quinta-feira, dezembro 18, 2014

Como alguém que divide a vida com uma pessoa de família Cubana fiquei extremamente tocado com a notícia da retomada de relações diplomáticas entre EUA e Cuba. Cada um com suas convicções à distância, mas eu percebo de perto o quanto a Ditadura Castro e o consequente embargo influíram negativamente pra história da família dela. Não que isso os tenha impedido de nada. Guerreiros, pegaram todos os limões azedos que a vida deu e tomaram limonada e caipirinha pra caramba. Se bobear, de tão especiais que são, fizeram também umas tortas de limão (com um toque de banana, pois eles colocam banana em tudo que é comida).
Na empolgação da notícia, acordei Luisa pra dar os parabéns. Ela apenas reclamou que eu tinha a acordado. Disse que soubera mais cedo. Eu, que fiquei o dia todo na rua, só vi agora de noite ao abrir o Twitter. Perguntei se ela tinha noção do que aquilo representava. Ela ficou um longo tempo em silêncio até que percebi que ela já estava dormindo de novo. Sorri, dei-lhe um beijinho e fiquei pensando “mas afinal, O QUE isso representa?”.
Sempre me fascinou o quanto minha namorada conhece a si própria. Ela sabe quem é; seus limites, forças e fraquezas. E percebo isso em cada um dos Acostas que conheci e – pra você entender como é triste isso tudo - eu conheço TODOS os Acosta. Mas há uma parte de si que alguns deles não conhecem e, de certa forma, não tinham o “direito” de (re)conhecer sem culpa, sem mágoa, sem medo: a sua origem. Agora eles podem. Se vão ter vontade ou se vão preferir dormir é escolha deles, ninguém tem nada com isso. Mas graças a revisão dessa briga cinqüentenária, o lugar de onde eles vieram não está mais isolado e não os isola mais. Cuba livre. Acosta livre.
Muita gente vai perder um time de futebol com esse acontecimento – não sem antes assegurar que quem saiu vitorioso foi o time dele e não o adversário! – mas minha família ganhou exatamente a paz do fim de uma briga. A paz de saber que não há mal que dure pra sempre. Que boa fé e pouco orgulho fazem uma boa dupla tal qual banana e basicamente qualquer outro ingrediente que você tiver na cozinha.

sábado, dezembro 13, 2014

Artur, não fique com ciúmes, mas estou começando outro blog. Você sempre foi tranqui com ciúmes, nunca foi meu único blog e esse novo só vai ao ar no começo do próximo ano, mas achei melhor te avisar, uma vez que (já estou dando e) darei mais atenção a ele do que a você.
Sei lá, resolvi avisar, você tá ficando velho e bobo, de repente fica achando que eu devia dar mais atenção pra você. É verdade que este novo blog terá sim postagens que te farão inveja, uma vez que serão quase diárias, possivelmente superando até mesmo o seu segundo ano de vida (2003).
Acontece que o blog novo é uma necessidade profissional, pois meu meio é muito complicado, então bolei esta idéia de criar um blog para que construamos(!) um ponto de congregação de roteiristas, de nivelação de práticas - não pautadas por mim, mas pela discussão propiciada por este encontro -; um blog sobre a indústria audiovisual brasileira sob a ótica do roteirista. Baseada nas minhas experiências etc. Janeiro de 2015! Estou botando muita fé e me empenhando muito para fornecer um conteúdo maneiro sobre roteiro e audiovisual e lances e vai ser muito legal! Se bobear legal até para a nossa relação, pois, entrando todo dia no blogger, posso acabar olhando pra você ali na mesma árvore genealógica e falar "Sabe de uma coisa? Só meu primogênito vai me entender nessa questão pessoal. Vou falar com ele, que não me cobra pesquisa, não me cobra escrita perfeita, sequenciamento de idéias lógico... he's my guy!".
Olha que doideira! É tipo a descida da montanha de Abraão e seu filho, não mais pai e filho e sim amigos! Que nem no nosso momento/post mais legal, back in 2004! Mas não é full circle! Nunca será. Quando eu me for, você continuará aqui e me eternizará!
FMZ? BLZ!


quinta-feira, dezembro 11, 2014

Eu sigo no instagram um Chinês que conheci em frente ao Tian He Stadium quando estava fazendo o especial da volta de Dario Conca em Guangzhou e me intriga muito o fato de que ele tem apenas 21 seguidores. VINTE UM! E eu sou um deles!
Ele é tipo o Flamengo do Instagram. He's in fucking China, man! Como pode só ter 21 seguidores?! Eu tenho certeza que ele conhece mais gente que isso! Cada vez que ele posta uma foto e vem só 3 likes (meu incluso) me dá um nervoso. Este blog que eu nunca divulguei tem centenas de hit a mais que isso. Por que, Deus? Por que?! Eu não consigo entender e fico tentando encontrar motivos que expliquem o misterioso instagram minguado de Zhang Better.
O feed não é horrível; tem uma porção de gente (feia) que só posta selfie e chapolim sincero e mesmo assim tem mais seguidores que ele. Pra dizer a verdade, é até interessante; tem fotos dele com jogadores/treinadores famosos (já que ele é repórter de um grande site de esportes da China). Rola umas fotos de comidas interessantes (talvez pra mim que seja ocidental, mas enfim... de toda forma aqui no Brasil também seguimos e curtimos pessoas que tiram fotos de sua comida ocidental; então qual é a desculpa pros amigos chineses não seguirem/curtirem?) Também não é o fato dele ser uma pessoa desinteressante, com dificuldade social - embora até ache, pelo breve tempo que conversamos aquele dia, que ele seja -afinal de contas, eu, por exemplo, tenho alguns seguidores que não conheço e não me conhecem, possíveis bots, até. Porra, não tem nenhum bot na China? Nenhum "troco likes", "sdv"?!
Será que a China é um caso daqueles de "sozinho na multidão"?
Não consigo nem filosofar tamanha a minha angústia; I wanna make a better Zhang Better instagram profile! Esse vai ser meu criança esperança do fim do ano! Ajudem-me!
Vamos popularizar este pobre chinês! Sigam ele em @zbetter17

quarta-feira, novembro 26, 2014

Pode ser a neura natural do prazo alinhado ao calor e o fato que não saio de casa (por causa do prazo) e o contador é o contador, e tem um ventilador no meu saco porque tá muito úmido e não consigo não ficar suado nessa área (gross but true) e o maldito banco não manda um email e toda hora brigo com a Luisa e os dois lados tem razão e eu tenho até sexta pro contador mandar os cálculos pra eu poder agitar isso com o Calvito e isso atrapalha a escritura do roteiro e o prazo é dia 12 e dia 5 tem o casamento do meu irmão e é em São Luiz e 25 mil não vai dar pra nada porque eu tenho aluguel atrasado e esse prédio/apartamento não vale o custo do aluguel, mas começou a chuver aquela chuva de verão que refresca quase nada e eu não consigo pensar outra coisa que não:
A vida é um milagre

sábado, setembro 27, 2014

Trintão, Trintão: todo bichado, corno, brocha e babão.
Claro que é ingênuo falar com tão pouco tempo decorrido, mas to achando muito tranquilo, quase legal, ser um trintão.
A dificuldade, para mim, foi um período que se iniciou forte nos 26 e foi suavizando até chegar a esse ponto (30), no qual estou achando tudo sôci-tranqui. Um alívio, até...
Ok, talvez essa época tenha sido acentuada por conta de coisas que aconteceram na minha vida e não seja uma coisa de fato da idade em si, mas pensando bem tem uma lógica: até os 25 quase todas as idades "adultas" tem carisma:

18 - dur.
19 - você já não é um novato em ser maior de idade.
20 - wow, tipo, você é de fato um adulto! Acabou o Teen. Duas decádas. Número cheio.
21 - em qualquer lugar do mundo você já pode ser preso.
22 - dois patinhos na lagoa, a idade do louco etc.
23 - a única idade que é repetida, que nego quer ter duas vezes (ver próximo)
24 - ahhhh viadooo! (também conhecido como 23# ou 23+1)
25 - irado. número cheio.

E aí chega o 26... putz, agora é uma contagem para os 30. Você está mais próximo dos 30 do que dos 20. É aqui que a quarterlife crisis reside forte. Você saca que há uma responsabilidade real e o mundo não te leva a sério o suficiente ainda. Você corta um dobrado pra que te incluam/considerem em algumas coisas. Estou sozinho ou alguém se identifica?
E, pior, no meu caso: eu tenho muita cara de criança. 26-29, mesmo sendo "velho" ou "experiente" para uma porção de coisas, não era forte o suficiente para vencer alguns preconceitos. "Você é muito novo pra entender isso", "onde você estudou isso?". Mesmo que eu já estivesse no mercado de trabalho há 20 anos (mais do que vários interlocutores), mesmo que eu morasse sozinho e soubesse o que é prover pra mim e pra outros há anos...
Agora, com 30, parece diferente. Sinto uma imponência sim. Eu tenho 30 anos. Eu sei o que to falando. A cara de garoto é finalmente um trunfo. O interlocutor fica "Caceta! 30 anos e conservado..."; uma mistura de fascínio/desejo com respeito. É um pouco aquela história de que o pior lugar para você estar é a um passo do fim do poço, porque quando você está no fundo do poço, não há nada pra fazer além de subir. Então, the cat is out of the bag. You are officially old (haha que exagero, mas é pra get the point). Sinto-me mais tranquilo, na real. Agora é só aproveitar, não tem o que fazer.
Enfim, é legal porque estou aqui, mas em verdade acho uma puta babaquice a importância que se dá a "cabelos brancos". Tem gente que vive há muito e não viveu nada. Que ficou velho antes de ficar sábio. O filho tem que matar o pai, ainda acho disso.

sexta-feira, setembro 12, 2014

Oh Fortuna,
como a lua, és mutável.
Sempre crescendo e minguando.
Oh Vida odiosa,
primeiro oprime
depois cura.
Pra brincar com a mente,
a miséria e o poder,
como gelo, ela os funde.

Oh Destino,
monstruoso e vazio.
Você, roda volúvel, é maldoso.
A felicidade é vã
e sempre dissolve-se a nada,
nebulosa e velada,
a mim você empesteou também.
Agora, por prazer,
me entrego a ti, despido, para vossa perversidade.

Oh Sorte,
na saúde e na virtude,
estás contra mim.
Dá e tira, me escraviza.
Então, à essa hora, sem demora
tange a corda vibrante;
já que a sorte abate o forte,
todos lacrimejarão comigo.

sexta-feira, agosto 08, 2014

Passando pela praça um grupo de meninos e meninas joga um jogo tipo salada mista. Um fala: "porra! mas eu só beijei homem até agora!".
Sei que deve ser foda não poder viver isso "em vida", mas é o que sempre digo: a aceitação/liberdade de preferência sexual é inevitável. Já não é uma questão para a geração mais nova. Cedo ou tarde vai estar em todos os lugares, em todas as camadas geracionais.
Há que se entender as gerações mais velhas. Eles quase can't help themselves. Forçá-los a "aceitar" não é certo. Tem que se colocar acima disso. Afinal, carinho e compreensão impostos também não são carinho e compreensão. And hey; they'll die. Pretty soon.
Eu sei, eu sei... é errado! Por que você deveria se beijar escondido quando casais héteros beijam sem embaraço numa rua movimentada? Eu acho que vocês deviam, mas pra mim é fácil porque não seria eu que sofreria diretamente com as infelizes consequências disso. Quanta coisa que obviamente é errada já foi certo? Aliás, beijar em rua movimentada já foi considerado errado (sem ser pelo gênero e sim pelo ato). É muito difícil rever algo que foi passado como certo. Imagina se falam que na verdade azul é amarelo. Niggaz would FREAK OUT!
O que quero dizer é: há que se entender o estado do mundo e viver de acordo com ele. Não to falando que não se deve lutar por isso. Aliás, não estou falando para ninguém o que fazer, apenas refletinho. Minhas convicções são minhas, não gosto de força-las à ninguém: liberdade é liberdade pra sim e pra não, pra qualquer opção (e não to querendo dar indireta com isso. Curiosamente a la Reverendo ela podia servir para o pró-gay e pro contra). Sei lá, na verdade o que quero dizer. Pros meus amigos, que sei que sofrem em pequena escala o que mais gente sofre e para os quais torço muito (pois sou o maior torcedor de qualquer tipo de liberdade) que sirva nem que seja como um "Há esperança. Há luz. Se não há hoje para todos, haverá amanhã".


segunda-feira, julho 28, 2014

Por que apologia à coisas ilícitas é um crime no Brasil?
Apologia = discurso encomiástico (= laudatório = que louva ou que encerra  louvor)
Logo, apologia é apenas uma defesa de um ponto de vista e a aderência do mesmo pode variar de grupo pra grupo. Mas fazer apologia é diferente de agir. Apologia é defender um ponto de vista que se encerra em si. Crime é uma ação que se encerra no outro. SEMPRE. Não tergiverse e diga que a apologia de um ponto absurdo (pra você) se encerra em você, pois você se sente atingido. Sim, VOCÊ se sente atingido. Racionalmente é isso. O "passar de recibo" é opcional. Já com um crime, não. Um crime, qualquer que seja, só existe se, necessariamente, saiu do domínio de uma pessoa e atingiu a(s) outra(s). É uma ação que necessariamente saiu de um patamar individual.
Mas tergiverso eu. Voltando:

Desta forma - sabendo que apologia = defender um ponto de vista - quando você torna "apologia à X" um crime, automaticamente você está dizendo que: defender um ponto de vista é um crime. Ter uma opinião é um crime.
Sim, porque, se "depende de qual opinião"... então não é opinião at all, amigo.

A liberdade de expressão e pensamento pressupõe liberdade; e a redundância na frase é proposital de tal forma que nem é redundante. Não é como Sol/Chuva, Verde/Vermelho... conceitos imutáveis que sempre serão esses. Certo/errado, bem/mal (e até lícito/ilícito) são conceitos que variam de pessoa a pessoa e no espaço-tempo; são todos eles feitos/percebidos por seres humanos, esses bichos que mudam constantemente.

Acho sintomático isso, o quanto não entendemos esse conceito. Somos um país com tremenda dificuldade de entender o sentido real sentido da liberdade. A liberdade que só existe quando o outro tem o direito de falar bem ou curtir algo extremamente desagradável a você e vice-versa. Mas acho isso muito natural, haja visto que somos um país bebê ainda. Os Estados Unidos, o país que mais entende o sentido de liberdade no mundo, não só tem isso lindamente sublinhado em sua constituição, bem como em sua Constituição - o que é o sistema Federalista se não uma lição de união através das diferenças? - como age desde cedo para reiterar e propagar esta noção. Sempre em seus colégios existe uma equipe de "debate", você deve ter visto em filmes. Claro, tem o "simples" exercício cognitivo e oratório que ajuda a preparar o aluno pro mercado e bla bla bla, mas, mais importante, estas equipes de debates ajudam a deixar desde cedo na cabeça do jovem americano o verdadeiro conceito de liberdade. De debater idéias. Força-os a enxergar o lado oposto para compreender melhor o seu, às vezes até defendendo idéias das quais você não nutre paixão.
A opinião de alguém (mesmo que seja de muita gente, pra não dizer geral) é só uma opinião. E eles tem direito a tê-las. Mesmo que seja muito estúpida e ofensiva. Enquanto fica no campo das idéias, pode não fazer bem (depende do que o "ofendido" vai fazer com aquilo), mal com certeza não faz. Se "tem muita gente que teve pouca educação que não pensa por si próprio e vai ser influenciada!", não vai ser cerceando pontos de vistas, apologias etc. que essas pessoas vão ter ferramentas pra conseguirem "pensar por si próprias".
Então acho mais prático trabalhar em não se ofender tanto. É aquela história: quem vê de longe uma pessoa discutindo com uma pessoa estúpida não sabe dizer qual das duas que é a estúpida...
Falar e fazer são coisas bem diferentes. Mas BEM diferentes. E tem que ser tratado assim. Cada uma com sua importância e força.
E o mais curioso é que aqui fala-se muito e faz-se pouco, quase nada.
Levando todas estas especificidades de liberdade em consideração... tem como irmos para algum lugar que não a inércia?
Fica aqui, então, minha apologia à apologia.

domingo, julho 27, 2014

Não é o inverno mais frio, mas é o mais... "durável".
Tipo, sempre tive como característica climática do Rio a imprevisibilidade (ou seria amplitude?). Não é exagero nenhum estar chovendo e frio num dia e no outro super ensolarado e quente. Já vi zilhões de vezes. Mas este inverno está bem consistente. É frio todo dia, sem descanso. O que varia é se chove ou não. Sendo que tem chovido bastante.
Não é o assunto mais importante que mudou a sua vida, mas pelo menos estou escrevendo alguma coisa. As vezes é tipo exercício mesmo, me forçar a escrever aqui qualquer coisa e, com isso, desatrofiar o músculo de texto para o blog. Então, no fim das contas, a escolha do tema é até metafórica.
Should we talk about the weather? Hi! Hi!

quinta-feira, julho 24, 2014

Não demorei isso tudo pra fazer a resenha dos McFavoritos da Copa por precisar de mais tempo para digerí-los. É bem o contrário. Demorei porque... o que há pra falar sobre eles?
A boa verdade é que os Favoritos já não fazem mais sentido hoje em dia além-marketing. Explico: quando lançado, láááá em 2002, o McDonalds tinha apenas as suas promoções fixas (numero 1, 2 etc.). Eram aqueles sanduíches e pronto. Fim. Não era como hoje em dia que, de 6 em 6 meses (no mínimo) tem uma novidade. Pra ser bem accurate, de "diferente" só tinham surgido - e por tempo limitadíssimo - aquele McBelo e McBueno, que eram bem qualquer nota. Então, imaginem o groundbreaking...nismo! Eis o McFavoritos, trazendo não um, mas SETE sanduíches novos pro cardápio. SETE! E não eram sanduíches normais, variações sob o mesmo tema. Tivemos pela primeira vez carne de porco (McBrasil com hamburger de calabresa)! Queijo diferente de cheddar ou americano (McFrança e outros)! Condimentos como peperoni e, claro, o mais importante, vocês sabem: P-Ã-O B-O-L-A!
Era a glória! Crianças faziam fila para provar a novidade. Adolescentes sem grana xingavam o colégio por não fazer aula a tarde na quarta-feira, dia em que eram obrigados a comer fora, de maneira que nunca conseguiam comer o McFrança, dependendo do dia/sanduíche, não se encontrava, tamanha a demanda. Não tinha para album de figurinhas, a diversão da Copa era o McDonalds.
Corta para 2014.
Mesmo sabedor de tudo isso, imagino eu, o Departamento de Marketing (ou sei lá quem que controla essa ação) foi lá e fez sanduíches tão... iguais. Sem a menor graça. Tipo, não é que o gosto deles sejam ruins. São bons, mas... e daí?
Toda vez que acabava um sanduba esse ano eu perguntava "Ok, mas... e daí?"
Não apostaram em nenhum país doido como já houve McArábia, Inglaterra com Fish e molho de limão, Japão com teryaki gênio e Uruguai (estão presos ao pé da letra do conceito "favoritos"? Não deviam...), ou em nenhum ingrediente doido pertencente àquele país. Pelo contrário! Alguns sanduíches pareciam repetição de outros anos. Qual a grande diferença deste McFrança pro primeiro? O McBrasil desse ano não é a mesma coisa que o McArgentina de 2006? E o McAlemanha, que é sempre uma variação da mesma coisa? O McUSA nem se fala, mas acho tranqui também ser assim, pois é quase um comentário, uma redundância dentro de uma redundância, já que o McDonalds é todo, USA.
Na Copa mais "lúdica" possível para nós, os caras resolveram jogar seguro. A maioria dos sanduíches traz o tal do "Angus beef", o burger da moda. Mas o que tem a ver com o Brasil essa porra?! Até o ano passado tínhamos calabresa 02, calabresa 06, pernil 10 e agora essa merda. Todos anos tinham a ver culturalmente falando. Menos esse. Lembro de um McEspanha que era de Alcaparras e filé de merluza. Não vou amaciar meu approach: era uma bosta. Mas eu dou mó valor pelo que ele representava. Tenho certeza que ele vendeu bem e até que um monte de gente achou gostosão.
A única boa notícia era que o Pão Bola voltou a ser maioria no cardápio. O McItália, que não mudou muito, também tava interessante.
Ah, McDonalds... eu sempre acabo voltando pra dar mais uma chance depois de muito tempo... e você sempre acaba me frustrando. Agora até na parada mais legal que você faz.

O doido de tudo é reparar que é a quarta vez que resenho essa parada. 3 aqui e a primeira (2002) na época do saudoso cincominutos do Sedro Pouza.
Tá velho, Artur.

sexta-feira, julho 11, 2014

Acordamos tarde, misto quente, transadinha, dormimos, tomamos banho, dormimos, stogonoff, Candy crush/House, brigadeiro, dormimos, produzi de leve, pizza, Candy crush/House, Luisa dormiu, revisei a monografia dela um pouco, escrevo este post/House e daqui a pouco devo produzir mais e dormir.
Passamos o dia todo como vermes, sem sair... evitando fazer qualquer coisa não-passiva de tal forma, que agora fui comer um brigadeirinho e simplesmente não tinha colher. O que fiz? Comi com a mão.
A que ponto o ser humano chega...
Amanhã, se tudo der certo, pretendo repetir a mesma programação.
Eu adoro, eu me amarro.

terça-feira, junho 17, 2014

Não vou nem falar sobre como essa Copa do Mundo está sendo incrível para mim em outros campos, pois gosto de pensar mais, deixar maturar no tempo e não ser leviano, mas no aspecto FUTEBOL, essa Copa do Mundo maravilhosa está me fazendo rever uma parada. Há alguns anos, provavelmente por conta daquele distanciamento da seleção provocado por coisas naturais e também por balela política e anti-brasileirismo e blablabla, eu me convencionei a falar que, na verdade "eu não gosto de futebol, eu gosto é do Fluminense".
Ok. Talvez seja uma meia-verdade.
(i) De fato, o jogo futebol pra assistir na tv... a chance é de ser muito chato. Um 5x2 cheio de nuances é legal, mas a maioria das vezes é um 0x0 modorrento. Acompanhado de amigos, comida e bebida, aquele ritual masculino todo... já fica mais legal. Mas então o futebol em si não importa, certo? É substituível. Troca pela cerimônia do Oscar, um episódio de Game of Thrones, dá no mesmo. E entrando no parte de entretenimento audiovisual; é de fato um esporte longe de ser dinâmico como um basquete ou volley: sem comercial, sem tempos e pontos toda hora.
(ii) Considerando todo o exposto acima, mesmo o mais enfadonho 0x0, se envolvendo o Fluminense, me fascina, me entretem, me é urgente e definitivo.
Logo, por que é uma meia-verdade e não uma verdade inteira?
Eu não sei. E como falei que gosto de deixar maturar no tempo, não vou responder essa pergunta de forma leviana. O que já posso dizer é que: to curtindo o futebol. To curtindo o "jogo bonito" e todas as baboseiras que em competições de clubes - onde só há o Fluminense e nada mais - me fazem rolar os olhos. Essa copa tá irada e to curtindo como não fazia há anos. To amando. Acabou de acabar a primeira rodada e já não quero que a Copa acabe.
Vai, Futebol!
Obs: nada que disse criticamente sobre o futebol se aplica ao ATO de se jogar futebol na vida real. Neste caso, futebol é perfeito. Um esporte 100% divertido e amado por mim. Por mais que eu jogue tão pouco. Mas é irado, me amarro.

terça-feira, maio 20, 2014

Por um lado, considero minha opinião cara de mais pra ficar franqueando por aí e estou tão seguro dela que não preciso tentar te convencer da mesma. Ela me basta. Por outro lado... minha opinião é apenas uma opinião. Não tenho pretensão de julgá-la mais importante que a de outrém. Mas se pedem... tenho que dá-la, não é? E se a valorizam como eu; como fica?
Entra a velha briga entre Omitir e Mentir...e é muito complicado porque a omissão sempre é o melhor caminho, certo? Sim, porque, diferente desses filmes no qual o cara é obrigado a dizer a verdade, ser honesto não significa falar tudo o que vem a cabeça. Então existe a auto-preservação e preservação de terceiros também. Só que a omissão só existe na falha do interlocutor, de não perguntar algo que ele não sabe. Aí é fair game. Quase sonso. "Você não perguntou..."
Mas e quando é uma questão de sim ou não? Gostou ou não?
Você mente em nome da "governabilidade"? E o peso na consciência eterno de ter traído a si próprio (e à pessoa também, em segunda instância) privando ambos da sua real opinião quando na verdade escolhe esse caminho exatamente para que a pessoa se sinta bem?
A vida adulta não é fácil, jovem cristão. Cheia de cores muito doidas. Tem situações que você simplesmente não pode vencer.

domingo, maio 04, 2014

Ha! Sobrevivi.
Mas barely. Tava me sentindo antes de ir meio como se não conseguisse focar a visão. Às vezes parecia que eu tava ligeiramente "high", ou o que imagino que estar "high" seja. Era como se eu tivesse apenas 90% em controle do meu corpo, meio voando. E aí, durante a viagem, os cisos - que eu já tava ligado que tinham que ir embora - acabaram dando ruim quando um pedaço de comida ficou entre ele e o dente vizinho e tomei deocyl e inflamou a porra toda e acionei o seguro e fiquei na bad, MAS... o mundo não acabou. Tirei semana passada um deles aqui no Brasa.
Bom, pro dente, diagnostico que a hora chegou e a boca realmente é uma parte importante do funcionamento desta máquina chamada corpo humano. Se tiver algo erraod nela pode dar xabú geral. Não é só o peixe que morre por ela não. E sobre a primeira coisa que falei, a "leseira" dos 90%, haja visto que não tenho mais sentido...
Era falta de férias; estafa mesmo. Afinal há 4 anos não tirava um tempo pra descansar.
Se segurem, pois isso só indica um novo ciclo de pau duro e pé na tábua meu. E São Francisco é o bicho.

domingo, março 30, 2014

Artur não fala há muito tempo. Por que? Porque tem 12 anos. Foi pra sua primeira colônia de férias.
Mas agora está de volta:
Eu não tenho muitos lugares no mundo que quero conhecer. Alguns dos mais amados (Paris, Machu Pichu, Londres...) eu nunca me senti fascinado. Poucos me interessavam. Coréia do Norte, Alemanha, Havaí, alguns outros... e San Francisco. Sempre achei parecer interessante. Parece ter uma energia diferente, uma vibe. E você repara que coisas doidas aconteceram lá, pessoas diferentes. Lugar bonito. Mas apesar disso nunca quis conhecer. Por que?
Porque em todo filme o fim do mundo começa por lá. Já percebeu? É o lance de San Andreas. Talvez isso que seja a energia diferente. E aí, sei lá, sempre achei que no dia que eu fosse, iria acontecer.
Guess where I'm going next month?
Então, sei lá... não acho que vá acontecer, mas se acontecer pelo menos tive o post premonitório e estará provado que o universo está sob minha condução.
Chupa, Nostradamus!
PS: também to indo pro Havaí, que sempre sonhei ir, so...yeah. Awesome.