segunda-feira, dezembro 30, 2002

Chega essa época e todos começam a fazer resoluções de fim de ano; que é basicamente traçar planos/fazer promessas para o próximo ano: o que vou e não vou fazer ano que vem? O que vou repetir e o que vou inovar?
Eu acho isso tudo besteira; você acaba se martirizando no final do ano por não ter comprido(ou por ter) com o seu objetivo, e quando você acaba estragando uma de suas promessas bate um desespero de nada mais dar certo em seus objetivos. Pura verdade: pra quê traçar alguns objetivos se eles sempre são de um certo modo (bem metafísico) infinitos? Contudo acabo por fazer a minha resolução (no singular, pois é só uma mesmo) e ainda torná-la publica através do Artur: só pra estar in e fazer parte da juventude descolada da internet. Lá vai ela:

--Não fazer resolução de fim de ano

O que acaba sendo uma resolução. Legal, né? Comecei o ano bem, quebrando a minha resolução com a minha própria resolução!
Bom, que venha 2003 com muito roque! Desejo tudo de bom pra vocês leitores: sim; todos os 18. É...eu sei exatamente quem lê sempre meu blog. Então é isso aí: até ano que vem!
Happiness is all the rage

sábado, dezembro 28, 2002

Quando você decide que quando você for grande vai ser um trocador de ônibus, que procedimentos você deve seguir?
Deparei-me com esta questão outro dia. Será que rola um concurso para a posição? Po...acho que deve rolar...uma coisa meio pra ter uma noção de suas habilidades matemáticas. E deve rolar também um cronômetro pra ver quem faz mais rápido e tal; sabe como é, para um eventual desempate.
"Se um passageiro paga duas passagens com R$5 e cada passagem custa R$1.30, quanto ele deve receber de volta?"
E foi nesta hora, pensando nisso, que notei que eu não poderia ser um trocador.
Causaria déficit de R$1.60 à companhia de ônibus

quinta-feira, dezembro 26, 2002

É impressionante como rola um desencontro aqui em casa do froot loops com o leite. Ou tem um ou tem outro.
Eu falo pra minha mãe:
"Compra Leite E Froot Loops"
O froot loops geralmente dura um pouco mais que o leite, mas é pouco coisa, então quando acaba o leite o froot loops tá quase no final; o suficiente pra comprar os dois, porém por algum motivo ela vai lá e compra um deles apenas.
No caos de fim de ano, eu suponho, deparo-me com 2 caixas de froot loops fechadas além do pacote aberto restando metade e nenhum leite na casa.

Paro, então, pra pensar se minha vida seria mesmo melhor se eu parasse de reclamar dessas coisas que fazem errado e começar a fazer eu mesmo para assim me satisfazer em ter as coisas como eu quero.
Mas acho que reclamar é mais bacana.

quinta-feira, dezembro 19, 2002

Tava numa dessas minhas andarias Leblon-Ipanema-Leblon.
Quando em frente à casa do Fabio, ouço uma criança chorando, esperneando e tal; realmente triste. Aproximei-me mais da criança e seus pais para entender o que a menininha chorava por:
"nháááá eu que-e-e-ro meu ce-celulár"
Caralho! O que acontece no mundo?
O João Gustavo e a Luísa tiveram um filho e eu não fiquei sabendo???

quinta-feira, dezembro 12, 2002

Tenho notado ultimamente que muita gente tem usado como nome, então venho dizer:
O masculino de Fabio é Fabíola e não Fabia! ok?
Fabia não existe. Alguém por ignorância acabou colocando o nome da filha assim, aí por algum motivo outra achou bonito ou sei lá, e resolveu propagar este erro. Bonita história, mas TÁ ERRADO!!! (ha! me amarro em Dois Cachorros Bobos)
Se bem que sei lá...nome próprio pode ser qualquer coisa, né?
Tipo...Genwirdews

terça-feira, dezembro 10, 2002

Rapidinha randômica (relacionada um pouco ao post dos Tribalistas):
A arte deve virar um conceito. O conceito não pode virar arte.
Queria ter dito isso, mas me esqueci. Meu poder de sintetização é fraco.
Sugo em redações

domingo, dezembro 08, 2002

Olá, Artur...
Que harmonia esta final do campeonato brasileiro, não?
Harmonia. Uma paisagem feíssima da feia São Paulo; chuva intensa, tão forte que se torna contínua(começa, então, a formar o céu, este cinzento e triste) harmonizando com jogadas rápidas como a chuva que caí. Contínuas e formadores de outros tipo de céu.
Uma final com o meu querido Fluminense seria tão mais bonita. Sim, o céu invariavelmente continuaria lá, por mais que o time trouxesse ares de felicidades de cá, mas esse estranho bairrismo(bairrismo no futebol?), essa estranha ausência de cores fortes estariam suavizadas. Futebol é cor.
Quando no primeiro jogo da semifinal a bola de um corinthiano na trave explodiu, pensei que o Tricolor carioca possuía sorte de campeão. Tudo bem, podíamos não ter o melhor time, contudo tínhamos sorte: tal explosão dava origem à nossa vitória! No jogo de volta, na escorregada (eufemisando a vacilada) de Roni, herói injustiçado e vice-versa, indaguei se a sorte de campeão havia gostado mais da terra dos bandeirantes. A resposta eu sei e ainda entristeço ao saber que poderia ser outra. A sorte de campeão realmente passou para o clube de São Jorge. Sorte de campeão é o que eles tem: sorte de poder enfrentar por mais dois jogos o explêndido time de futebol do Santos. A vergonha da possibilidade de ser humilhado não me afronta; seria uma coisa de guerreiro que reconhece sua derrota perante o verdadeiro grande guerreiro.
E poder-se-ia perguntar: "Com tamanho sorte de campeão, não existe possibilidade dos tricampeões vencerem?". Bom, primeiro que nada na vida é 100%, amigo. E aí reside a beleza do time do Santos. Tamanha ironia seria se um time tão preparado perdesse! Se o famoso "anjo negro de branco" fizesse aquele gol, aquele que ele mesmo perdeu, ninguém iria dar o valor que tal quasegol recebeu...existe um facínio pelas coisas abstratas. românticas. não-iluminadas, desprovidas de explicação à luz de fatos científicos. Divago, porém, em minha conclusão de que apesar de toda a sorte que o Corinthians possui, não é o suficiente para ultrapassar o profisionalismo (no sentido mais romantico possível) do clube santista. O bom e bem aplicado futebol sabe achar os meios de infiltração na sorte de qualquer adversário.
Nisso o Corinthians peca. Joga baseado num esquema tático, com o qual podemos fazer uma analogia às idéias iluministas: se caídas tais idéias o time não consegue ter um motivo para jogar, se impedidas tais idéias por alguma coisa, não se sabe por onde (re)começar. Nisso os Meninos da Vila ganham força. No drible ilógico de Robinho. Na ambiguidade da visão de jogo de Diego, que tanto embelezou o jogo. Na juventude desprovida de previsões, muitos planos, no tesão de ir em frente criando (e não repetindo o que outrora deu certo com alguém) novos meios de superar contratempos.
Torço para a história mudar. Torço para que o Peixe pare no tempo, para meu Fluminense em uma outra ocasião se encontre com ele. Torço para que seja um jogo importante, para mais que esses dois times com espírito futebolístico de cada jogo é o jogo; eu esteja animado. Torço para que passe na televisão(!)
Insisto nessa história, eu e meu gosto por tal disciplina escolar, apesar de contrariamente à tudo que disse não acreditar em explicações ilógicas, ver o mundo à luz da ciência; ciência que me diz: que não há nada definido. Nem mesmo o conceito de que fatos míticos estariam incorretos. Nem mesmo esta última afirmação, nada é preto e branco.
Só o Santos.

sexta-feira, dezembro 06, 2002

Minha mãe comentava sempre comigo:
"Nossa...a Marisa Monte é impressionante...não erra, né? Tudo que ela faz é foda e tal..."
Pois é...pois era...Marisa Monte perdeu seu toque de midas. Tudo bem não é apenas culpa dela, mas o fato é que ela gravou a pior música do ano, e muito provavelmente o pior disco. Vamos nos perguntar: por que? Onde foi que Marisa, Arnaldo e Carlinhos erraram? Se não vinham fazendo trabalhos de qualidade pelo menos não vinham fazendo música muito ruim.
Acho que o erraram logo de cara. No conceito do trabalho. Mais e mais me questiono se trabalhos musicais devem ter um conceito...ter um conceito é ter um padrão a seguir, logo é ter restrições de criatividade. Tudo bem, dentro dessas restrições pode-se achar caminhos loucos para fazer o que não está nesse padrão se encaixar, mas isso é querer demais. É igual a redação...são sempre caretas, pois não importa a criatividade do escritor, a redação sempre terá 30 linhas, proibição do uso de 1º pessoa e determinação de prosa argumentativa ou descritiva. Mas quanto a redação dizem que o lance é mesmo medir o poder de sintetização e tal.
"Tribalistas". Que pretensão também, não? "Já sei namorar" é com certeza a pior música do ano. Se tivessem eles feito essa música quase como uma goazação ou gostando eles da música mesmo, deixaria em paz. Mas dá quase pra sentir, como eles acham que isso é realmente algo de muito valor pra classe artística, como é realmente algo revolucionante pra ser reconhecido por críticos graduados. As pessoas esquecem de fazer a música pela vontade própria, agradando a si mesmo e tal.
Esta música não passa de um funk, funk mal feito. Com a péssima dobrada de voz do Arnaldo Antunes com a Marisa Monte, com a bateria nem um pouco empolgante e com a melodia pobre. Isso vem a me confirmar mais uma vez a teoria que grande parte da grandeza musical de Marisa Monte é devido ao belo trabalho de Arto Lindsay, que não figura nesse cd. E o pior de tudo é a letra, que dizem ser o forte e tal. Porra...música de pegação do caralho! Totalmente feita pra atrair público jovem de matinê jovem pan! Onde está o conceito disso tudo? Tribal? Vocês tão pegando um estilo musical adaptado do estrangeiro para a população pobre e lucrando e chamando isso de tribal?
E não venham dizer que aquela guitarrinha surf é sinal de vanguarda. É oportunismo.