Estabelecendo-se que na atual conjuntura, não só do Brasil como do mundo, numerosidade não necessariamente defina efetivo poder, a participação é de fato o determinante na questão. Sim, pois senão a China era dona do mundo e a classe média pobre dominava o Brasil. Sabe-se que não é o caso.
Como se define, então, a participação julgando esta ser a força mais imponente na máquina da elite? Para uma elite impôr à vontade a sua vontade, deve-se ter um alto poder de argumentação para defender e divulgar e por fim fazer prevalecer suas idéias. Para isso necessita-se ou cultura ou dinheiro. Logo lembramos dos conceitos do sociólogo Karl Marx, que dizia que a Infraestrutura(economia) determinava a Superestrutura(cultura), mas neste caso uma não tenta dominar a outra. Cada uma tem seu cargo, pois uma elite em uma sociedade possui tanto uma “ala” para os “intelectuais” quanto para os “ricos”. São essas duas categorias que compõem o topo desta hierarquia; que são os formadores de opinião de todo o resto da sociedade. Quem não se enquadra em nenhuma das duas categorias não tem opção que não a do papel de subordinado à elite.
A numerosidade nessa questão só terá algum propósito quando se criar uma mentalidade de que “União faz a força”.
Por enquanto, a União só faz açúcar mesmo.