quinta-feira, julho 26, 2007

Se Elite é a parte mais representativa de um determinado segmento social, como analizar o que ou quem é substancialmente a Elite no Brasil, por exemplo? Esta representatividade seria medida por numerosidade ou por participação?
Estabelecendo-se que na atual conjuntura, não só do Brasil como do mundo, numerosidade não necessariamente defina efetivo poder, a participação é de fato o determinante na questão. Sim, pois senão a China era dona do mundo e a classe média pobre dominava o Brasil. Sabe-se que não é o caso.
Como se define, então, a participação julgando esta ser a força mais imponente na máquina da elite? Para uma elite impôr à vontade a sua vontade, deve-se ter um alto poder de argumentação para defender e divulgar e por fim fazer prevalecer suas idéias. Para isso necessita-se ou cultura ou dinheiro. Logo lembramos dos conceitos do sociólogo Karl Marx, que dizia que a Infraestrutura(economia) determinava a Superestrutura(cultura), mas neste caso uma não tenta dominar a outra. Cada uma tem seu cargo, pois uma elite em uma sociedade possui tanto uma “ala” para os “intelectuais” quanto para os “ricos”. São essas duas categorias que compõem o topo desta hierarquia; que são os formadores de opinião de todo o resto da sociedade. Quem não se enquadra em nenhuma das duas categorias não tem opção que não a do papel de subordinado à elite.
A numerosidade nessa questão só terá algum propósito quando se criar uma mentalidade de que “União faz a força”.
Por enquanto, a União só faz açúcar mesmo.

terça-feira, julho 10, 2007

Tem um mendigo que vejo pela zona sul volta e meia. Ele é portador de necessidade especial, tem as pernas curtinhas e locomove-se em cima de um skate. Tem um detalhe nele que sempre me causou indignação: ele pinta o cabelo de loiro. Platinum blonde.
Já não é do meu costume dar esmolas; ainda mais para um sujeito que pinta o cabelo. Oras, se tivesse tão necessitado assim, gastaria com comida e não com tinta, que é caro.
No entanto, sempre podemos questionar essa linha de pensamento.
-"Eles gastam com bebida e cigarros! Cola, até!"
-"Sim, isso reduz o apetite!"
-"Pintar o cabelo talvez seja mais honesto... a vaidade é sua verdadeira fome e, saciada, tudo fica bem"
O que seja...se virou um mercado, onde cada um dá um motivo, esse do cabelo é muito fútil pra mim.
Ai dia desses eu passei por ele e me senti realizado na escolha: ele estava falando em um celular.
Ta melhor do que eu! Aposto que o dele é pós pago!
Ivolando