até porque a Globo mesmo tá pensando isso sobre vocês hoje em dia e aí tá ficando um samba do criolo doido (mas eu falo isso em outro post já já, fiquem ligados!) Kudos para Band e Rede TV! que não fazem da sua grade e programação uma "Globo 2".
E ainda tem "Mulheres Ricas", o que me trouxe muita alegria ao saber que estava sendo feito da forma como estava sendo feito e com o impacto que causou com apenas duas exibições. Conteúdo com o pé no chão, (bem) feito pro público, com grande reflexão social e o mais importante: tudo dosado da maneira certa; cada coisa ocupando o seu lugar devido.
É, o Brasil (e o Rio! mas isso também é outro post) está de fato mudando. Já não era sem hora!
É chocante o que está acontecendo com a Bandeirantes. Queria saber quem é o gênio que está tocando a emissora hoje em dia, porque a coisa claramente mudou por lá. The Wire é a ratificação de que não é um golpe de sorte e há hoje sim um pensamento diferenciado na emissora paulistana, mas atrações menos recentes (geralmente produtos cuatrocabezas) como CQC, A Liga e Polícia 24h, já indicavam esta vontade de fazer conteúdo próprio, buscando sua própria linguagem, sua própria verdade, oferecendo uma alternativa única aos outros canais, ou seja: vontade de fazer... televisão.
É isso! Pensem por si próprios! A preocupação com "o que a Globo está passando?" tem que ir até a página 2. Até porque a Globo mesmo tá pensando isso sobre vocês hoje em dia e aí tá ficando um samba do criolo doido (mas eu falo isso em outro post já já, fiquem ligados!) Kudos para Band e Rede TV! que não fazem da sua grade e programação uma "Globo 2".
E ainda tem "Mulheres Ricas", o que me trouxe muita alegria ao saber que estava sendo feito da forma como estava sendo feito e com o impacto que causou com apenas duas exibições. Conteúdo com o pé no chão, (bem) feito pro público, com grande reflexão social e o mais importante: tudo dosado da maneira certa; cada coisa ocupando o seu lugar devido.
É, o Brasil (e o Rio! mas isso também é outro post) está de fato mudando. Já não era sem hora!
segunda-feira, novembro 21, 2011
Essa bermuda que você me deu é uma perfeita analogia da nossa relação. Tão bonita, supostamente tão bem acabada (não se fazem trabalhadores infantis como antigamente), mas, com o tempo, tão frágil. Eu posso até remendar - como já fiz algumas vezes - mas não dá outra; eu uso e abre um pouquinho mais e se estraga um pouquinho mais. O que fazer? Não usar? Mas aí qual é o propósito de uma bermuda? Bom, eu uso, sem abuso, sabendo que dificilmente encontrarei uma bermuda maneira como essa. Se surgir, eu pego; estou semi de olho. Meu guarda-roupa necessita. Ou então até o dia que essas descosturas, rasgos e encardidos se tornem insustentáveis. E não vai demorar muito.
A bermuda está "hangin' by a thread".
A bermuda está "hangin' by a thread".
terça-feira, outubro 25, 2011
Tem uma mulher de SP ligando incensantemente para o meu celular, querendo falar com o Alex. Em uma das tentativas eu falei: "esquece, esse número não é o do Alex, você deve ter pego errado". E ela falou com muita certeza "impossível; eu já liguei um milhão de vezes pra esse número e ele atendeu; tá gravado na minha agenda". Ainda expliquei que era 21. Mas ela insiste; eu já atendo falando "não é o Alex". Mas sei lá, ela fala com tanta certeza que já desconfio. Esquizofrenia, sujeito pós-moderno...
Serei eu Alex?
Serei eu Alex?
sábado, outubro 22, 2011
Eu sei que o mundo tem muita coisa pra dar asco e fica até difícil catalogar, mas pqp como a imprensa esportiva carioca (Brasileira?) me dá nojo! Olha essa parada do Fluminense! O conselheiro estava certíssimo de vocalizar seu descontentamento com o jornal que documentou o treino, mesmo o clube pedindo para não ser filmado, inclusive movendo o treino para outro local. Está errado sim. É uma cara de pau danada da ACERJ (só tem merda também) e do Dapieve (que decepção) querer justificar que há o direito de querer fazer em silêncio, mas é a função da imprensa burlar e trazer ao público o máximo de informação possível! Beleza, quer usar esse argumento pobre? Use. Mas não fique machucadinho quando colocarem vocês na mesma prateleira de um paparazi da Contigo, ok? Bom, na verdade deveria ser uma honra pra vocês. Pelo menos os paparazis trabalham no Leblon... Na minha cabeça o corporativismo é algo positivo, mas apenas na defesa, nunca no ataque. No ataque é linxamento; especialmente quando vocês operam a máquina midiática. É direcionamento perigosíssimo de informação/opinião (com barrinha mesmo porque vocês não sabem diferenciar uma da outra)
Nego acha que jornalismo é tipo imunidade diplomática. “Sou jornalista, as regras não se aplicam a mim, vou documentar tudo e falar o que quiser.” Tivesse só sido o primeiro episódio, ok. Conheço de vista o conselheiro lá e é um FluPinel. Um FluPinel com razão no caso e na sua reclamação, mas um FluPinel. Mas a gota d'água foi hoje outro sócio falando que não liberava o direito de imagem dele, não queria ser filmado E NEGO FILMANDO MESMO ASSIM E PUBLICANDO NA PÁGINA!!! Isso é o cúmulo! Sério. Depois ele mostrou a carteira da OAB... espero que processe e tire uma grana. Por ele, porque sei que o dinheiro arrancado não vai mudar em nada a relação da imprensa - ainda mais quando o Presidente do clube, talvez com medo do “troco” dos corporativistas, dá razão à matéria. Os jornalistas esportivos continuarão se achando em uma posição superior, voando em um aquaplanador, feliz da vida que tão acima do nível do mar. “Falta pouco pra virar um helicopetero-- sei lá como se escreve isso...”! É... não tem nada pior que a ignorância apoiada pela auto-confiança.
Enfim, o que esperar de uma profissão que não precisa de diploma?
sexta-feira, outubro 21, 2011
Já reparou como o "Pai nosso" é petulante pra caramba?
"Venha a nós o vosso reino", quer uma batata frita pra acompanhar isso? Tu que vai até lá, amigo! Tá indo pro paraíso e ainda quer molezinha?
"Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu". Broder, tu tá desejando que a vontade de Deus seja realizada? Ele é DEUS, maluco! Não precisa torcer não que vai rolar. É um fato, vai ser feito.
E a parte que mais me bola...
"Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido". NIGGA! Is you JOKING?!?! Você tá de fato se dando como exemplo pra pautar Javé? Dude. He's fucking G-O-D! Ele vai se pautar, no máximo, pelo Wolverine; não você.
But then again, a oração foi inventada por Jesus, né? Considerando que ele era freak no lance de ser um filho de Deus, pecador etc. e tal... yeah, ok, I see your point, I see your point, man. Good one. Touché.
Gotta love JC. Got to.
"Venha a nós o vosso reino", quer uma batata frita pra acompanhar isso? Tu que vai até lá, amigo! Tá indo pro paraíso e ainda quer molezinha?
"Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu". Broder, tu tá desejando que a vontade de Deus seja realizada? Ele é DEUS, maluco! Não precisa torcer não que vai rolar. É um fato, vai ser feito.
E a parte que mais me bola...
"Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido". NIGGA! Is you JOKING?!?! Você tá de fato se dando como exemplo pra pautar Javé? Dude. He's fucking G-O-D! Ele vai se pautar, no máximo, pelo Wolverine; não você.
But then again, a oração foi inventada por Jesus, né? Considerando que ele era freak no lance de ser um filho de Deus, pecador etc. e tal... yeah, ok, I see your point, I see your point, man. Good one. Touché.
Gotta love JC. Got to.
sexta-feira, outubro 14, 2011
Quiosque Moral
João se formou na faculdade de direito. Nenhuma novidade, já que ele sempre foi um menino estudioso. Desde cedo perdia as travessuras comuns entre crianças devido ao estudo. E foi no momento de jogar o chapéu de formando, após ler o diploma, que ele sentiu algo esquisito. Uma espécie de raio ou choque, que o fez contorcer o corpo.
Ele continuou sentindo este esquisito "raio". Achou que era nervosísmo ou "tique". Os meses passavam e ele, já empregado em uma firma, continuava sentindo aquilo.
Foi-se crianco uma insônia devido ao fato e para resolver o que tanto o incomodava, João perguntava aos seus amigos "engravatados" e a médicos constantemente sobre os esquisitos raios.
Numa das inúmeras noites sem dormir, João foi atraído por uma enorme força. O seu travesseiro brilhava como um trabisseiro mágico e inexplicavelmente o trabesseiro começou a andar como se soubesse pra onde ir com João atrás seguindo-o.
Andou alguns quilômetros e avistou um quiosque adentrando-o. Ficava numa queda de terra e estava fechado, porém João ouviu um barulho; ele ficou espantado porque o quiosque estava lotado, era como uma danceteria, os frequentadores eram todos engravatados, seguravam travasseiros e calçavam sandálias. O quiosque estava tomado de felicidade, todos dançavam com os braços rodopiando, ele não sabia por quê, mas dançava com eles e se sentia bem.
Dois dias depois João acordou. Acordou sentado na mesa de reuniões, com todos da empresa comprimentando-o e congratulando-o. João não entendia nada; estava com a mesma roupa e completamente descansado, olhou seus colegas e os reconheceu.
Ele havia finalmene entendido o motivo dos "choques" e entendeu a mensagem: tudo era mais atraente dentro do quiosque moral.
Três meses depois, ainda frequentando o quiosque, João voltou a sentir os choques.
I'm pretty sure that text is about boners and raves/swing houses.
João se formou na faculdade de direito. Nenhuma novidade, já que ele sempre foi um menino estudioso. Desde cedo perdia as travessuras comuns entre crianças devido ao estudo. E foi no momento de jogar o chapéu de formando, após ler o diploma, que ele sentiu algo esquisito. Uma espécie de raio ou choque, que o fez contorcer o corpo.
Ele continuou sentindo este esquisito "raio". Achou que era nervosísmo ou "tique". Os meses passavam e ele, já empregado em uma firma, continuava sentindo aquilo.
Foi-se crianco uma insônia devido ao fato e para resolver o que tanto o incomodava, João perguntava aos seus amigos "engravatados" e a médicos constantemente sobre os esquisitos raios.
Numa das inúmeras noites sem dormir, João foi atraído por uma enorme força. O seu travesseiro brilhava como um trabisseiro mágico e inexplicavelmente o trabesseiro começou a andar como se soubesse pra onde ir com João atrás seguindo-o.
Andou alguns quilômetros e avistou um quiosque adentrando-o. Ficava numa queda de terra e estava fechado, porém João ouviu um barulho; ele ficou espantado porque o quiosque estava lotado, era como uma danceteria, os frequentadores eram todos engravatados, seguravam travasseiros e calçavam sandálias. O quiosque estava tomado de felicidade, todos dançavam com os braços rodopiando, ele não sabia por quê, mas dançava com eles e se sentia bem.
Dois dias depois João acordou. Acordou sentado na mesa de reuniões, com todos da empresa comprimentando-o e congratulando-o. João não entendia nada; estava com a mesma roupa e completamente descansado, olhou seus colegas e os reconheceu.
Ele havia finalmene entendido o motivo dos "choques" e entendeu a mensagem: tudo era mais atraente dentro do quiosque moral.
Três meses depois, ainda frequentando o quiosque, João voltou a sentir os choques.
I'm pretty sure that text is about boners and raves/swing houses.
quinta-feira, setembro 29, 2011
Tem sido interessante acompanhar o Rock in Rio pelas mídias sociais. Várias coisas. Uma é o quanto tava todo mundo esculhambando (com razão, eu acho) mas logo soava qualquer acorde semi carregado, qualquer mise en scene mais teatral, e nego já tava todo animado, comentando play by play. Sim, greatest hit é bacana, toca o coração e relembra outras épocas. Mas um festival todo disso? De bandas e atos que são irrelevantes? Isso diz bastante sobre o gênero rock em si. Até existem artistas mais interessantes, mas eles são relevantes apenas dentro da irrelevância do gênero. Não se enganem e "po, mas tem tanta gente nos shows, como é irrelevante?". É fácil de entender e aí me uso de duas coisas muito sábias que li por ai (i) "a marca Rock in Rio ficou maior que os artistas que a compõe" Tanto faz, é mais o evento. (ii) "é bem a cara do Brasil curtir um show do "Sublime" sem o cantor (óbvio) e até sem o baterista! O cachorro vem?". É micareta aliada a carência. Não quero falar síndrome de vira-lata, mas vai lá.
Um bom exemplo da desconexão público-artista é a quantidade de pessoas que herculeamente tenta fazer escambo com os ingressos no Facebook e afins. Acabaram muito rápido os ingressos não porque nego comprou rápido e sim porque a maioria foi vendida para patrocinadores. A quantidade de promoções é SINISTRA. Até o perfil da "BrahmaFlu"está sorteando! Tinha promoção de mil ingressos da Trident e minha mãe trabalhou num comercial da Coca que dava ingresso pra qualquer um que aparecesse (quer dizer, quase todo mundo, só podia pra quem tinha até 25 anos - lamentável e engraçado ao mesmo tempo).
Mas beleza, vamos fingir que nego comprou antes aquele passe e agora está com ingresso pra dias que não quer; o "cambista do bem". Realmente é meio chato que todo mundo parece vender os ingressos e você tem que ficar desviando estes posts. Mas já vi também nego reclamando, dizendo que compra os ingressos se pararem de ficar falando nisso. Mas que coisa também, gente. As midias sociais parecem mesmo ser lugar para ser engraçadinho ou para reclamar. É só para isso que a usam. Acho engraçado, como se a timeline fosse possessão mesmo da pessoa e aquilo tudo atravancasse a vida dela. Como se todo o resto falado ali, especialmente por quem reclama, fosse de suma importância. Niggaz need to chill.
É só mídia social, galera.
Um bom exemplo da desconexão público-artista é a quantidade de pessoas que herculeamente tenta fazer escambo com os ingressos no Facebook e afins. Acabaram muito rápido os ingressos não porque nego comprou rápido e sim porque a maioria foi vendida para patrocinadores. A quantidade de promoções é SINISTRA. Até o perfil da "BrahmaFlu"está sorteando! Tinha promoção de mil ingressos da Trident e minha mãe trabalhou num comercial da Coca que dava ingresso pra qualquer um que aparecesse (quer dizer, quase todo mundo, só podia pra quem tinha até 25 anos - lamentável e engraçado ao mesmo tempo).
Mas beleza, vamos fingir que nego comprou antes aquele passe e agora está com ingresso pra dias que não quer; o "cambista do bem". Realmente é meio chato que todo mundo parece vender os ingressos e você tem que ficar desviando estes posts. Mas já vi também nego reclamando, dizendo que compra os ingressos se pararem de ficar falando nisso. Mas que coisa também, gente. As midias sociais parecem mesmo ser lugar para ser engraçadinho ou para reclamar. É só para isso que a usam. Acho engraçado, como se a timeline fosse possessão mesmo da pessoa e aquilo tudo atravancasse a vida dela. Como se todo o resto falado ali, especialmente por quem reclama, fosse de suma importância. Niggaz need to chill.
É só mídia social, galera.
quarta-feira, setembro 21, 2011
Foram mentions, messages e até emails me perguntando como eu estava e o que eu achava do anúncio de que o R.E.M. tinha acabado. Fora os que devem ter pensado em mim nessa ocasião, mas não entraram em contato. Acho engraçado e até um pouco comovente e gratificante o quanto as pessoas me associam à banda. Talvez isso diga algo muito bom sobre mim.
O que acho/sinto sobre isso tudo? Acho que é o fim do mundo como conhecemos e me sinto ótimo sobre isso. Não estou devastado. A verdade é que quem conhece a banda como se fosse ela um amigo, meu caso (sem modéstia ou vaidade alguma, contestação óbvia, senão ninguém nem lembrava de mim), já tinha um pouco sacado que isso estava pra acontecer e meio se preparou. Não por falta de gás; isso é falta de informação/bom gosto de quem chega a essa conclusão. Aliás, o mais frustrante/triste de todo o caso foi ver os twitzinhos ignorantes vomentando (comentando com vômito) a notícia. Que mania idiota essa do brasileiro de achar que o propósito do Twitter é ser engraçadinho/irônico. Ignoreland. Muito por conta do Twitter ter sido popularizado pelos perfis dos comediantes do novo humor, acredito. Falta seriedade ao brasileiro, especialmente o carioca. Mas isso é outro post.
Juro que não foi uma surpresa. Leia o post que fiz sobre o excelente "Collapse Into Now", último disco deles (agora sem aspas). Eu falo sobre as pistas nas letras e na música em si - Blue com seu coda para Discoverer e a não publicação da letra no folheto é a prova cabal. No fim falo que pode ter sido uma última grande contribuição pro rock, este gênero tão irrelevante hoje em dia. E o R.E.M. sempre foi isso: a banda mais sincera do mundo. Por mais que envolta em imagerys esquisitíssimos, sempre retratava exatamente o feeling de seus membros à época da composição. Quando o careca estava assustado vendo seus amigos morrendo de AIDS e sua sexualidade era um mistério pra si próprio, lá estavam as letras falando sobre morte (que levaram aos boatos de que ele havia morrido - ele não aparecia nas coletivas). Quando a banda sofreu dois baques fortes - saída conturbadíssima do Jefferson Holt e saída tristíssima de Bill Berry - lá estava um disco sombrio, incerto e pessimista, irônicamente nomeado "Up". Quando foram pra Inglaterra ainda jovens gravar o Fables of the reconstruction o som folk americano, as letras sobre saudade de casa...tudo lá. Você literalmente ouve a banda ao colocar o disco na 'vitrola'. E o Collapse into now deixava isso claro; eles vieram, viveram e venceram. Pra caralho. Quem tem uma carreira mais bonita e admirada que o R.E.M.? Pra eles deu e agora: All the best!
Como o universo gira ao meu redor e em minha função, o timing é bem oportuno. Num momento de verdadeiro renascimento cria-se o Perfect Circle; até minhas referências me acompanham. House in order, I'm out of here.
O que muda pra mim? Nada, não vou ter saudades porque this is where they walked, swam, hunted, danced and sang. É muito sólido o imaginário e, por conseguinte, o legado do R.E.M. Eis uma flor que nunca precisou de sol pra viver; foram 10 anos antes de Losing my Religion e vai ser uma vida inteira antes de eu perder minha fé nesse amor. Gardening at night. 4ever.
O que acontece é que agora tem um projeto que antes ficava no fundo da minha cabeça (literalmente) passando a pedir atenção. E tenho uma viagem marcada. Sempre tive, mas parece que o mundo tá me dando um empurrão pra apressá-la também. Vou atrás disso!
Resumindo, de maneira análoga à minha vida: pra que se chatear com o que poderia ser? O que importa é celebrar e ser grato pelo que foi. Foi uma das contribuições mais importantes à arte no século XX - arte mesmo, porque a atuação da banda surpassa a música, atinge o cinema, o design etc.
Tendo dito isso tudo, claro, bate uma sensaçãozinha. Não conheço o mundo sem R.E.M. Será que vale a pena viver nele? Tá, a banda estará eternamente viva dentro de mim. Mas e dos outros? Bate um medo. Mas acho que é momentâneo. Natural colateral de uma despedida de algo tão marcante e importante pra alguém. Talvez eu que não tenha prestado atenção direito nos ensinamentos do meu careca. Ele já tinha dito...
It's easier to leave than to be left behind.
O que acho/sinto sobre isso tudo? Acho que é o fim do mundo como conhecemos e me sinto ótimo sobre isso. Não estou devastado. A verdade é que quem conhece a banda como se fosse ela um amigo, meu caso (sem modéstia ou vaidade alguma, contestação óbvia, senão ninguém nem lembrava de mim), já tinha um pouco sacado que isso estava pra acontecer e meio se preparou. Não por falta de gás; isso é falta de informação/bom gosto de quem chega a essa conclusão. Aliás, o mais frustrante/triste de todo o caso foi ver os twitzinhos ignorantes vomentando (comentando com vômito) a notícia. Que mania idiota essa do brasileiro de achar que o propósito do Twitter é ser engraçadinho/irônico. Ignoreland. Muito por conta do Twitter ter sido popularizado pelos perfis dos comediantes do novo humor, acredito. Falta seriedade ao brasileiro, especialmente o carioca. Mas isso é outro post.
Juro que não foi uma surpresa. Leia o post que fiz sobre o excelente "Collapse Into Now", último disco deles (agora sem aspas). Eu falo sobre as pistas nas letras e na música em si - Blue com seu coda para Discoverer e a não publicação da letra no folheto é a prova cabal. No fim falo que pode ter sido uma última grande contribuição pro rock, este gênero tão irrelevante hoje em dia. E o R.E.M. sempre foi isso: a banda mais sincera do mundo. Por mais que envolta em imagerys esquisitíssimos, sempre retratava exatamente o feeling de seus membros à época da composição. Quando o careca estava assustado vendo seus amigos morrendo de AIDS e sua sexualidade era um mistério pra si próprio, lá estavam as letras falando sobre morte (que levaram aos boatos de que ele havia morrido - ele não aparecia nas coletivas). Quando a banda sofreu dois baques fortes - saída conturbadíssima do Jefferson Holt e saída tristíssima de Bill Berry - lá estava um disco sombrio, incerto e pessimista, irônicamente nomeado "Up". Quando foram pra Inglaterra ainda jovens gravar o Fables of the reconstruction o som folk americano, as letras sobre saudade de casa...tudo lá. Você literalmente ouve a banda ao colocar o disco na 'vitrola'. E o Collapse into now deixava isso claro; eles vieram, viveram e venceram. Pra caralho. Quem tem uma carreira mais bonita e admirada que o R.E.M.? Pra eles deu e agora: All the best!
Como o universo gira ao meu redor e em minha função, o timing é bem oportuno. Num momento de verdadeiro renascimento cria-se o Perfect Circle; até minhas referências me acompanham. House in order, I'm out of here.
O que muda pra mim? Nada, não vou ter saudades porque this is where they walked, swam, hunted, danced and sang. É muito sólido o imaginário e, por conseguinte, o legado do R.E.M. Eis uma flor que nunca precisou de sol pra viver; foram 10 anos antes de Losing my Religion e vai ser uma vida inteira antes de eu perder minha fé nesse amor. Gardening at night. 4ever.
O que acontece é que agora tem um projeto que antes ficava no fundo da minha cabeça (literalmente) passando a pedir atenção. E tenho uma viagem marcada. Sempre tive, mas parece que o mundo tá me dando um empurrão pra apressá-la também. Vou atrás disso!
Resumindo, de maneira análoga à minha vida: pra que se chatear com o que poderia ser? O que importa é celebrar e ser grato pelo que foi. Foi uma das contribuições mais importantes à arte no século XX - arte mesmo, porque a atuação da banda surpassa a música, atinge o cinema, o design etc.
Tendo dito isso tudo, claro, bate uma sensaçãozinha. Não conheço o mundo sem R.E.M. Será que vale a pena viver nele? Tá, a banda estará eternamente viva dentro de mim. Mas e dos outros? Bate um medo. Mas acho que é momentâneo. Natural colateral de uma despedida de algo tão marcante e importante pra alguém. Talvez eu que não tenha prestado atenção direito nos ensinamentos do meu careca. Ele já tinha dito...
It's easier to leave than to be left behind.
sexta-feira, setembro 16, 2011
Tem o lado cristão da coisa - vale lembrar que estudei em colégio de freira e faculdade jesuíta. O lance de dignidade através do lavor. Claro que tem. Mas é mais análogo à experiência da faculdade mesmo. No colégio eu era péssimo aluno porque quase nada daquilo me interessava muito. Quando fui pra faculdade, fazendo o que queria, a coisa toda mudou; eu prestava atenção, participava, em casa estudava mais... quem me conhecia dessa época não acreditava quando falava que eu era mau aluno no colégio. E agora, morando sozinho, todas as coisas "mundanas" relacionadas a casa, antes enfadonhas, me dão prazer. Nunca lavava prato. Agora eu lavo imediatamente, porque é o MEU prato. É o MEU chão que eu fico varrendo e passando pano molhado (essa porra parece sempre que pode ficar mais limpa...). Eu dobro as roupas, elas nunca mais ficam no chão. São MINHAS roupas, não podem ficar amassadas. É a MINHA casa arrumadinha que eu mostro pras pessoas... Não é curioso como a liberdade traz todo esse sentimento de possessão? Isso é certo ou contraditório?
Tendo dito isso, minha casa está uma bagunça.
Tendo dito isso, minha casa está uma bagunça.
quarta-feira, agosto 31, 2011
Sempre que eu lia por aí que o Eike Batista tinha tantos sucessos quanto fracassos, que parte do jogo que ele jogava era esse - meio "o importante é estar em movimento, que quando dá certo, DÁ CERTO e compensa os erros" - eu achava que era recalque da galera. Faria muito sentido, afinal brasileiro odeia sucesso. Mas depois que eu soube que o grande novo empreendimento dele é um time de volley no Rio de Janeiro... to começando a entender esse ponto de vista.
Porque: really, Eike? Really?
Enfim; tu que é o milionário...
Porque: really, Eike? Really?
Enfim; tu que é o milionário...
terça-feira, agosto 09, 2011
Antes que ela acabe, preciso fazer uma pergunta para os que assistem: por que diabos a novela Insensato Coração tem a palheta de cor toda cinza? Sério, exageradamente cinza. Nunca vi uma novela trazer um conceito de palheta de cor at all.
No meio de uma aparente "evolução" do espectador (é o que dizem, mas quando paro e penso acho super questionável...) e de uma inegável democratização de opções televisivas de igual ou melhor qualidade, a Globo tem tido que sair de sua zona de conforto e 'arriscado' mais no seu antes intocável "padrão globo de qualidade", um termo muito bem cunhado que pode facilmente ser usado de maneira preguiçosa, o famoso em time que tá ganhando não se mexe. Na minha época, a coisa era tão fast food que os fotógrafos eram chamados de "Iluminadores". E vai por mim que não era um termo lisonjeador ligado ao iluminismo ou algo assim. Tudo que os caras deviam (e queriam) saber era se a cena era noite ou dia. A iluminação era toda flat. Hoje reparo conceitos básicos de sombreamento, de tentativa de dramatização da luz. Key lights etc. Os diretores também tem saído de sua fórmula de geral-close personagem A- close personagem B.
A palheta de cor de Insensato Coração parece ser também um exemplo disto tudo. O que até acho legal... mas quando traz uma palheta de cor monocromática - e ainda em cima de uma cor tão emblemática (o cinza e sua dinâmica de ser o cruzamento entre o preto e o branco carrega muito significado) - fica a pergunta do porquê da escolha, do que se quer dizer com aquilo. Porque não dá pra fazer esse tipo de escolha só porque é 'legal'. Tem que ter sustentação teórica. Mesmo que você crie depois de perceber esta necessidade e tenha sim feito só porque era 'legal' ou porque estava pressionado pelos superiores por 'novidades'. Não dá pra ser vazio e fazer por fazer, senão fica engana-trouxa. Tem que ter conceito. Usar recursos sempre para provocar resultados, usando-os como fim e não como meio.
Tem que ser mais PUC e menos Estácio.
No meio de uma aparente "evolução" do espectador (é o que dizem, mas quando paro e penso acho super questionável...) e de uma inegável democratização de opções televisivas de igual ou melhor qualidade, a Globo tem tido que sair de sua zona de conforto e 'arriscado' mais no seu antes intocável "padrão globo de qualidade", um termo muito bem cunhado que pode facilmente ser usado de maneira preguiçosa, o famoso em time que tá ganhando não se mexe. Na minha época, a coisa era tão fast food que os fotógrafos eram chamados de "Iluminadores". E vai por mim que não era um termo lisonjeador ligado ao iluminismo ou algo assim. Tudo que os caras deviam (e queriam) saber era se a cena era noite ou dia. A iluminação era toda flat. Hoje reparo conceitos básicos de sombreamento, de tentativa de dramatização da luz. Key lights etc. Os diretores também tem saído de sua fórmula de geral-close personagem A- close personagem B.
A palheta de cor de Insensato Coração parece ser também um exemplo disto tudo. O que até acho legal... mas quando traz uma palheta de cor monocromática - e ainda em cima de uma cor tão emblemática (o cinza e sua dinâmica de ser o cruzamento entre o preto e o branco carrega muito significado) - fica a pergunta do porquê da escolha, do que se quer dizer com aquilo. Porque não dá pra fazer esse tipo de escolha só porque é 'legal'. Tem que ter sustentação teórica. Mesmo que você crie depois de perceber esta necessidade e tenha sim feito só porque era 'legal' ou porque estava pressionado pelos superiores por 'novidades'. Não dá pra ser vazio e fazer por fazer, senão fica engana-trouxa. Tem que ter conceito. Usar recursos sempre para provocar resultados, usando-os como fim e não como meio.
Tem que ser mais PUC e menos Estácio.
segunda-feira, agosto 08, 2011
I fucking hate this "butterflies on my belly" feeling, because I only get the bad one. The "evil butterfly with razor sharp metal wings that cut all of your organs" feeling. A vida não sabe o que é equilíbrio. Não sabe dosar, só me joga bolas curva atrás de bola curva. Mas seguimos? É né, pois aparentemente somos covardes.
Life's a bitch... but god forbid the bitch divorce me.
Life's a bitch... but god forbid the bitch divorce me.
sábado, julho 16, 2011
Não é como se tudo que ele falasse deveria ser dado como um universal. Aliás, constatar que algo que ele fala deve ser levado em consideração é até um pouco triste. Realmente o nivel da Flapress está na lona, quando o melhorzinho é o vesgo do Lédio Carmona. Mas lá pelas tantas o simpático vesguinho com TOC diz com ênfase "o Fluminense sofre com a armação do meio de campo DESDE a saída do Conca". Isso foi a dois jogos, amigão! Aliás, enquanto você falava isso era um jogo e 25 minutos!
Futebol é muito ingrato, porque é muito momento MESMO.
Então nem me parece mais ingênuo quando eu via o Vincente, por exemplo, vibrar com qualquer jogadinha do "Showilson" (ou qualquer outro apelidinho típico dos botafoguenses) e também nego falando "o time tal joga o melhor futebol do Brasil". Isso é um titulo em si, porque até o próprio título já não vale nada. Ele prescreve no próximo jogo, então aproveita ali mesmo, porque no jogo seguinte tudo é coisa de museu. E assim: pra bem ou pra mal. Um exemplo que sempre falo, pois me foi muito marcante: no primeiro jogo que fui esse ano (Fluminense x Olaria) fiquei alguns minutos me deliciando com a mongolice que era o cara que após um cruzamento errado do Carlinhos berrou cheio de si, profundo conhecedor do futebol, atividade trivial: "Esse merda não sabe cruzar UMA bola!!". Um mês antes ele comemorava, espero eu, um cruzamento deste "merda que não sabe cruzar UMA bola", pois tal cruzamento resultou no gol de um título que não acontecia há 26 anos.
Não deixa de ser poético, porque a tristeza e a feiura aparentemente são entorpecentes e inspiradores; os românticos curtem. Eu, regido por outra lógica, só me desanimo; porque isso tudo até tira um pouco a vontade de vencer, sabe? Pra quê ir atrás de algo que não vai te satisfazer por muito tempo? Aí não faz um pouco de sentido jogar pra não perder ao invés de jogar pra ganhar? Anos atrás eu escrevi aqui que existia a glória de perder; que sem o derrotado não havia o vencedor e essa própria relação te fazia dar mais valor às vitórias. Penso se não passei ao largo nessa discussão.
Acho que o mínimo - que já é coisa pra caramba - que posso querer (e buscar) é ser verdadeiro.
E o mais poético é que isso provavelmente me fará um vencedor.
Futebol é muito ingrato, porque é muito momento MESMO.
Então nem me parece mais ingênuo quando eu via o Vincente, por exemplo, vibrar com qualquer jogadinha do "Showilson" (ou qualquer outro apelidinho típico dos botafoguenses) e também nego falando "o time tal joga o melhor futebol do Brasil". Isso é um titulo em si, porque até o próprio título já não vale nada. Ele prescreve no próximo jogo, então aproveita ali mesmo, porque no jogo seguinte tudo é coisa de museu. E assim: pra bem ou pra mal. Um exemplo que sempre falo, pois me foi muito marcante: no primeiro jogo que fui esse ano (Fluminense x Olaria) fiquei alguns minutos me deliciando com a mongolice que era o cara que após um cruzamento errado do Carlinhos berrou cheio de si, profundo conhecedor do futebol, atividade trivial: "Esse merda não sabe cruzar UMA bola!!". Um mês antes ele comemorava, espero eu, um cruzamento deste "merda que não sabe cruzar UMA bola", pois tal cruzamento resultou no gol de um título que não acontecia há 26 anos.
Não deixa de ser poético, porque a tristeza e a feiura aparentemente são entorpecentes e inspiradores; os românticos curtem. Eu, regido por outra lógica, só me desanimo; porque isso tudo até tira um pouco a vontade de vencer, sabe? Pra quê ir atrás de algo que não vai te satisfazer por muito tempo? Aí não faz um pouco de sentido jogar pra não perder ao invés de jogar pra ganhar? Anos atrás eu escrevi aqui que existia a glória de perder; que sem o derrotado não havia o vencedor e essa própria relação te fazia dar mais valor às vitórias. Penso se não passei ao largo nessa discussão.
Acho que o mínimo - que já é coisa pra caramba - que posso querer (e buscar) é ser verdadeiro.
E o mais poético é que isso provavelmente me fará um vencedor.
segunda-feira, junho 27, 2011
Acho fascinante o corpo humano. A mais incrível máquina de todas. Fácil. Outro dia você cai, se machuca todo. Sente na pele, carne viva. Arde. Tanto que você sente até dor muscular. É feio de olhar; as pessoas se afastam.
Aí o tempo passa e cria casquinha, de longe você nem percebe o estrago. Tocar na ferida já dói muito menos. Às vezes, só de sacanagem, ou pra provar sua teoria, você 'catuca' até que ela saia. Mas não é recomendável! Não que doa; rola até um prazerzinho, mas se você quer que sare de verdade é melhor deixar pra lá; esquecer que existe. O corpo humano se encarrega.
Outra coisa que acho fascinante é o duplo sentido.
Aí o tempo passa e cria casquinha, de longe você nem percebe o estrago. Tocar na ferida já dói muito menos. Às vezes, só de sacanagem, ou pra provar sua teoria, você 'catuca' até que ela saia. Mas não é recomendável! Não que doa; rola até um prazerzinho, mas se você quer que sare de verdade é melhor deixar pra lá; esquecer que existe. O corpo humano se encarrega.
Outra coisa que acho fascinante é o duplo sentido.
segunda-feira, junho 13, 2011
Sonhei que estava indo pra guerra. Literalmente. Meu avô, que na "vida real" era Coronel, era o "superior", "treinador", sei lá, do nosso petolão. Eu parecia ser o único dos recrutas - todos meus amigos - que levava a coisa a sério; bem nerd, fazendo perguntas pro vovô sobre como se posicionar, o que fazer em provaveis situações, batendo continência, falando "senhor, sim senhor"...
O medo iminente da morte era aterrorizador e edificante ao mesmo tempo.
O medo iminente da morte era aterrorizador e edificante ao mesmo tempo.
quarta-feira, maio 25, 2011
Como tenho feito ultimamente, risquei mais uma coisa da minha lista de coisas a fazer nessa vida. Não só vi Paul McCartney ao vivo, como vi duas vezes seguidas. Domingo e Segunda. O que tenho pra falar? Que hoje, sem Paul, o dia foi muito estranho. Me acostumei e a queda do cavalo é feia.
No primeiro dia eu fui de pista e milho foi de pista prime. Lá fui eu, o eremita, pro meio da multidão. Só. Primeiro o estranhamento de ver o Engenhão do ponto de vista dos jogadores - é longe demais da arquiba, mas imponente pacas. Depois a ironia fina da versão ora mela cueca, ora batidão - até lambada rolou! - de algumas canções de Beatles. Mas o "só" passou logo que começou, porque, apesar de toda aquela multidão, tinha só eu e Paul, Paul e Eu. Logo ali.
Aliás, ainda bem que não fui acompanhado, porque é muito queimação de filme esse show. É lágrima atrás de lágrima. E nem vem; se você não chorou em Something, você não tem coração. A banda é demais - até porque aquilo ali deve ser o ápice de um músico contratado; como fazer algo melhor do que aquilo ali? Você é PAGO pra viajar o mundo tocando as músicas mais maravilhosas do mundo e hang out with Macca! O setlist das duas noites foi generoso (acho que curti mais o de ontem) e o cara é um vigor bizarro pra quem tem 69 anos. Haja MT!
Mas o que mais me fascinava, confesso, era outra coisa. Sim, todo o resto é maravilhoso e todos já comentaram de maneira mais brilhante. O que eu mais curtia era o "entre-músicas" ou quando, durante, ele fazia algo "fora do script". Botei aspas porque o show é claramente todo programado e "igual". As aspas são porque quero dizer dos momentos que ele levanta o braço ou faz qualquer movimento que me prova que ele tá ali; logo ali. Não tão próximo dos braços, mas bem perto dos sentimentos. É sentir que de alguma maneira estou dividindo com 'o' cara alguma coisa. Ele está ali!
Meio neura daquele filme "Simone", né? O show com holograma e tal. E a má colocação do palco (achei baixo, muitos por ali comentavam que não viam nada - Obrigado, Deus, pelos meus 1,84m de altura e pela fraca nutrição da classe média brasileira!)
Mas, voltando...o Paul é tipo um totem mesmo, né? Eis um cara - não são muitos - que transcende a sua própria existência material. E ele está ali! Logo ali! Se eu peidar muito forte ele pode sentir. Ok, talvez não. Mas se eu puxar uma grande vaia ou um grande bravo, ele pode até ouvir. Ele está ali! I can make a difference! Ele levanta o braço, eu vejo ele levantar o braço. Olho pro telão e no telão ele levantou o braço! He must be real! Então, EU devo ser real. Isso tudo deve ser real. Eu estou vivo!
Minha ultima lembrança deste show se dá 2 horas depois do último concerto, já no vagão do metrô, após apertos e amasssos. Estou sozinho pensando na noite toda. No banco da frente, um casal jovem com a baqueta que pegaram do batera gordão. Um prêmio. O grupo de jovens, que junto está, parece ter feito amizade com um senhor mais velho. Ele tem óculos e chapeuzinho, meio estilinho Beatles. Não larga de uma 'bexiga' vermelha que pegou das centenas coloridas que voavam pela platéia durante o show (I could not make this up! Não sou Iraniano!) Felizes, trocam idéias. Mas a coisa fica muito mais especial que uma simples pintura de três gerações se confraternizando ao redor da música. Quando na Cardeal Arcoverde o vagão pára, todos os jovens se despedem do senhorzinho. Eis que o jovem da baqueta e sua namorada estendem a mão e a oferecem de presente. Logo ali! A porta fecha, os jovens genuinamente felizes acenam de maneira entusiasmada dando adeus ao velho, que bate com a baqueta no ar, feliz da vida. O metrô continua - eu chapado com a cena que acontece "Logo ali!" - e o senhor inspeciona com açúcar, com afeto cada farpa da baqueta. Cada risco na madeira. Cada luz que reflete nao latex vermelho. Ele alisa a bexiga; cheira-a ternamente. Ali dentro ele conservará até onde der aquele show, que, agora, pra mim, voyeur, transcendia o palco e acontecia na vida real. Não sei como ele não me cobrou couvert artísticio pelo momento.
O acaso, então, me despista daquela beleza. Develly, Pedalinos e outros estão do outro lado do vagão e me chamam; não tínhamos nos visto antes. Conversamos, trocamos nossas figurinhas. Mas na saída da General Osório, não posso deixar de falar com o velho. Sou populista. Falo qualquer coisa idiota sobre a baqueta e os jovens. O velho me diz que toca numa banda cover de Beatles em Salvador. Logo ali. Os jovens são seus fãs.
Antes provavelmente iria fazer algum comentário babaquinha sobre os otários que gastaram uma nota para ir pra SP e como eles se sentiriam agora que ele veio pro RJ. Mas nem vou.
Agora eu entendo.
No primeiro dia eu fui de pista e milho foi de pista prime. Lá fui eu, o eremita, pro meio da multidão. Só. Primeiro o estranhamento de ver o Engenhão do ponto de vista dos jogadores - é longe demais da arquiba, mas imponente pacas. Depois a ironia fina da versão ora mela cueca, ora batidão - até lambada rolou! - de algumas canções de Beatles. Mas o "só" passou logo que começou, porque, apesar de toda aquela multidão, tinha só eu e Paul, Paul e Eu. Logo ali.
Aliás, ainda bem que não fui acompanhado, porque é muito queimação de filme esse show. É lágrima atrás de lágrima. E nem vem; se você não chorou em Something, você não tem coração. A banda é demais - até porque aquilo ali deve ser o ápice de um músico contratado; como fazer algo melhor do que aquilo ali? Você é PAGO pra viajar o mundo tocando as músicas mais maravilhosas do mundo e hang out with Macca! O setlist das duas noites foi generoso (acho que curti mais o de ontem) e o cara é um vigor bizarro pra quem tem 69 anos. Haja MT!
Mas o que mais me fascinava, confesso, era outra coisa. Sim, todo o resto é maravilhoso e todos já comentaram de maneira mais brilhante. O que eu mais curtia era o "entre-músicas" ou quando, durante, ele fazia algo "fora do script". Botei aspas porque o show é claramente todo programado e "igual". As aspas são porque quero dizer dos momentos que ele levanta o braço ou faz qualquer movimento que me prova que ele tá ali; logo ali. Não tão próximo dos braços, mas bem perto dos sentimentos. É sentir que de alguma maneira estou dividindo com 'o' cara alguma coisa. Ele está ali!
Meio neura daquele filme "Simone", né? O show com holograma e tal. E a má colocação do palco (achei baixo, muitos por ali comentavam que não viam nada - Obrigado, Deus, pelos meus 1,84m de altura e pela fraca nutrição da classe média brasileira!)
Mas, voltando...o Paul é tipo um totem mesmo, né? Eis um cara - não são muitos - que transcende a sua própria existência material. E ele está ali! Logo ali! Se eu peidar muito forte ele pode sentir. Ok, talvez não. Mas se eu puxar uma grande vaia ou um grande bravo, ele pode até ouvir. Ele está ali! I can make a difference! Ele levanta o braço, eu vejo ele levantar o braço. Olho pro telão e no telão ele levantou o braço! He must be real! Então, EU devo ser real. Isso tudo deve ser real. Eu estou vivo!
Minha ultima lembrança deste show se dá 2 horas depois do último concerto, já no vagão do metrô, após apertos e amasssos. Estou sozinho pensando na noite toda. No banco da frente, um casal jovem com a baqueta que pegaram do batera gordão. Um prêmio. O grupo de jovens, que junto está, parece ter feito amizade com um senhor mais velho. Ele tem óculos e chapeuzinho, meio estilinho Beatles. Não larga de uma 'bexiga' vermelha que pegou das centenas coloridas que voavam pela platéia durante o show (I could not make this up! Não sou Iraniano!) Felizes, trocam idéias. Mas a coisa fica muito mais especial que uma simples pintura de três gerações se confraternizando ao redor da música. Quando na Cardeal Arcoverde o vagão pára, todos os jovens se despedem do senhorzinho. Eis que o jovem da baqueta e sua namorada estendem a mão e a oferecem de presente. Logo ali! A porta fecha, os jovens genuinamente felizes acenam de maneira entusiasmada dando adeus ao velho, que bate com a baqueta no ar, feliz da vida. O metrô continua - eu chapado com a cena que acontece "Logo ali!" - e o senhor inspeciona com açúcar, com afeto cada farpa da baqueta. Cada risco na madeira. Cada luz que reflete nao latex vermelho. Ele alisa a bexiga; cheira-a ternamente. Ali dentro ele conservará até onde der aquele show, que, agora, pra mim, voyeur, transcendia o palco e acontecia na vida real. Não sei como ele não me cobrou couvert artísticio pelo momento.
O acaso, então, me despista daquela beleza. Develly, Pedalinos e outros estão do outro lado do vagão e me chamam; não tínhamos nos visto antes. Conversamos, trocamos nossas figurinhas. Mas na saída da General Osório, não posso deixar de falar com o velho. Sou populista. Falo qualquer coisa idiota sobre a baqueta e os jovens. O velho me diz que toca numa banda cover de Beatles em Salvador. Logo ali. Os jovens são seus fãs.
Antes provavelmente iria fazer algum comentário babaquinha sobre os otários que gastaram uma nota para ir pra SP e como eles se sentiriam agora que ele veio pro RJ. Mas nem vou.
Agora eu entendo.
segunda-feira, maio 02, 2011
O que para quase todo o mundo ficará marcado como o dia que Osama Bin Laden morreu, para mim será para sempre o dia que dei adeus para o Pelézinho Voador. Sim, sigo minha diretriz recente de me livrar de tudo que não me serve mais e meu carro, apesar de todos os serviços prestados, não tem mais razão de existir. Tornou-se uma fonte de gastos desnecessários. E altos. Se você não rodar mais de XKm por dia, onde X é uma quantidade muito grande (ou se você não usar pra pegar mulher ou se você não for uma pessoa pública) não há motivo plausível/razoável para ter carro no Rio de Janeiro; andar de Taxi sai mais barato que gasolina+ipva+manutenção. Sério, fiz um cálculo pra conferir e não rola. Fora isso, não ter carro está "in". E agora que eu não terei, então, pqp! Vai virar uma febre nacional não ter carro! Sou muito trend-setter.
Valeu, negão! Espero que seja feliz com seu próximo dono. Você me quebrou muitos galhos e deu poucos problemas de 2004 pra cá.
You took me places, man.
Valeu, negão! Espero que seja feliz com seu próximo dono. Você me quebrou muitos galhos e deu poucos problemas de 2004 pra cá.
You took me places, man.
segunda-feira, abril 25, 2011
Parece que a grande aposta dos marketeiros da indústria do chocolate é fazer um ovo sinestésico (ou seria metonímico? Confesso que dei uma olhada na wikipedia). O que quero dizer é que eles replicam em seu formato o nome/espírito/formato original do "sabor" do ovo. Primeiro foram os ovos de time de futebol; até falei sobre eles aqui, não? Talvez tenha falado no Twitter. Não lembro. Enfim, eles, que eram fabricados pela marca Arcor, vinham em formato de bola redonda e não oval, como de costume. Tinham os gomos do "couro" e tudo. Irado.
Aí agora vi que o "Tartuguita" vem em formato de tartaruga e o "Bis" vem em formato de "Bis" gigante (achei meio ridículo)...
Pergunto: o "Batom" vem em formato de cilindro ou de cosmético?
Aí agora vi que o "Tartuguita" vem em formato de tartaruga e o "Bis" vem em formato de "Bis" gigante (achei meio ridículo)...
Pergunto: o "Batom" vem em formato de cilindro ou de cosmético?
sexta-feira, abril 22, 2011
Era uma cueca "du'Omo" (sim, acho péssimo) e ela tinha o poder de terminar coisas.
Sim, ela destruia situações. Término com a namorada? Estava usando-a. Desclassificação da Copa do Brasil? There it was. Dia "d", seu projeto não foi aprovado; por que usei logo essa cueca?
Mas tinha um lance: essa cueca me deixava gostosão. Casou direitinho com meu corpo e na baixa-auto-estima ficar se olhando no espelho com aquela cueca me fazia sentir o Walter Casagrande! Walter Casagrande é o jogador de futebol, né? Porque era ele a quem me referia.
Então eu tentei me usar daquela maldição, saca?
Tinha uma situação que tinha que acabar naquele dia? Encontro decisivo? Lá fui eu com a cueca... mas nem. Não rolou. Então chegou um momento que eu parei total de usá-la. Mas deu uma raiva da bicha e um dia (até tirei foto, mas apaguei) quando estava numa onda de me livrar de tudo que não servia mais, fui lá e tirei ela da minha gaveta, peguei a tesoura e CRINCH! (onomatopéia pra tesoura trincando o metal): cortei ela em vários pedaços. Joguei no lixo. Nunca mais a verei na vida. Nem ninguém mais.
True story.
Sim, ela destruia situações. Término com a namorada? Estava usando-a. Desclassificação da Copa do Brasil? There it was. Dia "d", seu projeto não foi aprovado; por que usei logo essa cueca?
Mas tinha um lance: essa cueca me deixava gostosão. Casou direitinho com meu corpo e na baixa-auto-estima ficar se olhando no espelho com aquela cueca me fazia sentir o Walter Casagrande! Walter Casagrande é o jogador de futebol, né? Porque era ele a quem me referia.
Então eu tentei me usar daquela maldição, saca?
Tinha uma situação que tinha que acabar naquele dia? Encontro decisivo? Lá fui eu com a cueca... mas nem. Não rolou. Então chegou um momento que eu parei total de usá-la. Mas deu uma raiva da bicha e um dia (até tirei foto, mas apaguei) quando estava numa onda de me livrar de tudo que não servia mais, fui lá e tirei ela da minha gaveta, peguei a tesoura e CRINCH! (onomatopéia pra tesoura trincando o metal): cortei ela em vários pedaços. Joguei no lixo. Nunca mais a verei na vida. Nem ninguém mais.
True story.
terça-feira, abril 19, 2011
No diretório onde ficam as coisas do meu trabalho criei algumas pastas. Dentre elas, "Legal", onde ficam os assuntos de contabilidade, contratos etc. e "Criativo" onde ficam fotos, textos, vídeos e afins aos quais consulto/uso para fazer o trabalho em si. É sintomático como sempre que estou procurando a pasta Criativo, clico na Legal. Tipo aquele lance de internet old-school, onde você tinha que ler o que estava escrito e não a cor com a qual estava escrita (ou era o contrário?).
Conclusão: acho que tem alguma lição para ser apreendida nisso tudo aí.
Conclusão: acho que tem alguma lição para ser apreendida nisso tudo aí.
sábado, abril 09, 2011
Amigos roqueiros,
este é um post meio fabitosway (em seu início) mas sem igual brilhantismo e genialidade.
Outro dia começou a cair uma ficha bizarra em mim de algo que já aconteceu, mas só percebi agora. O Rock não é mais o gênero número um. O Hip Hop tomou o lugar do Rock do mainstream. Não foi do dia pra noite, na verdade vem desde os anos 80, mas de 5 anos pra cá isto virou uma realidade insofismável. Qual música pop chupa estilisticamente o rock? Não rola. É tudo batidão, lirismo de rap(!) e coisas do tipo. Não tem cordas de aço, não tem solo, não tem tum-tum-pa, muito menos cha-cum-dum.
Os grandes artistas, os grandes produtores, as grandes atenções, enfim, o que importa: está no Hip Hop.
Engraçado que sabe como caiu essa ficha? Lendo uma entrevista do Jay-Z, que foi num show do Grizzly Bear e causou o maior furor. Ele se explicava "Nego meteu o pau no Kanye, porque ele disse que não ouve Hip-Hop em casa. Eu entendo ele. Eu adoro Grizzly Bear e me sinto muito inspirado pelo movimento Indie Rock. Espero que eles façam o que o Hip Hop fez pelo Rock". E eu: "nigga, is you crazy?! O que diabos o Hip Hop fez pro Rock?".
Continuando a ler a explicação, não tive como não concordar; com o Hair Metal e tal, o rock perdeu a ligação com as pessoas, que não viviam aquela idéia de roupa de couro, cabelos loucos. Aquilo não correspondia à realidade e assim surgia o hip hop, que falava sobre a vida real das ruas etc. Diz o "Jigga" que o Hip Hop obrigou o surgimento de um rock melhor e mais verdadeiro, citando o movimento Grunge etc. E depois ele seguiu dizendo como o Hip Hop está fazendo a mesma coisa, focando nos "bling blings", "carros", "mulheres" e se desconectando do seu 'core'. Mas não é sobre isso que quero falar, embora seja um tópico interesante. Eu acho, pelo menos.
Lá em cima, falei desta sedimentação definitiva do Hip Hop (ou decadência do Rock?) de 5 anos pra cá, porque ainda tinha uns 'bravos' no mainstream com algum pé no rock: Fall out boy, Nickelback, Hoobastank, All American Rejects... rolou uma febre The Killers, Bravery etc. Lembram? Sendo que a maioria tinha outras influencias também, puxando para outras fusões. Rock, rock mesmo, escrito com r-o-q-u-e, pouca coisa. A escala tinha sido invertida. Não era o RunDMC que colava no Aerosmith pra alcançar notoriedade. É o Rock que foi atrás do Rap pra fazer o NuMetal (Korn, Limp Bizkit, Linkin Park...). Mas ali o jogo ainda era equilibrado, ninguém percebia... E hoje em dia? Quem do rock tá aí relevante no mundo? Que lança disco e ganha airplay mainstream? Só quem já era relevante antes, as armas pesadas.
E é disso (ufa!) que vim falar, porque acho que o roque está striking back. Ou assim espero.
Chamaram as armas pesadas. Eu ia abranger e falar sobre o novo disco do Foo Fighters, que trouxe de volta o Pat Smear (que tá parecendo o Cheech, do Cheech and Chong), mas a verdade é que - apesar do novo single/video total colaborarem com a teoria - não ouvi o disco todo. Mas deixemos aqui só a dica, ouçam/vejam "Rope". Mais tarde contextualizo.
Então vou falar só do que sei (e muito): o novo disco do R.E.M., "Collapse into now".
Amigos, só para ter noção, os que já papearam sobre R.E.M. comigo sabem do meu ranking e Collapse into Now, que estreou em 3 na Billboard e 1 no Itunes gerando muita positive review da crítica e dos fãs, está no pelotão de cima deste meu ranking pessoal, o pelotão das obras primas junto com Fables of the Reconstruction, Lifes Rich Pageant, Automatic for the People, New Adventures in Hi-Fi e Up. E o disco é especialmente surpreendente considerando que os dois últimos discos são bem abaixo do resto da obra. O último, Accelerate, não é ruim, mas é meio triste. Tem umas músicas legais, mas é meio "caramba, vamos roquear! fazer uma mixagem altona pra mostrar que somos feras", não vem de dentro, sabe? É uma obra normalóide. E o "Around the sun", disco antes desse, então... Eu nem escuto, porque acho BEM fraco. Ok, ambos tem uma ou outra música bacaninha. Mas não é nem o caso de colocar pra ouvir.
Conectando ao tema, o "CiN" é um disco resumo do R.E.M. mas in a good way! Não é uma cópia de si mesmo. Mas é o R.E.M. fazendo os varios tipos de R.E.M. em excelentes momentos, com muita maturidade. Muito confortável em ser o que é, sem tentar ser algo, entende? Você gosta do Lifes? Ouve That Someone is You. Curte Document/Green era? Ouve Discoverer! E Automatic for the people? Uberlin (que acho que é top 10 músicas R.E.M. ever, que musica linda!). Curte a fase melancólica logo pós Bill Berry? Temos Every day is yours to win e Me Marlon Brando, Marlo Brando and I. New Adventures in HiFi? Walk it back! Temos jangly guitars (que o Peter Buck se proibiu de fazer) e arpeggios. Temos mandolin de volta, violão. Guitarra, bateria, baixo complicado e vocais mike mills. Progressões estranhas. Michael Stipe em ótima fase vocal, fugindo dos recentes gritos. Vozes melosas e bem gritadas. Músicas que terminam em Em.
Muito disso tem a ver com o momento da banda em si. É o último disco do famoso maior contrato da história da música: os 80 milhões por 8 discos com a Warner. Décimo sexto disco, quinto sem o Bill Berry, introduzidos no Hall of fame do Rock. 30 anos de banda. Onde tá a cabeça destes caras? Até assusta um pouco, porque você pode encarar como se fosse um olhar para a trajetória da banda, uma volta às raízes - não vai rolar turnê e ao invés de clipes, eles fizeram um "art film" pra cada faixa com diretores indies, só parada maluca - uma despedida para o fim da banda. E é assustador quando na última música, Blue, com mais uma participação de Patti Smith (tem Eddie Vedder, Peaches e Lenny Kaye no disco tbm), a música acaba e volta o riff da primeira música do disco. Meio full circle, conceito. Confesso que dá medo.
Mas é só impressão. Pra mim é um atestado de "estamos aí" e o único jeito de salvar o rock é usando a força centrífuga, correndo pro núcleo dele de maneira natural. Sem ter medo de ser o nosso cru. Não é "vou ser strokes". Mas estar despido de maiores intenções que não o estado de espírito que é o rock. Roqueiros são muito pretenciosos, se pararmos pra pensar. Lembro que a gente brincava que o Dave Grohl ia ser o novo Bono Vox. Paremos pra pensar que merda que é ser o Bono. O cúmulo do rockstar que se leva mais a sério do que devia. Não acho isso nem um pouco roque e acho que isso contribuiu muito pra isso tudo que falei lá no início deste longo papo de botequim.
Li o Peter Buck falar que eles aboliram metronomo desse disco, porque ele gosta, acha bonito no refrão, por exemplo, dar uma aceleradinha. Acha "dinâmica" e não "erro". E que a maioria ele tentou fazer em um take só. Ensaiar antes e mandar ver na hora. Pra não perder o frescor e a verdade. Vendo e ouvindo o "Rope" do Foo Fighters me parece isso também. O clipe é simples, os caras numa sala com luzes mexendo, estética VHS e uma música bem Foo Fighters. Guitarradas com bateria foda. Refrão grudento e bonito. Roque all the way.
Tomara que não seja impressão minha. Precisamos do roque! Nada contra o Hip Hop, eu dou razão: tem mais coisa legal de hip hop do que de roque hoje em dia... mas quem sabe, agora com ajuda de pesos pesados como esses, a gente não se coloca de pé de novo? Se esta foi a última contribuição (mais uma de inúmeras outras que o R.E.M. deu para a música em seus brilhantes 30 anos)... talvez tenha valido a pena!
este é um post meio fabitosway (em seu início) mas sem igual brilhantismo e genialidade.
Outro dia começou a cair uma ficha bizarra em mim de algo que já aconteceu, mas só percebi agora. O Rock não é mais o gênero número um. O Hip Hop tomou o lugar do Rock do mainstream. Não foi do dia pra noite, na verdade vem desde os anos 80, mas de 5 anos pra cá isto virou uma realidade insofismável. Qual música pop chupa estilisticamente o rock? Não rola. É tudo batidão, lirismo de rap(!) e coisas do tipo. Não tem cordas de aço, não tem solo, não tem tum-tum-pa, muito menos cha-cum-dum.
Os grandes artistas, os grandes produtores, as grandes atenções, enfim, o que importa: está no Hip Hop.
Engraçado que sabe como caiu essa ficha? Lendo uma entrevista do Jay-Z, que foi num show do Grizzly Bear e causou o maior furor. Ele se explicava "Nego meteu o pau no Kanye, porque ele disse que não ouve Hip-Hop em casa. Eu entendo ele. Eu adoro Grizzly Bear e me sinto muito inspirado pelo movimento Indie Rock. Espero que eles façam o que o Hip Hop fez pelo Rock". E eu: "nigga, is you crazy?! O que diabos o Hip Hop fez pro Rock?".
Continuando a ler a explicação, não tive como não concordar; com o Hair Metal e tal, o rock perdeu a ligação com as pessoas, que não viviam aquela idéia de roupa de couro, cabelos loucos. Aquilo não correspondia à realidade e assim surgia o hip hop, que falava sobre a vida real das ruas etc. Diz o "Jigga" que o Hip Hop obrigou o surgimento de um rock melhor e mais verdadeiro, citando o movimento Grunge etc. E depois ele seguiu dizendo como o Hip Hop está fazendo a mesma coisa, focando nos "bling blings", "carros", "mulheres" e se desconectando do seu 'core'. Mas não é sobre isso que quero falar, embora seja um tópico interesante. Eu acho, pelo menos.
Lá em cima, falei desta sedimentação definitiva do Hip Hop (ou decadência do Rock?) de 5 anos pra cá, porque ainda tinha uns 'bravos' no mainstream com algum pé no rock: Fall out boy, Nickelback, Hoobastank, All American Rejects... rolou uma febre The Killers, Bravery etc. Lembram? Sendo que a maioria tinha outras influencias também, puxando para outras fusões. Rock, rock mesmo, escrito com r-o-q-u-e, pouca coisa. A escala tinha sido invertida. Não era o RunDMC que colava no Aerosmith pra alcançar notoriedade. É o Rock que foi atrás do Rap pra fazer o NuMetal (Korn, Limp Bizkit, Linkin Park...). Mas ali o jogo ainda era equilibrado, ninguém percebia... E hoje em dia? Quem do rock tá aí relevante no mundo? Que lança disco e ganha airplay mainstream? Só quem já era relevante antes, as armas pesadas.
E é disso (ufa!) que vim falar, porque acho que o roque está striking back. Ou assim espero.
Chamaram as armas pesadas. Eu ia abranger e falar sobre o novo disco do Foo Fighters, que trouxe de volta o Pat Smear (que tá parecendo o Cheech, do Cheech and Chong), mas a verdade é que - apesar do novo single/video total colaborarem com a teoria - não ouvi o disco todo. Mas deixemos aqui só a dica, ouçam/vejam "Rope". Mais tarde contextualizo.
Então vou falar só do que sei (e muito): o novo disco do R.E.M., "Collapse into now".
Amigos, só para ter noção, os que já papearam sobre R.E.M. comigo sabem do meu ranking e Collapse into Now, que estreou em 3 na Billboard e 1 no Itunes gerando muita positive review da crítica e dos fãs, está no pelotão de cima deste meu ranking pessoal, o pelotão das obras primas junto com Fables of the Reconstruction, Lifes Rich Pageant, Automatic for the People, New Adventures in Hi-Fi e Up. E o disco é especialmente surpreendente considerando que os dois últimos discos são bem abaixo do resto da obra. O último, Accelerate, não é ruim, mas é meio triste. Tem umas músicas legais, mas é meio "caramba, vamos roquear! fazer uma mixagem altona pra mostrar que somos feras", não vem de dentro, sabe? É uma obra normalóide. E o "Around the sun", disco antes desse, então... Eu nem escuto, porque acho BEM fraco. Ok, ambos tem uma ou outra música bacaninha. Mas não é nem o caso de colocar pra ouvir.
Conectando ao tema, o "CiN" é um disco resumo do R.E.M. mas in a good way! Não é uma cópia de si mesmo. Mas é o R.E.M. fazendo os varios tipos de R.E.M. em excelentes momentos, com muita maturidade. Muito confortável em ser o que é, sem tentar ser algo, entende? Você gosta do Lifes? Ouve That Someone is You. Curte Document/Green era? Ouve Discoverer! E Automatic for the people? Uberlin (que acho que é top 10 músicas R.E.M. ever, que musica linda!). Curte a fase melancólica logo pós Bill Berry? Temos Every day is yours to win e Me Marlon Brando, Marlo Brando and I. New Adventures in HiFi? Walk it back! Temos jangly guitars (que o Peter Buck se proibiu de fazer) e arpeggios. Temos mandolin de volta, violão. Guitarra, bateria, baixo complicado e vocais mike mills. Progressões estranhas. Michael Stipe em ótima fase vocal, fugindo dos recentes gritos. Vozes melosas e bem gritadas. Músicas que terminam em Em.
Muito disso tem a ver com o momento da banda em si. É o último disco do famoso maior contrato da história da música: os 80 milhões por 8 discos com a Warner. Décimo sexto disco, quinto sem o Bill Berry, introduzidos no Hall of fame do Rock. 30 anos de banda. Onde tá a cabeça destes caras? Até assusta um pouco, porque você pode encarar como se fosse um olhar para a trajetória da banda, uma volta às raízes - não vai rolar turnê e ao invés de clipes, eles fizeram um "art film" pra cada faixa com diretores indies, só parada maluca - uma despedida para o fim da banda. E é assustador quando na última música, Blue, com mais uma participação de Patti Smith (tem Eddie Vedder, Peaches e Lenny Kaye no disco tbm), a música acaba e volta o riff da primeira música do disco. Meio full circle, conceito. Confesso que dá medo.
Mas é só impressão. Pra mim é um atestado de "estamos aí" e o único jeito de salvar o rock é usando a força centrífuga, correndo pro núcleo dele de maneira natural. Sem ter medo de ser o nosso cru. Não é "vou ser strokes". Mas estar despido de maiores intenções que não o estado de espírito que é o rock. Roqueiros são muito pretenciosos, se pararmos pra pensar. Lembro que a gente brincava que o Dave Grohl ia ser o novo Bono Vox. Paremos pra pensar que merda que é ser o Bono. O cúmulo do rockstar que se leva mais a sério do que devia. Não acho isso nem um pouco roque e acho que isso contribuiu muito pra isso tudo que falei lá no início deste longo papo de botequim.
Li o Peter Buck falar que eles aboliram metronomo desse disco, porque ele gosta, acha bonito no refrão, por exemplo, dar uma aceleradinha. Acha "dinâmica" e não "erro". E que a maioria ele tentou fazer em um take só. Ensaiar antes e mandar ver na hora. Pra não perder o frescor e a verdade. Vendo e ouvindo o "Rope" do Foo Fighters me parece isso também. O clipe é simples, os caras numa sala com luzes mexendo, estética VHS e uma música bem Foo Fighters. Guitarradas com bateria foda. Refrão grudento e bonito. Roque all the way.
Tomara que não seja impressão minha. Precisamos do roque! Nada contra o Hip Hop, eu dou razão: tem mais coisa legal de hip hop do que de roque hoje em dia... mas quem sabe, agora com ajuda de pesos pesados como esses, a gente não se coloca de pé de novo? Se esta foi a última contribuição (mais uma de inúmeras outras que o R.E.M. deu para a música em seus brilhantes 30 anos)... talvez tenha valido a pena!
sexta-feira, março 18, 2011
Tenho visto volta e meia com muita alegria Eduardo Caldas em Quatro por Quatro no Canal Viva! Tão branquinho e fofinho falando "Animaaaal" (meu segundo bordão que pegou, depois do "É ruim, hein?!". Demais. É engraçado porque esta novela é a única que não tenho em VHS (se bem que todas ja devem estar estragadas, então é quase seguro dizer que eu não tenho nenhuma) e além disso foi bem curtinho pra mim, fiz só os dois últimos meses da novela, que tinha que ser esticada (além de ser um sucesso, a seguinte não tava pronta) e aí tiveram que trazer gente famosa pra dar um up na novela, trazer novidade pro final. Então por causa disso eu não lembro muito bem das coisas, mas foi mó maneiro ver o Alexandre Salcedo, que era produtor e ganhou um papel. Ele mandava bem!
Mas não é disso que vim falar, embora de certa maneira se linke: eu vou ser príncipe de baile de debutante pela primeira (e provavelmente unica) vez! Sim, tem a ver porque todo mundo sabe que atores costumam ser pagos pra isso, mas eu parei com 14 anos, portanto não peguei as melhores partes de ser ator: encher o cu de grana através de bailes de debutante e fazer cenas de beijo e sexo com gostosonas. Só beijei, e selinho, a Luiza Curvo. Not complaining, tho. Quase beijei a Fernanda Rodrigues, mas ela saiu da novela. Vadia. Brincadeira. Vacilo falar palavrão pra terceira idade. Brincadeira de novo. Well, sorta.
Anyways, não vou ser pago, mas minha irmãzinha linda virou mulher e vai fazer 15 anos e pediu pra eu dançar valsa com ela. Ti fofs, não? Vou bonitão pra que todas as amiguinhas delas comentem que o irmão dela é um gato e povoar minhas fantasias de tiozão de meia idade.
Muito legal, minha irmã cresceu muito bem, uma menina inteligente, meiga, adolescente sem ter deixado de ser criança (ainda conserva ingenuidade e malicia na medida certa pra idade, sem se apressar em relação aos anos). Acho fofo como ela é apx pelo Neymar. Já teve sua época Jonas Brothers, curte Bob Marley, toca Beatles no violão... Enfim, muito louco pensar isso. Artur sabe, sempre falei isso pra ele; eu vejo o passar do tempo através dos meus irmãos. Lembro como se fosse ontem meu pai levando a mim, adri e roberta ao McDonalds para contar que a Claudia estava grávida. Por algum motivo doido quando o Carlinhos ia nascer ele também nos levou ao McDonalds. Sim: Dudu e McDonalds, uma história de vida. Era um acontecimento para mim, que sempre fui filho caçula, de repente, com 12 anos, eis que vinha uma garotinha para desbalancear o predomínio e igualar os sexos fraternos. Pensei logo "pqp, a Roberta vai ficar insuportavel". Aí, como eu e meu pai demoramos muito pra acertar os ponteiros nessa vida (isso é assunto pra outro post. Aliás, outros posts, ou sessões de psicanálise), tivemos uma briga por conta de besteiras de nome de bebê (a vida é demais, né? hahaha) e eu demorei quase UM ANO pra conhecer aquela bolinha gorda de cabelo cacheado, bracinho gordo e bochecha adorável. Olhos tão relaxadinhos, claramente filha de baiana. Não foi tempo perdido, pois agora, crescendo ano após ano diante dos meus olhos, só fico com mais vontade de compensar esse tempo e ser um irmão legal. Levei até em um Fluminense x Santos só porque ela é apaixonada pelo Neymar e bem deixei ela torcer pro Santos sem problemas (ela é Flamengo). Isso é o tanto que eu gosto dela. Porque ela tinha todo o direito de ser egoísta, recalcada e outras coisas menos flattering, devido a todo o fuzuê que foi a leucemia do Carlinhos, mas tanto na época quanto agora eu fico de cara com a maturidade com a qual ela encarou, nunca reclamando - mesmo quando tinha todo o direito - sempre estando ali pra família, compreensiva e no final até salvando ele! A vida as vezes tem dessas coisas; muito justas e perfeitamente coerentes. É um anjo da guarda. Enfim, não é a toa que o seu nome rima com "hermana", Hana. Porque você assim o é; de fato. Até o osso. Da medula.
Quase fomos estrangeiros um ao outro, mas você é muito especial pra que isso aconteça, minha querida sister. Um beijo do seu irmão que muito te admira e feliz 15 anos. Aproveite bem ele, como você tem aproveitado cada ano, sem pressa de chegar ao próximo, sem arrependimento e vontade de voltar ao anterior.
Mas não é disso que vim falar, embora de certa maneira se linke: eu vou ser príncipe de baile de debutante pela primeira (e provavelmente unica) vez! Sim, tem a ver porque todo mundo sabe que atores costumam ser pagos pra isso, mas eu parei com 14 anos, portanto não peguei as melhores partes de ser ator: encher o cu de grana através de bailes de debutante e fazer cenas de beijo e sexo com gostosonas. Só beijei, e selinho, a Luiza Curvo. Not complaining, tho. Quase beijei a Fernanda Rodrigues, mas ela saiu da novela. Vadia. Brincadeira. Vacilo falar palavrão pra terceira idade. Brincadeira de novo. Well, sorta.
Anyways, não vou ser pago, mas minha irmãzinha linda virou mulher e vai fazer 15 anos e pediu pra eu dançar valsa com ela. Ti fofs, não? Vou bonitão pra que todas as amiguinhas delas comentem que o irmão dela é um gato e povoar minhas fantasias de tiozão de meia idade.
Muito legal, minha irmã cresceu muito bem, uma menina inteligente, meiga, adolescente sem ter deixado de ser criança (ainda conserva ingenuidade e malicia na medida certa pra idade, sem se apressar em relação aos anos). Acho fofo como ela é apx pelo Neymar. Já teve sua época Jonas Brothers, curte Bob Marley, toca Beatles no violão... Enfim, muito louco pensar isso. Artur sabe, sempre falei isso pra ele; eu vejo o passar do tempo através dos meus irmãos. Lembro como se fosse ontem meu pai levando a mim, adri e roberta ao McDonalds para contar que a Claudia estava grávida. Por algum motivo doido quando o Carlinhos ia nascer ele também nos levou ao McDonalds. Sim: Dudu e McDonalds, uma história de vida. Era um acontecimento para mim, que sempre fui filho caçula, de repente, com 12 anos, eis que vinha uma garotinha para desbalancear o predomínio e igualar os sexos fraternos. Pensei logo "pqp, a Roberta vai ficar insuportavel". Aí, como eu e meu pai demoramos muito pra acertar os ponteiros nessa vida (isso é assunto pra outro post. Aliás, outros posts, ou sessões de psicanálise), tivemos uma briga por conta de besteiras de nome de bebê (a vida é demais, né? hahaha) e eu demorei quase UM ANO pra conhecer aquela bolinha gorda de cabelo cacheado, bracinho gordo e bochecha adorável. Olhos tão relaxadinhos, claramente filha de baiana. Não foi tempo perdido, pois agora, crescendo ano após ano diante dos meus olhos, só fico com mais vontade de compensar esse tempo e ser um irmão legal. Levei até em um Fluminense x Santos só porque ela é apaixonada pelo Neymar e bem deixei ela torcer pro Santos sem problemas (ela é Flamengo). Isso é o tanto que eu gosto dela. Porque ela tinha todo o direito de ser egoísta, recalcada e outras coisas menos flattering, devido a todo o fuzuê que foi a leucemia do Carlinhos, mas tanto na época quanto agora eu fico de cara com a maturidade com a qual ela encarou, nunca reclamando - mesmo quando tinha todo o direito - sempre estando ali pra família, compreensiva e no final até salvando ele! A vida as vezes tem dessas coisas; muito justas e perfeitamente coerentes. É um anjo da guarda. Enfim, não é a toa que o seu nome rima com "hermana", Hana. Porque você assim o é; de fato. Até o osso. Da medula.
Quase fomos estrangeiros um ao outro, mas você é muito especial pra que isso aconteça, minha querida sister. Um beijo do seu irmão que muito te admira e feliz 15 anos. Aproveite bem ele, como você tem aproveitado cada ano, sem pressa de chegar ao próximo, sem arrependimento e vontade de voltar ao anterior.
sexta-feira, março 11, 2011
Lembra quando terremotos não vinham acompanhados de tsunamis e erupção de vulcão e o escambau? Quando terremotos eram por si só catástofres e tal? Agora é tipo vírus. A gente criou anti-corpos suficiente pra se prevenir e aí a natureza malandrona dá um passo à frente e fala "agora segura esse hadouken especial!".
E isso tá acontecendo direto. Outro dia, era madrugada, estava no banheiro e de repente vi uma abelha grandona perto da luz. De repente outra. E outra! E outra! Pqp! Era um enxame de abelhas! Eu, com medo, sai devagar, apaguei a luz e fechei a porta. Na manhã seguinte, nenhum rastro delas. Por que estariam ali? O Ursinho Puff deixou mel no banheiro, wtf? E o que faziam na luz? Não são cupins; abelha não tem atração nenhuma por luz... que eu saiba.
Cheguei a pensar que era a alta hora da noite, que eu estava com a percpeção alterada, mas aí no dia seguinte, novamente no banheiro, vi uma formiga saúva, manja? Daquelas GIGA, com uma bunda tipo escorpião! De repente reparei e tinham mais umas 7! Eu nem matei nenhuma, com medo de motim. Terminei meu xixi e de novo vazei. (Estou em grande fase de rimas mentonímitcas e pleonásticas)
Enfim, hoje, à luz do primeiro parágrafo, vejo claramente que é um dos sinais/pragas do apocalipse. 2012 realmenhte vem aí e a "mãe natureza" ("mamãe é de morte", só se for) resolveu me dar um heads up, por nunca ter maltratado-a soltando fumaça, apenas gases gástricos não poluentes no meio ambiente.
CORRÃO!
E isso tá acontecendo direto. Outro dia, era madrugada, estava no banheiro e de repente vi uma abelha grandona perto da luz. De repente outra. E outra! E outra! Pqp! Era um enxame de abelhas! Eu, com medo, sai devagar, apaguei a luz e fechei a porta. Na manhã seguinte, nenhum rastro delas. Por que estariam ali? O Ursinho Puff deixou mel no banheiro, wtf? E o que faziam na luz? Não são cupins; abelha não tem atração nenhuma por luz... que eu saiba.
Cheguei a pensar que era a alta hora da noite, que eu estava com a percpeção alterada, mas aí no dia seguinte, novamente no banheiro, vi uma formiga saúva, manja? Daquelas GIGA, com uma bunda tipo escorpião! De repente reparei e tinham mais umas 7! Eu nem matei nenhuma, com medo de motim. Terminei meu xixi e de novo vazei. (Estou em grande fase de rimas mentonímitcas e pleonásticas)
Enfim, hoje, à luz do primeiro parágrafo, vejo claramente que é um dos sinais/pragas do apocalipse. 2012 realmenhte vem aí e a "mãe natureza" ("mamãe é de morte", só se for) resolveu me dar um heads up, por nunca ter maltratado-a soltando fumaça, apenas gases gástricos não poluentes no meio ambiente.
CORRÃO!
segunda-feira, março 07, 2011
Comprar uma máquina de cortar cabelo foi uma ótima idéia.
No campo da barba vai me ajudar bastante, porque é um saco fazê-la. Agora dá pra deixar sempre num tamanho aceitável e, quando precisar, completo com a gilete. E no campo do cabelo, me trouxe uma diversão. Mas não é tão facil como parece; só ganhei ainda mais respeito pelo ofício cabeleirístico. Mesmo eu sendo muito observador/curioso, eu não sabia como começar (ou terminar o corte), então penseii: cara, o corpo sabe o que faz. O corpo é a máquina mais perfeita do mundo. Então simplesmente coloquei uma música e meio que deixei ela cortar meu cabelo. A música crescia no refrão? A máquina deslizava mais radicalmente. A ponte trazia uma progressão diferente? Trocava o pente da máquina.
O primeiro corte que saiu, de uma playlist de Gangsta Rap, curiosamente foi uma coisa meio asadelta/anos90. Cortei apenas ao redor da orelha pra baixo. Ficou muito legal e se eu tivesse deixado - trend setter como sou - voltaria a ser moda. Aí dois dias depois, resolvi cortar mais. Botei Kanye West e saiu algo meio moicano. Mas foi muito difícil essa, porque é foda segurar o espelho atrás e cortar ao mesmo tempo. Isso durou apenas metade do dia, de noite igualei tudo, porque atrás tava muito maior. Até ia deixar assim, mas resolvi tirar logo e foda-se. It was a slow night.
Da próxima vez vou colocar Andrew WK e ver o que acontece!
No campo da barba vai me ajudar bastante, porque é um saco fazê-la. Agora dá pra deixar sempre num tamanho aceitável e, quando precisar, completo com a gilete. E no campo do cabelo, me trouxe uma diversão. Mas não é tão facil como parece; só ganhei ainda mais respeito pelo ofício cabeleirístico. Mesmo eu sendo muito observador/curioso, eu não sabia como começar (ou terminar o corte), então penseii: cara, o corpo sabe o que faz. O corpo é a máquina mais perfeita do mundo. Então simplesmente coloquei uma música e meio que deixei ela cortar meu cabelo. A música crescia no refrão? A máquina deslizava mais radicalmente. A ponte trazia uma progressão diferente? Trocava o pente da máquina.
O primeiro corte que saiu, de uma playlist de Gangsta Rap, curiosamente foi uma coisa meio asadelta/anos90. Cortei apenas ao redor da orelha pra baixo. Ficou muito legal e se eu tivesse deixado - trend setter como sou - voltaria a ser moda. Aí dois dias depois, resolvi cortar mais. Botei Kanye West e saiu algo meio moicano. Mas foi muito difícil essa, porque é foda segurar o espelho atrás e cortar ao mesmo tempo. Isso durou apenas metade do dia, de noite igualei tudo, porque atrás tava muito maior. Até ia deixar assim, mas resolvi tirar logo e foda-se. It was a slow night.
Da próxima vez vou colocar Andrew WK e ver o que acontece!
sexta-feira, março 04, 2011
Sim, eu mudei o template do blog depois de 9 anos. Por mim ficava daquele jeito pra sempre, mas como a vida tem me mostrado; ela não pára, tá sempre em transformação. Então não adiantava eu querer, porque o blogger obrigou a arquivar (eu guardava todos os 450 posts na página principal, lembra?). Com isso, ficou feião ali do lado aquela porrada de link de arquivo. Então melhor mudar logo, não adianta ficar insistindo no que não dá mais, né? E como somos adaptáveis, to até curtindo. Mas agora, porque foi meio chato.
Os templates novos do blogger eram feios; eu queria algo que simbolizasse que o artur cresceu, tem 9 anos, mas sem ser idoso como esse template aqui.. Pedi ajuda pro Tinoco, imprestável que queria minha senha, provavelmente pra escrever "eu sou gay e amo o tinoco" e a kiri até se dispôs a me ajudar, mas foi outra inútil =P
Aí pensei, sobre o que o artur fala nesse tempo? E resolvi fazer essa arte nessa estética desenho, que eu curto e é muito influenciada pelo fato de que o novo disco do R.E.M. vem aí e o último disco tem um look meio canetinha assim. Divirtam-se achando as coisas que eu falo aí, mas é bem óbvio: política, futebol, música, tv, espiritualidade e por aí vai... Não sei se tá muito easy on the eyes, mas...
Os pontos legais é que (1) dá pra quantificar agora o número de posts por ano; o que foi uma surpresa! ostei bem mais do que eu imaginava em 2009! 2007 que foi o mais devagar, o que diz muita coisa, pois foi possivelmente o melhor ano da minha vida. Em compensação, pqp, perdi a linha em 2003. (2) o campo de texto faz parecer que eu escrevo bem menos do que escrevo. No artur antigo ficava uns posts monstros. O meu post preferido de todos os tempos, por exemplo, era giga e aqui nem fica. Se bem que isso é ruim por outro lado, porque vai me fazer falar mais agora. (3) curti esse lance de caixinhas pra marcar sua reação. Vou mudar de vez em quando de acordo com o post, então, cuidado malandrão, que você pode marcar "pqp que idiota" e mais pra frente parecer que você marcou "gosto de pintar as unhas, isso me faz boiola?"!
E: não, não vai ter comentário.
Não aprendeu nada em 9 anos de blog, fera?
(negritos estão mantidos, contudo)
Os templates novos do blogger eram feios; eu queria algo que simbolizasse que o artur cresceu, tem 9 anos, mas sem ser idoso como esse template aqui.. Pedi ajuda pro Tinoco, imprestável que queria minha senha, provavelmente pra escrever "eu sou gay e amo o tinoco" e a kiri até se dispôs a me ajudar, mas foi outra inútil =P
Aí pensei, sobre o que o artur fala nesse tempo? E resolvi fazer essa arte nessa estética desenho, que eu curto e é muito influenciada pelo fato de que o novo disco do R.E.M. vem aí e o último disco tem um look meio canetinha assim. Divirtam-se achando as coisas que eu falo aí, mas é bem óbvio: política, futebol, música, tv, espiritualidade e por aí vai... Não sei se tá muito easy on the eyes, mas...
Os pontos legais é que (1) dá pra quantificar agora o número de posts por ano; o que foi uma surpresa! ostei bem mais do que eu imaginava em 2009! 2007 que foi o mais devagar, o que diz muita coisa, pois foi possivelmente o melhor ano da minha vida. Em compensação, pqp, perdi a linha em 2003. (2) o campo de texto faz parecer que eu escrevo bem menos do que escrevo. No artur antigo ficava uns posts monstros. O meu post preferido de todos os tempos, por exemplo, era giga e aqui nem fica. Se bem que isso é ruim por outro lado, porque vai me fazer falar mais agora. (3) curti esse lance de caixinhas pra marcar sua reação. Vou mudar de vez em quando de acordo com o post, então, cuidado malandrão, que você pode marcar "pqp que idiota" e mais pra frente parecer que você marcou "gosto de pintar as unhas, isso me faz boiola?"!
E: não, não vai ter comentário.
Não aprendeu nada em 9 anos de blog, fera?
(negritos estão mantidos, contudo)
quinta-feira, março 03, 2011
De volta na revolta.
Amigo, se você fosse eu ia pedir escolta
só pra ter alguém do seu lado.
mas essse barco partiu
e pelo jeito pra puta que o pariu.
eu lutava, inconformado,
um romântico retardado.
"viva o outro, o grupo, o par"
fique bolado, me chame de amargo,
mas adianta lutar?
você tá sozinho nesse mundo;
vai dar mole pra vagabundo?
o quanto antes aprender
que pra viver é cada um por si, salve-se quem puder
venha o que vier, melhor.
tu vai morrer sozinho
pra que dividir com alguém o caminho?
é todo mundo contra você, todo mundo quer te fuder.
"O dudu é tão bonzinho", "jovem", "ninguém não gosta dele, ele é tão legal"
na moral?
É carnaval; enfia a rima no seu cu e chupa o meu pau!
the king is back. where my crown at? all you motherfuckers kneel down and kiss the motherfucking ring.
Amigo, se você fosse eu ia pedir escolta
só pra ter alguém do seu lado.
mas essse barco partiu
e pelo jeito pra puta que o pariu.
eu lutava, inconformado,
um romântico retardado.
"viva o outro, o grupo, o par"
fique bolado, me chame de amargo,
mas adianta lutar?
você tá sozinho nesse mundo;
vai dar mole pra vagabundo?
o quanto antes aprender
que pra viver é cada um por si, salve-se quem puder
venha o que vier, melhor.
tu vai morrer sozinho
pra que dividir com alguém o caminho?
é todo mundo contra você, todo mundo quer te fuder.
"O dudu é tão bonzinho", "jovem", "ninguém não gosta dele, ele é tão legal"
na moral?
É carnaval; enfia a rima no seu cu e chupa o meu pau!
the king is back. where my crown at? all you motherfuckers kneel down and kiss the motherfucking ring.
sexta-feira, dezembro 31, 2010
Eu deveria vir aqui agora e falar sobre tudo que aconteceu comigo em 2010, falar como o ano foi difícil, o que eu lamentei e o que aprendi, os erros e acertos, as felicidades... mas nem isso 2010 merece de mim. Que acabe logo, não deixará saudades.
quinta-feira, dezembro 30, 2010
Só pra constar: venci a superstição (ou ela se confirmou?) e o Fluminense foi o Campeão Brasileiro de 2010. Aliás, o Fluminense foi campeão pra caralho. Muito campeão.
Impressionante como o Fluminense de uns anos pra cá virou algo que eu nunca pensei que ele seria: time copeiro, time de guerreiros raçudo (sem perder a ternura) e mesmo assim ainda levou um campeonato de pontos corridos.
Botou o pau na mesa legal, porque o tempo todo estavam fazendo força para que o Corinthians ganhasse o campeonato e, na legalidade, na força de vontade e retidão, contra tudo e contra todos, CBF, mídia, minha tv quebrada: campeões! Um tapa de luva de pelica em todos os desinformados/oportunistas que insistem em perpetuar um rótulo de "Flu anti-ético", quando os episódios a ele atribuídos são todos relacionados a times comprovadamente sujos (Corinthians, Atlético-PR...), mas passam em branco, pois é mais legal chutar a Geni, que nunca chutava de volta.
Mas adivinha só! Anos dessa passividade nossa e da pro-atividade vossa criaram um monstro e 10 anos depois do nosso resultado esportivo mais baixo, o verdadeiro gigante do futebol brasileiro está renascendo mais forte em todos os seus quesitos. Torcida? A melhor. Política? Renovada, espírito de torcida, foco no profissionalismo e defesa institucional. O time? 2009-2010 está aí para, tomara, ditar a tendência desta próxima década.
Como diria Dr. Dre: I stay close to the heat, and even when I was close to defeat, I rose to my feet. Se tem um time capaz de ir tão baixo e mesmo assim voltar ao topo, esse time é o primeiro grande time do futebol brasileiro, o articulador do futebol do jeito que conhecemos, aquele que nunca passará: o Fluminense Football Club.
Campeão pra caralho.
Impressionante como o Fluminense de uns anos pra cá virou algo que eu nunca pensei que ele seria: time copeiro, time de guerreiros raçudo (sem perder a ternura) e mesmo assim ainda levou um campeonato de pontos corridos.
Botou o pau na mesa legal, porque o tempo todo estavam fazendo força para que o Corinthians ganhasse o campeonato e, na legalidade, na força de vontade e retidão, contra tudo e contra todos, CBF, mídia, minha tv quebrada: campeões! Um tapa de luva de pelica em todos os desinformados/oportunistas que insistem em perpetuar um rótulo de "Flu anti-ético", quando os episódios a ele atribuídos são todos relacionados a times comprovadamente sujos (Corinthians, Atlético-PR...), mas passam em branco, pois é mais legal chutar a Geni, que nunca chutava de volta.
Mas adivinha só! Anos dessa passividade nossa e da pro-atividade vossa criaram um monstro e 10 anos depois do nosso resultado esportivo mais baixo, o verdadeiro gigante do futebol brasileiro está renascendo mais forte em todos os seus quesitos. Torcida? A melhor. Política? Renovada, espírito de torcida, foco no profissionalismo e defesa institucional. O time? 2009-2010 está aí para, tomara, ditar a tendência desta próxima década.
Como diria Dr. Dre: I stay close to the heat, and even when I was close to defeat, I rose to my feet. Se tem um time capaz de ir tão baixo e mesmo assim voltar ao topo, esse time é o primeiro grande time do futebol brasileiro, o articulador do futebol do jeito que conhecemos, aquele que nunca passará: o Fluminense Football Club.
Campeão pra caralho.
sexta-feira, novembro 12, 2010
Oi, Artur. Hora de ser patético, porém sincero.
Estou num momento muito complicado da vida e, como num rio de problemas em dia de tromba d'água, eis que surge um super dilema. Minha TV aparentemente escangalhou. Vale consertá-la? Não seria a época de passar para o novo milênio e esquecer esta que tinha garantia "até a Copa de 1998"? Provavelmente. Todavia, não obstante o problema financeiro que isso acarreta (por mais que os preços declinem dia-a-dia face a lei da oferta e da procura), tenho um problemão que cobre a parte supracitada do patético-sincero.
Tal aquela garota na qual você não quer admitir que está gamado, eu sempre lutei internamente com a noção de superstição. Ora desdenhava, ora venerava. Exemplo, tenho uma cueca que finaliza coisas. Ela é o Minotauro das cuecas. Namoro, parceria, onda de sorte; quando a uso as coisas simplesmente acabam. Aí eu tentava usar isso ao meu favor, num dia que enfrentaria algo específico e queria que terminasse. Enfim, deu pra entender minha relação com superstição, né? A moral da história é que geralmente não acredito, mas pero que hay, hay.
E aí, chegamos a antes de ontem, quando minha televisão pifou. Faltam quatro rodadas para o término do Campeonato Brasileiro e o meu time, Fluminense, está liderando em uma disputa muito acirrada, onde o erro zero é necessário para ser campeão. Eu tenho 26 anos e nunca, repito, nunca, estive nessa posição. Faltam 2 jogos para serem televisionados e fico com cagaço de comprar uma nova e foder a parada. Eu poderia esperar o fim do champ, mas e aí? Onde assisto os dois jogos restantes? Se assistir em outra TV não vai dar merda também? se não assistir, também não vai sair da normalidade das coisas? Lembro que, desprezando a superstição, troquei a direção da minha cama na primeira final contra o Paulista na Copa do Brasil de 2005. Foi o primeiro jogo que perdemos e no jogo de volta não conseguimos reverter e perdemos o título. Tem uns que dizem que a culpa do resultado é minha, que se deixasse a cama em paz não aconteceria nada. Encaro como brincadeira, mas não quero correr nenhum risco agora, onde pela primeira vez na minha vida o meu time tem chance concreta de ser tri-campeão brasileiro a quatro rodadas do fim e, puta que pariu, eu e o Fluminense merecemos muito!
É isso. Morrerei?
Estou num momento muito complicado da vida e, como num rio de problemas em dia de tromba d'água, eis que surge um super dilema. Minha TV aparentemente escangalhou. Vale consertá-la? Não seria a época de passar para o novo milênio e esquecer esta que tinha garantia "até a Copa de 1998"? Provavelmente. Todavia, não obstante o problema financeiro que isso acarreta (por mais que os preços declinem dia-a-dia face a lei da oferta e da procura), tenho um problemão que cobre a parte supracitada do patético-sincero.
Tal aquela garota na qual você não quer admitir que está gamado, eu sempre lutei internamente com a noção de superstição. Ora desdenhava, ora venerava. Exemplo, tenho uma cueca que finaliza coisas. Ela é o Minotauro das cuecas. Namoro, parceria, onda de sorte; quando a uso as coisas simplesmente acabam. Aí eu tentava usar isso ao meu favor, num dia que enfrentaria algo específico e queria que terminasse. Enfim, deu pra entender minha relação com superstição, né? A moral da história é que geralmente não acredito, mas pero que hay, hay.
E aí, chegamos a antes de ontem, quando minha televisão pifou. Faltam quatro rodadas para o término do Campeonato Brasileiro e o meu time, Fluminense, está liderando em uma disputa muito acirrada, onde o erro zero é necessário para ser campeão. Eu tenho 26 anos e nunca, repito, nunca, estive nessa posição. Faltam 2 jogos para serem televisionados e fico com cagaço de comprar uma nova e foder a parada. Eu poderia esperar o fim do champ, mas e aí? Onde assisto os dois jogos restantes? Se assistir em outra TV não vai dar merda também? se não assistir, também não vai sair da normalidade das coisas? Lembro que, desprezando a superstição, troquei a direção da minha cama na primeira final contra o Paulista na Copa do Brasil de 2005. Foi o primeiro jogo que perdemos e no jogo de volta não conseguimos reverter e perdemos o título. Tem uns que dizem que a culpa do resultado é minha, que se deixasse a cama em paz não aconteceria nada. Encaro como brincadeira, mas não quero correr nenhum risco agora, onde pela primeira vez na minha vida o meu time tem chance concreta de ser tri-campeão brasileiro a quatro rodadas do fim e, puta que pariu, eu e o Fluminense merecemos muito!
É isso. Morrerei?
quinta-feira, setembro 16, 2010
As microfonias/feedbacks mais sublimes do roque:
15- R.E.M. - Country Feedback (dur)
14- Beatles - I feel fine
13- R.E.M. - It's the end of the world as we know it (and I feel fine)
12- Nirvana - Radio Friendly Unit Shifter
11- Los Hermanos - Casa Pré-Fabricada
10- R.E.M. - New Test Lepper
9- Red Hot Chili Peppers - Emit Remmus
8- Smashing Pumpkins - Drown
7- R.E.M. - The Flowers of Guatemala
6- Rage Against the Machine - Sleep now in the fire
5- R.E.M. - Airportman (sim, os caras são bons de microfonia)
4- The Invisibles - Sugar High
3- Smashing Pumpkins - Mayonaise
2- R.E.M. - New Orleans Instrumental no1
1- Nirvana - The Man who sold the world (acustico)
15- R.E.M. - Country Feedback (dur)
14- Beatles - I feel fine
13- R.E.M. - It's the end of the world as we know it (and I feel fine)
12- Nirvana - Radio Friendly Unit Shifter
11- Los Hermanos - Casa Pré-Fabricada
10- R.E.M. - New Test Lepper
9- Red Hot Chili Peppers - Emit Remmus
8- Smashing Pumpkins - Drown
7- R.E.M. - The Flowers of Guatemala
6- Rage Against the Machine - Sleep now in the fire
5- R.E.M. - Airportman (sim, os caras são bons de microfonia)
4- The Invisibles - Sugar High
3- Smashing Pumpkins - Mayonaise
2- R.E.M. - New Orleans Instrumental no1
1- Nirvana - The Man who sold the world (acustico)
domingo, setembro 12, 2010
This is my first ever all english post because I wanna speak stuff from the heart. For some reason in my life everytime I'm talking something serious I switch to english mode. Don't know why, guess I feel ridiculous being honest sometimes and the "not my language" feel makes it feel more of a joke, makes it more legit to be so serious.
I love The Wire just like the next guy, but it's really tiresome how life is nothing but a game. You act different from what you feel in order to get what you want. And why do you wanna be honest anyway? What do you get from that? Relief? How long will that last? How long will you hang to that? Pain is coming in a minute and this time ethic's is just bullshit: you're so busy always resenting the past and/or worried planning the future; you just can't enjoy the moment and live in the present!
To make things worse life just has a way to cock-tease you. From the simplest of the things to the more complex: you never win, but you're allowed and encouraged to take a whiff at the glory. Which is stupid 'cos there's no reward at the end, no trophy, no prize; in this game you play so you don't get played. Nothing besides that. So, why the fuck everything is just Oh so complicated?! Isn't it a game? Where's the timeout? There should be rules, breaks, referees, but it's just clutch time after clutch time, sudden death as a rule, "hail mary" as M.O. The gods will not save you. There's no crowd. You're on your own and that should be inspiring for some reason.
But then again, the queen of spades appeared to me again. Is it a glitch in the Matrix or am I being given another chance? Am I gonna freak over it or fuck over it? And then... nothing happens. See what I'm saying? What's the point? If it ain't no masterplan, why the cock-tease?
On Zazá my character, Jonas, spent the entire novela eavesdropping behind the counter/window/door/everywhere the villain's plans and schemes. At the end of every scene, there I was nodding my head scared, acknowledging his villainess. I used to think "Well, ok. At the end of the novela, I will probably figure everything out and reveal the villain's big plans, bring it to the police or something". But the novela ended as badly as it started (It was probably the worst one I've done) and that whole plot just got completely forgotten. The villain was unmasked and arrested, but it had nothing to do with it; the eavesdropping was just eavesdropping. It served nothing.
Guess my name is Jonas.
I love The Wire just like the next guy, but it's really tiresome how life is nothing but a game. You act different from what you feel in order to get what you want. And why do you wanna be honest anyway? What do you get from that? Relief? How long will that last? How long will you hang to that? Pain is coming in a minute and this time ethic's is just bullshit: you're so busy always resenting the past and/or worried planning the future; you just can't enjoy the moment and live in the present!
To make things worse life just has a way to cock-tease you. From the simplest of the things to the more complex: you never win, but you're allowed and encouraged to take a whiff at the glory. Which is stupid 'cos there's no reward at the end, no trophy, no prize; in this game you play so you don't get played. Nothing besides that. So, why the fuck everything is just Oh so complicated?! Isn't it a game? Where's the timeout? There should be rules, breaks, referees, but it's just clutch time after clutch time, sudden death as a rule, "hail mary" as M.O. The gods will not save you. There's no crowd. You're on your own and that should be inspiring for some reason.
But then again, the queen of spades appeared to me again. Is it a glitch in the Matrix or am I being given another chance? Am I gonna freak over it or fuck over it? And then... nothing happens. See what I'm saying? What's the point? If it ain't no masterplan, why the cock-tease?
On Zazá my character, Jonas, spent the entire novela eavesdropping behind the counter/window/door/everywhere the villain's plans and schemes. At the end of every scene, there I was nodding my head scared, acknowledging his villainess. I used to think "Well, ok. At the end of the novela, I will probably figure everything out and reveal the villain's big plans, bring it to the police or something". But the novela ended as badly as it started (It was probably the worst one I've done) and that whole plot just got completely forgotten. The villain was unmasked and arrested, but it had nothing to do with it; the eavesdropping was just eavesdropping. It served nothing.
Guess my name is Jonas.
sábado, julho 17, 2010
Lembra quando eu e o Belga regulávamos o preço dos churros no Rio de Janeiro? (Ver algum momento de 2002)
Ontem, no Centro, enquanto eu brincava de ir e voltar em 3 prédios diferentes para retirar meu carro do depósito de reboque, resolvi fazer algo que sempre curto fazer quando vou ao centro: comprar amendoim doce. Tem um cara que os vende aqui na esquina da minha casa, mas sei lá, os do centro parecem ser mais gostosos.
Como há muito não comprava, me surpreendi, pois o preço que antigamente era 1-R$0,50 e 3-R$1,00, passou a ser 1-R$0,50, 3-R$1,00 e 7-R$2,00.
Poderia até falar que o preço não mudou e sim que foi criada uma categoria acima, mas po, achei muito maneiro, pois o humano geralmente valoriza as coisas de cima para baixo, então representou um crescimento de dobro+1 num aumento de apenas 1 real. Uma inteligente jogada, que vai estimular o consumo e provavelmente tomar fatia de mercado dos churros.
No aguardo da retaliação da Associação de Churros.
Ontem, no Centro, enquanto eu brincava de ir e voltar em 3 prédios diferentes para retirar meu carro do depósito de reboque, resolvi fazer algo que sempre curto fazer quando vou ao centro: comprar amendoim doce. Tem um cara que os vende aqui na esquina da minha casa, mas sei lá, os do centro parecem ser mais gostosos.
Como há muito não comprava, me surpreendi, pois o preço que antigamente era 1-R$0,50 e 3-R$1,00, passou a ser 1-R$0,50, 3-R$1,00 e 7-R$2,00.
Poderia até falar que o preço não mudou e sim que foi criada uma categoria acima, mas po, achei muito maneiro, pois o humano geralmente valoriza as coisas de cima para baixo, então representou um crescimento de dobro+1 num aumento de apenas 1 real. Uma inteligente jogada, que vai estimular o consumo e provavelmente tomar fatia de mercado dos churros.
No aguardo da retaliação da Associação de Churros.
quinta-feira, julho 08, 2010
Outro dia na porta do vizinho tinha uma Época que dizia que agora era oficial: cientistas descobriram a célula não sei o que lá e todo mundo vai viver mais de 100 anos mole, mole. Aí contextualizei com as coisas que vejo e vivo e fiquei pensando o quão curioso é o fato: Nunca tivemos uma vida tão longa quanto a que temos hoje. Nunca tivemos tanta pressa em fazer tantas coisas como hoje em dia.
Não conseguimos parar quietos e aproveitar as coisas. Saborea-las. Talvez porque essa "liberdade" que a longevidade traz vira uma desculpa para a nossa dificuldade em se apegar à coisas e pessoas e também a nossa incapacidade de fazer compromissos. É um ótimo álibi: o mundo é grande, tenho que vê-lo. Turns out que o mundo é uma bosta, não tem muito pra se ver.
Quanto mais tempo temos, mais vontade de fazê-lo passar temos.
Como pode isso, Arnaldo?
Não conseguimos parar quietos e aproveitar as coisas. Saborea-las. Talvez porque essa "liberdade" que a longevidade traz vira uma desculpa para a nossa dificuldade em se apegar à coisas e pessoas e também a nossa incapacidade de fazer compromissos. É um ótimo álibi: o mundo é grande, tenho que vê-lo. Turns out que o mundo é uma bosta, não tem muito pra se ver.
Quanto mais tempo temos, mais vontade de fazê-lo passar temos.
Como pode isso, Arnaldo?
quinta-feira, julho 01, 2010
Quem já lê isso aqui há um tempo sabe da minha relação com o McDonalds, um lugar que insiste em me maltratar com serviço e produtos ruins. Mesmo que por algum motivo bizarro onde todas as namoradas que arrumei na minha vida eram fãs do Donaldo, eu sempre evitei comer lá. Ir no McDonalds era sempre um intuito de agradar as patroas em primeira instância e ocasionalmente ganhar um presentinho maneiro do McLanche Feliz para o meu (então) futuro escritório. Isto é, exceto de 4 em 4 anos, quando há Copa do Mundo e a rede de fast food traz os famoso sanduíches da copa.
Desde 2002 eu faço a resenha detalhada de tais sandubas e, claro, não fugi à luta este ano. Os “favoritos”, como foram chamados esse ano – haha EUA favorito, yeah, right – eram: Espanha, Argentina, Brasil, França, Eua, Italia e Alemanha. Esse ano não vai ser detalhado um a um. Vou fazer mais en pasant, ok?
Talvez fazendo um paralelo à tendência do jogo de futebol hoje em dia – de novo: yeah, right – não havia uma estrela super destacada este ano; a força estava no conjunto. O conjunto foi bem honesto, um time entrosado, sem brilho, mas que pode ser campeão a La Dunga por não pecar pelo excesso de novidade nem de repetição. Pra ser mais específico, acho que podemos desenhar o “range” deste cardápio com Mc Espanha numa ponta, Mc Eua na outra e todos os outros no meio. O primeiro é o excesso de novidade. What were they thinking?! Filé de merluzo empanado com molho de alcaparra?!?! Não tem gosto de sanduíche e o gosto que tem é muito... ruim.
Complicaram demais, ou era home run ou era garbage. Foi garbage. E o McEua é o excesso de de repetição. Sério, o McDonalds tem uma visão estereotipada de sua pátria-mãe (ou então são bem humildes quanto à sua...”simplicidade”). Todo McEua até hoje foi mais ou menos a mesma coisa: uma variação de hamburger monstro ou rib com molho barbecue (sempre!) e de vez em quando uma folha pra dizer que não são muito bagaceiros. Sinceramente, nem me dei ao trabalho de comer este. Sempre tem um que deixo de fora, né?
Os do meio são notas complementares, sandubas seguros, nada muito invencionice, tampouco mais do mesmo, de maneira que aí fica do gosto de cada um. Li por exemplo o Gregorio Duvivier dizer que o Mc Italia era show d ebola. Tendo a acreditar que era só para fins da piada que vinha junto com o twit dele, porque achei o sanduba bem fraco. Preferia morrer comendo-o do que o McEspanha, sem dúvida!, mas é que não tem gosto de sanduíche também. É um polpetone entre dois pães. Isso não é o suficiente para chamar de sanduíche. O McItalia de 2002 continua sendo o melhor McItalia da história. No duelo Brasil x Argentina, deu Argentina. Mas hold on galera da modinha “viva Argentina, fuck Brasil-Dunga”! O Mc Brasil é o melhor da série até hoje. Tudo bem, a concorrência não era forte...lembremos que o primeiro McBrasil era de hamburger de calabresa!!! De qualquer forma o desta edição era um sanduíche de pernil... achei interessante o conceito, pois remete aos sandubas de pernil servidos em estádios brasileiros. Legal! Na primeira mordida pensei “uau, é bom”. Na quarta já estava meio enjoativo e nisso perdeu pro Argentino, que traz o gostinho de churrasco bom o tempo todo. O McBrasil, no entanto, parece mais de verdade. Acho que era só equalizar o molho (tem um toque meio rose) melhor afim de deixá-lo menos enjoativo.
O McFrança continua a ser o melhor. Eles podem alternar boas e más atuações no campo, mas no McDonalds são sempre campeões. Um que sempre tem crescido, com um conjunto sempre forte é o McAlemanha. Este ano eles repetiram o salsichão (bola dentro!) e só mudaram o queijo e a salada. Um sanduíche muito forte, elegante e merecedor de ficar fixo no cardápio. Só perdeu no desempate porque...você que leu os outros anos sabe porque... PÃO BOLA!!!
Vamos falar sobre isso: McDonalds, a grande graça disso tudo é o pão bola, bolas! Este ano, RIDICULO, só tinha UM sanduíche de pão bola!! Por algum motivo inexplicável a maioria era o pão do supreme. Por que? O que tem a ver com a copa?! Pare! Queremos pão bola! Futebol!
Em tempo, não vou falar de preço, o quanto valia etc. porque hoje em dia os preços do McDonalds são absurdos e não fazem o menor sentido. Então é isso.
Até daqui a 4 anos!
Desde 2002 eu faço a resenha detalhada de tais sandubas e, claro, não fugi à luta este ano. Os “favoritos”, como foram chamados esse ano – haha EUA favorito, yeah, right – eram: Espanha, Argentina, Brasil, França, Eua, Italia e Alemanha. Esse ano não vai ser detalhado um a um. Vou fazer mais en pasant, ok?
Talvez fazendo um paralelo à tendência do jogo de futebol hoje em dia – de novo: yeah, right – não havia uma estrela super destacada este ano; a força estava no conjunto. O conjunto foi bem honesto, um time entrosado, sem brilho, mas que pode ser campeão a La Dunga por não pecar pelo excesso de novidade nem de repetição. Pra ser mais específico, acho que podemos desenhar o “range” deste cardápio com Mc Espanha numa ponta, Mc Eua na outra e todos os outros no meio. O primeiro é o excesso de novidade. What were they thinking?! Filé de merluzo empanado com molho de alcaparra?!?! Não tem gosto de sanduíche e o gosto que tem é muito... ruim.
Complicaram demais, ou era home run ou era garbage. Foi garbage. E o McEua é o excesso de de repetição. Sério, o McDonalds tem uma visão estereotipada de sua pátria-mãe (ou então são bem humildes quanto à sua...”simplicidade”). Todo McEua até hoje foi mais ou menos a mesma coisa: uma variação de hamburger monstro ou rib com molho barbecue (sempre!) e de vez em quando uma folha pra dizer que não são muito bagaceiros. Sinceramente, nem me dei ao trabalho de comer este. Sempre tem um que deixo de fora, né?
Os do meio são notas complementares, sandubas seguros, nada muito invencionice, tampouco mais do mesmo, de maneira que aí fica do gosto de cada um. Li por exemplo o Gregorio Duvivier dizer que o Mc Italia era show d ebola. Tendo a acreditar que era só para fins da piada que vinha junto com o twit dele, porque achei o sanduba bem fraco. Preferia morrer comendo-o do que o McEspanha, sem dúvida!, mas é que não tem gosto de sanduíche também. É um polpetone entre dois pães. Isso não é o suficiente para chamar de sanduíche. O McItalia de 2002 continua sendo o melhor McItalia da história. No duelo Brasil x Argentina, deu Argentina. Mas hold on galera da modinha “viva Argentina, fuck Brasil-Dunga”! O Mc Brasil é o melhor da série até hoje. Tudo bem, a concorrência não era forte...lembremos que o primeiro McBrasil era de hamburger de calabresa!!! De qualquer forma o desta edição era um sanduíche de pernil... achei interessante o conceito, pois remete aos sandubas de pernil servidos em estádios brasileiros. Legal! Na primeira mordida pensei “uau, é bom”. Na quarta já estava meio enjoativo e nisso perdeu pro Argentino, que traz o gostinho de churrasco bom o tempo todo. O McBrasil, no entanto, parece mais de verdade. Acho que era só equalizar o molho (tem um toque meio rose) melhor afim de deixá-lo menos enjoativo.
O McFrança continua a ser o melhor. Eles podem alternar boas e más atuações no campo, mas no McDonalds são sempre campeões. Um que sempre tem crescido, com um conjunto sempre forte é o McAlemanha. Este ano eles repetiram o salsichão (bola dentro!) e só mudaram o queijo e a salada. Um sanduíche muito forte, elegante e merecedor de ficar fixo no cardápio. Só perdeu no desempate porque...você que leu os outros anos sabe porque... PÃO BOLA!!!
Vamos falar sobre isso: McDonalds, a grande graça disso tudo é o pão bola, bolas! Este ano, RIDICULO, só tinha UM sanduíche de pão bola!! Por algum motivo inexplicável a maioria era o pão do supreme. Por que? O que tem a ver com a copa?! Pare! Queremos pão bola! Futebol!
Em tempo, não vou falar de preço, o quanto valia etc. porque hoje em dia os preços do McDonalds são absurdos e não fazem o menor sentido. Então é isso.
Até daqui a 4 anos!
sexta-feira, junho 25, 2010
Ufa. Consegui, o arquivo tá aí.
Ainda não tá o ideal (will work on it), mas era o presente que eu tinha que dar pra você, né Artur?
Feliz 8 anos! (É só mes que vem, mas sabe como é, vou acabar me esquecendo, então cá estou)
Obrigado por ser meu melhor amigo. Foda-se que é muito loser dizer isso, mas sou mesmo muito egoísta e me amo muito seriamente, então você, como manifestação do meu pensar e sentir é, invariavelmente, a representação da pessoa com quem mais tenho afinidade; meu melhor amigo. Aquele que no final das contas - e provou-se time and again, enquanto mil blogs, modas e pessoas iam e viam - sempre estará aqui; nunca me abandonará. E isso diz bastante sobre tudo, não? Pro nosso benefício ou não. Valeu, Fera!
domingo, maio 09, 2010
Caralhooooooooo
Fui entrar de bobeira aqui e procurar se eu tinha escrito uma parada aqui há muito tempo atrás ou era viagem minha e aí fui procurar e só ia até 2006!!!
O blogger comeu meu arquivo!!!!! Filho da puta!
Estou desesperado, é como se tivesse cortado as pernas do meu arturzinho e tenho tanto orgulho de suas pernas. Sempre que se fala sobre blog e como eles tão acabados eu tiro mó onda indie e falo que mantenho um desde 2002. Tava ontem pensando que já já o Artur faz 10 anos e daqui a pouco ele sai de casa e vai morar sozinho! E po, fico sempre me dando tapinha nas costas por manter isso aqui sem comentario, sem chamar amigos pra lerem. Ele me é suficiente pelo que ele é. Não merece esse fim. Que sacanagem; meu post preferido (a história de quando Abraão subiu a montanha pra matar seu irmão e assim surgiu a pegadinha) sumiu.
Entrei no painel de gerenciamento e os 411 posts ainda estão lá. Só não aparecem na pagina principal. Aí ativei o arquivamento - algo que nunca o fiz e com certeza foi o que ocasionou isso; sempre colocava pra ter na pagina 1000 posts. Gosto de poder puxar até o primeiro post quando necessario, mas imagino que devia estar virando um hassle para o blogger manter uma pagina tao longa.
Enfim...foda-se eles. Vou dar um jeito de recuperar essas porras. Botei pra arquivar mensalmente e se entendi bem, quando der um mês vai aparecer a pagina de arquivamento do que ja rolou. Se isso não acontecer, vou republicar tudo...se bem que a data vai ficar errado.
Se nada disso der certo volto pro desembucha.com. É 2002, não é mesmo?
Fui entrar de bobeira aqui e procurar se eu tinha escrito uma parada aqui há muito tempo atrás ou era viagem minha e aí fui procurar e só ia até 2006!!!
O blogger comeu meu arquivo!!!!! Filho da puta!
Estou desesperado, é como se tivesse cortado as pernas do meu arturzinho e tenho tanto orgulho de suas pernas. Sempre que se fala sobre blog e como eles tão acabados eu tiro mó onda indie e falo que mantenho um desde 2002. Tava ontem pensando que já já o Artur faz 10 anos e daqui a pouco ele sai de casa e vai morar sozinho! E po, fico sempre me dando tapinha nas costas por manter isso aqui sem comentario, sem chamar amigos pra lerem. Ele me é suficiente pelo que ele é. Não merece esse fim. Que sacanagem; meu post preferido (a história de quando Abraão subiu a montanha pra matar seu irmão e assim surgiu a pegadinha) sumiu.
Entrei no painel de gerenciamento e os 411 posts ainda estão lá. Só não aparecem na pagina principal. Aí ativei o arquivamento - algo que nunca o fiz e com certeza foi o que ocasionou isso; sempre colocava pra ter na pagina 1000 posts. Gosto de poder puxar até o primeiro post quando necessario, mas imagino que devia estar virando um hassle para o blogger manter uma pagina tao longa.
Enfim...foda-se eles. Vou dar um jeito de recuperar essas porras. Botei pra arquivar mensalmente e se entendi bem, quando der um mês vai aparecer a pagina de arquivamento do que ja rolou. Se isso não acontecer, vou republicar tudo...se bem que a data vai ficar errado.
Se nada disso der certo volto pro desembucha.com. É 2002, não é mesmo?
sábado, abril 24, 2010
Os pioneiros do mundo:
Maria - a "virgem". Depois que ela contou essa lorota de "foi o espírito santo", nunca mais puderam usar essa desculpa. E ainda deu um belo futuro pro filho dela. Espertona.
Platão - o primeiro Ghost Writer. Ou no mínimo o primeiro a escrever sob pseudônimo.
Torcida do Flamengo - fez o primeiro mosaico de uma cor só.
Michael Jackson - falando sobre cor... queria falar sobre a primeira pessoa que trocou de sexo. Que eu saiba foi a Roberta Close, mas como não consegui "fact check" isso, vamos ficar com a primeira pessoa que mudou de cor.
Champs - a fornecedora de material esportivo que, pra minimizar os custos e otimizar a linha de produção, patrocinou ao mesmo tempo Vasco e Ponte Preta. Só precisava fazer um negativo da camisa do outro!
E claro: Brahma - a cerveja.
segunda-feira, abril 19, 2010
Passado um tempo das chuvas sinistras, sinto-me mais a vontade pra comentar sobre o assunto sem melindrar ninguém.
Embora pareça sim que 2012 tá ali na esquina - po, em 3 meses teve Haiti, Chile e Islândia, cada um com uma atração diferente - a catástrofe carioca não entra nessa categoria porque não acho que foi um desastre "natural" e sim causado por nós mesmos. Vamos ser realistas, não choveu tanto. Tipo, choveu constante, sem parar, mas a chuva em si não era perigosa. Nego fica reclamando que os metereologistas tinham que ter avisado - eles até o fizeram, lembro de ter lido que a chuva seria intensa - mas iam avisar o quê? Que os pingos de água iam te molhar pra caramba danificando severamente sua saúde? Não é como se nego tivesse correndo o risco de, ao sair de casa, ser esmagado por uma vaca voadora tamanha a força dos ventos... Foi só muita água!
Também teve gente querendo eleger o Eduardo Paes e o Sergio Cabral como os grandes culpados pela história. Primeiro, dizem que era obrigação deles avisar a população sobre a chuva. Instaurar aviso de "calamidade pública" etc. Pra quê? Pra causar mais pânico? Pra além de tudo que a gente viu ainda ter saques, linchamento, estupros etc.? Não é melhor gerenciar as pessoas com mais calma?
É maneirão jogar pra galera com esse discurso de "avisar". Cá entre nós, ia adiantar o que? Ou será que ninguém nunca avisou que morar em encosta é uma roubada? Esse é o ponto da discussão, para mim. Foi uma catástrofe causada por um simples motivo: o Rio não tem infra-estrutura. Querem desopilar o fígado? Ok, mas é muito culpado aí: os governantes de 30 anos pra cá, mais, sem demagogia, os próprios cidadãos que, com o velho "jeitinho" brasileiro e carioca, contribuiram para esse crescimento errado da cidade. Basta uma chuva um pouco mais persistente para que lugares como o Jardim Botânico, parte da Lagoa, a Praça da Bandeira e outros pontos da cidade fiquem aptos à prática de caiaque. Por que? Porque foram construídos/aterrados/"planejados" abaixo do nível do mar. Coisa de portuga, né? Estes lugares citados existem há décadas, o problema de alagamento neles idem, no entanto os governantes nada fazem. Mas também vão fazer o quê? Acho que o Rio de Janeiro geograficamente não comporta uma metrópole. É um lugar mais balneário para férias e turismo e ocupação planejada. Não comporta esse crescimento desmedido.
O foda é que essa hora surgem os demagogos de plantão, reclamando que o Estado pede para desocuparem as favelas etc. Brother, tá errado morar no morro! Não foi feito pra isso! Vai ter que morar numa zona menos badalada? So be it! Prefere que uma pedra role e esmague seu barraco chique na zona sul? É vergonhoso ver o caso da cidade lá dos EUA que choveu o TRIPLO do Rio - as imagens são iradas - e não houve registro de sequer UMA morte.
Há quem sustente que mesmo assim deveria haver um aviso, pois mesmo que a cidade que ofereça risco e não a chuva em si, o cidadão não conseguia ir para determinados pontos da cidade. Cara, se você mora perto de uma estação de metrô e trabalha perto de uma estação de metrô, muito provavelmente só tomou conhecimento da situação ao saber que algum colega de trabalho não pode chegar devido a chuva. Quer maior indicativo de que o problema é estrutural? Transporte público que não atende toda a população e num evento como esse dá um nó na cidade inteira.
Nego tem que usar isso tudo como lição, it’s the Polyana’s way. Que a galera deixe o morro pra lá e a gente aproveite a desculpa da Copa e das Olimpíadas pra investir em infra. Mas fato que não vão fazer nada disso, então dica pra próxima chuva: fique em casa, curta um friozinho e evite os canais de notícia pra não se frustrar. Ignorance is bliss. Afinal, como diria o Planet Hemp:
No planeta em crise, a única coisa que presta na TV são os Trapalhões em reprise...
Embora pareça sim que 2012 tá ali na esquina - po, em 3 meses teve Haiti, Chile e Islândia, cada um com uma atração diferente - a catástrofe carioca não entra nessa categoria porque não acho que foi um desastre "natural" e sim causado por nós mesmos. Vamos ser realistas, não choveu tanto. Tipo, choveu constante, sem parar, mas a chuva em si não era perigosa. Nego fica reclamando que os metereologistas tinham que ter avisado - eles até o fizeram, lembro de ter lido que a chuva seria intensa - mas iam avisar o quê? Que os pingos de água iam te molhar pra caramba danificando severamente sua saúde? Não é como se nego tivesse correndo o risco de, ao sair de casa, ser esmagado por uma vaca voadora tamanha a força dos ventos... Foi só muita água!
Também teve gente querendo eleger o Eduardo Paes e o Sergio Cabral como os grandes culpados pela história. Primeiro, dizem que era obrigação deles avisar a população sobre a chuva. Instaurar aviso de "calamidade pública" etc. Pra quê? Pra causar mais pânico? Pra além de tudo que a gente viu ainda ter saques, linchamento, estupros etc.? Não é melhor gerenciar as pessoas com mais calma?
É maneirão jogar pra galera com esse discurso de "avisar". Cá entre nós, ia adiantar o que? Ou será que ninguém nunca avisou que morar em encosta é uma roubada? Esse é o ponto da discussão, para mim. Foi uma catástrofe causada por um simples motivo: o Rio não tem infra-estrutura. Querem desopilar o fígado? Ok, mas é muito culpado aí: os governantes de 30 anos pra cá, mais, sem demagogia, os próprios cidadãos que, com o velho "jeitinho" brasileiro e carioca, contribuiram para esse crescimento errado da cidade. Basta uma chuva um pouco mais persistente para que lugares como o Jardim Botânico, parte da Lagoa, a Praça da Bandeira e outros pontos da cidade fiquem aptos à prática de caiaque. Por que? Porque foram construídos/aterrados/"planejados" abaixo do nível do mar. Coisa de portuga, né? Estes lugares citados existem há décadas, o problema de alagamento neles idem, no entanto os governantes nada fazem. Mas também vão fazer o quê? Acho que o Rio de Janeiro geograficamente não comporta uma metrópole. É um lugar mais balneário para férias e turismo e ocupação planejada. Não comporta esse crescimento desmedido.
O foda é que essa hora surgem os demagogos de plantão, reclamando que o Estado pede para desocuparem as favelas etc. Brother, tá errado morar no morro! Não foi feito pra isso! Vai ter que morar numa zona menos badalada? So be it! Prefere que uma pedra role e esmague seu barraco chique na zona sul? É vergonhoso ver o caso da cidade lá dos EUA que choveu o TRIPLO do Rio - as imagens são iradas - e não houve registro de sequer UMA morte.
Há quem sustente que mesmo assim deveria haver um aviso, pois mesmo que a cidade que ofereça risco e não a chuva em si, o cidadão não conseguia ir para determinados pontos da cidade. Cara, se você mora perto de uma estação de metrô e trabalha perto de uma estação de metrô, muito provavelmente só tomou conhecimento da situação ao saber que algum colega de trabalho não pode chegar devido a chuva. Quer maior indicativo de que o problema é estrutural? Transporte público que não atende toda a população e num evento como esse dá um nó na cidade inteira.
Nego tem que usar isso tudo como lição, it’s the Polyana’s way. Que a galera deixe o morro pra lá e a gente aproveite a desculpa da Copa e das Olimpíadas pra investir em infra. Mas fato que não vão fazer nada disso, então dica pra próxima chuva: fique em casa, curta um friozinho e evite os canais de notícia pra não se frustrar. Ignorance is bliss. Afinal, como diria o Planet Hemp:
No planeta em crise, a única coisa que presta na TV são os Trapalhões em reprise...
sexta-feira, março 19, 2010
Fiz escola http://bit.ly/jie3 Literalmente.
Mas, tipo... foi mal. Não me orgulho.
Mas, tipo... foi mal. Não me orgulho.
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
Fui no Franco cortar o cabelo e na hora de escolher qual seria o corte ele falou "Vamos fazer um corte meio Hermanos?". Hermanos as in Argentinos. Dispenso o visual barbudo, até porque pré adolescentes cantoras de folk music em linguas inventadas com personalidade sesame street não me apetecem. Um corte "castanha", como gosto de falar, porque parece com aquela que o bichinho do Era do Gelo vive caçando. Tem um toquinho a la Nino do Castelo Ra Tim Bum em cima, franjinha curta com o lado grande e, claro, mullets.
Confesso que curti e realmente tá bem argentino, só faltava mesmo aquelas trancinhas "padawans" que vários deles usam. Eu quando via o Pallacios do Boca usando achava ele excentrico e tal, mas quando estive lá em 2008 reparei que era mó moda, geral tinha. Os argentinos são mesmo diferentes e únicos. Gosto muito daquele país. Acho-os verdadeiros, com menos mascaras do que aqui. Não no sentido de ser "mascarado" as in metido. Mas é que eles são eles mesmo em tudo que fazem. Você consegue ver o DNA do argentino muito fácil até nas ações. O futebol deles, por exemplo. Fiquei tentando entender porque tem o lance de ser raçudo, disposto e um jogo coletivo bem melhor do que o nosso.
Uma das minhas teorias é bem social, mas não "os argentinos dividem o alimento como os indios blablabla". É que lá tem muito campo bom pra jogar pelas ruas. Tipo, tem muito campo de grama, society: público. Ali perto de Puerto Madero tem bem uns 5 campos grandes de grama sintetica de grátis e todos estavam ocupados por mini-timeszinhos mesmo, com uniformezinho. No centro, embaixo de varios viadutos, outros campos grandes. Muito mais bem conservados do que os do Aterro do Flamengo e em muita maior quantidade. Fora isso, Buenos Aires é quase a Argentina toda, então a amostragem é o que importa. Qual a conclusão disso? Bom, o campo em boas condições estimula o trabalho coletivo e aí estimula-se a competitividade. Com isso, a repetição dos times (pra acabar com aqueles fdps que venceram a gente da ultima vez!). E tá feita mais ou menos a conta.
Aqui no Brasil é diferente. A gente desenvolve a ginga, a habilidade e magia do jogo individual, porque se joga futebol apenas em buracos: campo de terra, bola de meia etc.
Mas aí o Kinhu, também observador como eu, contou uma história interessante. Ele conversou com um lojista lá na Calle Florida e o cara disse que nao podia atende-lo porque já tinha atingido a cota dele pelo dia e por isso tava desviando clientes para o outro vendedor que não tinha ainda atingido. Ou seja, os caras tem isso mesmo de companheirismo. Estamos falando do mesmo caso de "teamwork" em algo que não tem nada a ver com a construção do ambiente que favoreça a parada. Realmente, aqui é farinha pouca, meu pirão primeiro mesmo. Lá os caras tem uma maior noção do "público". Protestam com panelada. E aí ficamos naquela questão do ovo e da galinha: o homem que faz o meio ou o meio que faz o homem?
Seria a História? Duvido, não temos passados tão diferentes assim. Sei lá, só me é claro isso; os caras são mega 'honestos' quanto a o que são, pois são 100 por cento o que são em tudo que fazem. Nós somos mais multi-dimensionais, pra botar de uma maneira que pegue bem pra gente.
E é assim que você mistura um assunto novo com um antigo que você até tinha esquecido e faz um post gigante como esse!
Da próxima vez bole uma frase em negrito genial pra fechar com chave de ouro!
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
Ainda vou descobrir qual é a do trauma geográfico que o Chorão do Charlie Brown Jr. tem. Ele sempre faz música sobre "encontrar", "levar" etc. Meu palpite é que vem da infância; ele deve ter se perdido nas Lojas Americanas por culpa do responsável, que combinou de encontrá-lo em algum ponto, mas na hora h não apareceu e acabou levado por um funcionário para aquela sala onde fala-se no microfone e os clientes todos ouvem o anúncio.
Po, se bobear foi assim que ele se encantou pelo poder do microfone e resolveu ter banda!
quinta-feira, janeiro 28, 2010
Outro dia estava ali na Timóteo da Costa e de repente passaram uns 200 carros estilo Honda Civic ou Vectra, sei lá, com sirenes e carro do Bope e moto da guarda municipal. Conversando, me falaram que era o Lula, que estava indo para a casa do Chico Buarque, onde iria se comemorar o aniversário da mãe dele ou algo assim. Enquanto ouvia isso, a imensa comitiva ainda passava, até que de repente noto umas três AMBULÂNCIAS!
Tipo, faz todo o sentido. A saúde do presidente é coisa séria; tem que tá a postos pra cuidar do cara em algum evento de emergencia.
Até porque, rola um boato por ai, a comida da mãe do Chico Buarque é pesada pra caramba.
Tipo, faz todo o sentido. A saúde do presidente é coisa séria; tem que tá a postos pra cuidar do cara em algum evento de emergencia.
Até porque, rola um boato por ai, a comida da mãe do Chico Buarque é pesada pra caramba.
domingo, janeiro 24, 2010
É muito chata essa campanha da imprensa para o Ronaldinho Gaúcho ir pra Copa. É chata, porque é mal feita. Todo mundo sabe que a campanha só está ali para vender jornal e movimentar a indústria. Se não fosse o Ronaldinho Gaúcho seria outro.
Volta e meia acontece mesmo uma "injustiça", um vacilo ou uma diferença de visão do técnico da seleção, que acaba deixando de fora alguém que justifica um evento midiático, uma espécie de aclamação popular encomendada, para que o jogador preterido vista a amarelinha. Foi assim com Romário 3 vezes - 2 estavam certos - e agora é com o Ronaldinho.
Mas a verdade é que Ronaldinho Gaucho nunca jogou tão mal quanto falavam e não está jogando tanto quanto agora falam. Vejam o jogo desse final de semana, onde perdeu penalti. Fodão ele, né? Muito exagero.
A mídia destroi idolos para depois reconstrui-los, mas não pode esquecer que ainda não é Deus. Não é sempre que a mídia vai falar e martelar tanto uma coisa, que ela vai acabar virando realidade.
Não existem tantos Obinas no mundo
Volta e meia acontece mesmo uma "injustiça", um vacilo ou uma diferença de visão do técnico da seleção, que acaba deixando de fora alguém que justifica um evento midiático, uma espécie de aclamação popular encomendada, para que o jogador preterido vista a amarelinha. Foi assim com Romário 3 vezes - 2 estavam certos - e agora é com o Ronaldinho.
Mas a verdade é que Ronaldinho Gaucho nunca jogou tão mal quanto falavam e não está jogando tanto quanto agora falam. Vejam o jogo desse final de semana, onde perdeu penalti. Fodão ele, né? Muito exagero.
A mídia destroi idolos para depois reconstrui-los, mas não pode esquecer que ainda não é Deus. Não é sempre que a mídia vai falar e martelar tanto uma coisa, que ela vai acabar virando realidade.
Não existem tantos Obinas no mundo