Lembro de achar tão legal quando iam empresas no Fluminense vender apps e outras coisas e diziam que o custo seria nenhum para o clube; tudo que eles queriam era base-de-dados. Informação é dinheiro! Claro, como poderia não ser?
E isso se expandia quando se falava do público consumidor também! Você baixava o app de graça em troco de dar seu e-mail, responder umas perguntas. Se quisesse o app completaço ou conteúdo exclusivo etc. aí você pagava mais, mas só pro básico que a maioria precisa, era só dar essas infos.
Esse tempo passou.
Agora, de dropbox à jogo de celular, das coisas mais uteis às mais inuteis... acabou o amor. Voltou a ser sobre dinheiro. Você só tem acesso se pagar. Fora "direitos" tirados, como redução de benefícios que você desfruta há anos, caso não faça upgrade pra conta paga. Imagino que ninguém mais chega "na amizade" no Fluminense e outras empresas que possuem muitos adeptos também.
A informação deixou de valer dinheiro? Claro que não. No entanto, a triste e assombrosa constatação que se faz é que eles não precisam mais; eles já tem todas as informações que precisavam. E se havia gente que não tinha essa ideia de "nem sempre o consumidor tem que pagar pra consumir" apenas como discurso... essa gente foi usada e engolida por quem sempre viu o consumidor como produto, o povo como gado, num deslocamento moral-social disfarçado de distanciamento crítico.