What a scene here @ ppxi...
Um menino saltou do carro e socou, chutou e xingou "Você é um merda/safado/filhodaputa" etc etc e falou do irmão e do pai ou algo assim. Meio desconexo pra quem tá de voyeur na janela; não deu pra entender o específico, apenas o essencial. Ele foi levado por uma mulher aos berros depois.
Apesar de toda a raiva e angústia que ele passava, pra mim foi uma coisa bonita. Da vida, eu acho. É chato, mas o sentimento dele e a situação pela qual ele acabou de passar /se colocar (e os desdobramento destas) serão coisas construtivas pra vida dele, em minha opinião. É derrotista pensar assim? Que seja. Mas você tem que transformar destruição em construção, né? Ficar estagnado que não dá. Então que o estupro gere um filho como fruto. Não to fazendo graça da tristeza alheia ou sendo wiseass. Leia sempre meus triplos sentidos, que eu trabalho nesse registro. Do soco no estômago para que no pouco fôlego você fuja das funções ancilares e mergulhe fundo o seu corpo no mais importante, na reflexão. É o choque que desarma os seus sensos comuns e te faz buscar os sentidos e com isso te põe a formular seus próprios pensamentos.
Mas feliz com algo que a Fiad me falou, eu até dou aqui uma colher de chá e faço o contrário, resumo tati-bi-tati pra ser entendido 100%: Eu apenas me identifiquei, fiquei com o coração pequeno e simpático à uma humanidade que há um tempo não via.
Humanidade geralmente é esse feio bonito mesmo.
terça-feira, julho 24, 2012
terça-feira, julho 03, 2012
A grande comemoração do mundo hoje é a abertura da nova sala de troféus do Fluminense. Mas pra mim é a segunda coisa mais importante do dia. A primeira é um orgulho muito grande pra mim: 10 anos de Artur! DEZ anos, nego!
Sinistro. Nem sei o que falar. Vou escrever mais depois...
(Dez dias depois)
Não. Não quis ser cabalístico. É o desleixo/vida corrida mesmo. Se eu for manter aquela brincadeira de falar que você é uma pessoa e a quantidade de posts é determinada pelo "andamento" da sua maturidade etc. e tal eu podia falar que com 10 anos uma criança não quer mais conversar com seu pai. Tem vergonha. Os assuntos não são compatíveis porque você já é muito velho etc. e tal. E como eu realmente não tenho tido muito o que falar (ou sei la, tenho diversificado o uso dos meus pensamentos) eu vou fazer apenas o pai orgulhoso e dizer que eu tenho muito orgulho desse blog. É o blog mais antigo que eu conheço. Amigos foram e vieram - só o Tinoco sozinho fez isso 2345678 vezes - e eu sempre continuei aqui fiel. 10 anos é MUITA coisa. Em Julho de 2002 eu era virgem, estava no colégio, tinha uma banda, votaria no PT (não tirei título de eleitor), morava com a minha mãe, tinha todos os meus avôs vivos... eu era outra pessoa. E acho lindo ter aqui um santuário, um espelho, que me mostra como eu estava em cada época. Ler as entrelinhas e entender (às vezes me surpreender) alguns significados póstumos. Eu entendo o que todo pai fala: eu sempre estarei aqui. Cada um tem sua vida; eu posso até passar um tempão distante - a distância paternal é importante e cria hombridade em ambos - mas sempre que for necessário aquele papo reto, aquele conselho ou somente a resenha da falta de cerimônia respeitosa, adquirida após anos de hierarquia familiar, eu estarei aqui.
Parabéns pelos 10 anos, Artur. Pra mim e pra você.
Sinistro. Nem sei o que falar. Vou escrever mais depois...
(Dez dias depois)
Não. Não quis ser cabalístico. É o desleixo/vida corrida mesmo. Se eu for manter aquela brincadeira de falar que você é uma pessoa e a quantidade de posts é determinada pelo "andamento" da sua maturidade etc. e tal eu podia falar que com 10 anos uma criança não quer mais conversar com seu pai. Tem vergonha. Os assuntos não são compatíveis porque você já é muito velho etc. e tal. E como eu realmente não tenho tido muito o que falar (ou sei la, tenho diversificado o uso dos meus pensamentos) eu vou fazer apenas o pai orgulhoso e dizer que eu tenho muito orgulho desse blog. É o blog mais antigo que eu conheço. Amigos foram e vieram - só o Tinoco sozinho fez isso 2345678 vezes - e eu sempre continuei aqui fiel. 10 anos é MUITA coisa. Em Julho de 2002 eu era virgem, estava no colégio, tinha uma banda, votaria no PT (não tirei título de eleitor), morava com a minha mãe, tinha todos os meus avôs vivos... eu era outra pessoa. E acho lindo ter aqui um santuário, um espelho, que me mostra como eu estava em cada época. Ler as entrelinhas e entender (às vezes me surpreender) alguns significados póstumos. Eu entendo o que todo pai fala: eu sempre estarei aqui. Cada um tem sua vida; eu posso até passar um tempão distante - a distância paternal é importante e cria hombridade em ambos - mas sempre que for necessário aquele papo reto, aquele conselho ou somente a resenha da falta de cerimônia respeitosa, adquirida após anos de hierarquia familiar, eu estarei aqui.
Parabéns pelos 10 anos, Artur. Pra mim e pra você.
segunda-feira, julho 02, 2012
Apesar de várias restrições à fotografia como arte, eu gosto muito de fotografia. E aí foda-se Frankfurt - com quem eu concordo - e todo esse papo de "arte"; pois a fotografia faz uma coisa linda que a "arte" pura, antiga, bla bla bla é incapaz: ela isola um momento.
Um nano segundo, onde tudo é certeza; até as dúvidas. Você nunca tá 100% embarcado em algo, mas ali naquele momento retratado está a verdade, o amor incondicional puro belo verdadeiro doce e perene. E sabe o que é maneiro? Dos dois: fotógrafo e fotografado! É um (o?) olhar que se perde nas nossas inseguranças do dia-a-dia, nas idiosincrasias de nossas personalidades, nos medos de uma autofagia... mas que tá ali; capturado. A olho nu, passa o tempo e criamos dúvida se aquilo realmente existiu. Mas na foto não. Tá ali. E ali ficará eternizado.
And that's pretty awesome. And beautiful.
Um nano segundo, onde tudo é certeza; até as dúvidas. Você nunca tá 100% embarcado em algo, mas ali naquele momento retratado está a verdade, o amor incondicional puro belo verdadeiro doce e perene. E sabe o que é maneiro? Dos dois: fotógrafo e fotografado! É um (o?) olhar que se perde nas nossas inseguranças do dia-a-dia, nas idiosincrasias de nossas personalidades, nos medos de uma autofagia... mas que tá ali; capturado. A olho nu, passa o tempo e criamos dúvida se aquilo realmente existiu. Mas na foto não. Tá ali. E ali ficará eternizado.
And that's pretty awesome. And beautiful.